“Todos Juntos, somos fortes”

Acabo de ter aprovada minha entrada no grupo “Meu filho é alérgico a leite” (MFAL), um grupo no facebook muito bem recomendado.
Depois de toda a informação sobre gravidez e amamentação que consegui graças a grupos assim (“Cesárea? Não, obrigada!” e “Grupo Virtual de Amamentação”, respectivamente), acho que vai ser bom estar nesse novo!

 

Quando entramos no grupo as moderadoras pedem que contemos nossa história com relação a alergia, por isso fiz um resumo que aproveito pra compartilhar aqui e dividir a tal história chata, conforme havia prometido!


“Cecília nasceu aqui, em 24/01/14, de parto natural, com 3290kg e 51,5 cm, desde então amamentada LME (Leite Materno Exclusivo) em LD (Livre Demanda). 
Sempre foi muito tranquila, o que nos fez estranhar quando começou a chorar durante as mamadas. Com pouco mais de um mês esse choro passou a atrapalhar a alimentação: ela mamava menos de 2 minutos e começava a chorar muito, arqueando o corpo pra trás e não conseguia mamar mais, apesar de claramente continuar com fome; além disso tinha muito soluço, hálito ácido e estava sempre “mastigando” – assim, na consulta dos 2 meses, fechamos o diagnóstico de Refluxo Oculto e começamos o tratamento (homeopático, com Aspiridium) e medidas posturais indicadas no GVA (Grupo Virtual de Amamentação).
Nas semanas que se seguiram outros sintomas foram surgindo: primeiro um grosseirão no rosto (dermatite), depois crises de choro na hora de fazer cocô (ela quase não teve cólica quando recém nascida).

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Felizona na sala de exame!

 

Nesse ponto começamos a suspeitar de alergia, a pediatra pediu um ultra-som de abdómen pra garantir que estava tudo bem (e estava!) e pediu que eu fizesse um exame chamado Biorresonância (www.biokine.cl) pra procurar em mim alguma alergia ou intolerância que pudesse estar afetando a bebê.
Além de eu nunca ter lido nada sobre essa associação (intolerância na mãe = alergia no bebê) o exame foi super esquisito, achei pouco confiável e o resultado meio suspeito…dizia que eu tenho intolerância a uma lista enorme de alimentos…), mas antes desse resultado, através de informações do GVA, eu havia decidido cortar da minha dieta o leite e seus derivados.


Nos primeiros dias vi alguma melhora na Cecília, principalmente na pele, mas logo ela voltou a piorar muito – as crises de dores aumentaram em frequência e intensidade, a dermatite se espalhou pelo corpo, o cocô passou a ser bem líquido e com muco (apesar de não aumentar muito a frequência), vazava sempre, 2 vezes encontramos pequenos risquinhos de sangue no cocô dela e o refluxo sempre presente e incomodando bastante…
Então percebi que em tudo que eu estava comendo havia soja (ou traços de soja) e mudei minha dieta toda de novo. Aí sim notei uma boa melhora nela: pele, refluxo (não totalmente)…o cocô continuou com muito muco mas está aos pouco deixando de ser tão líquido…
Após essa melhora voltei a consumir leite e queijo por dois dias, pra testar se a alergia seria só à soja ou ao leite também e o que aconteceu foi que aproximadamente 4 horas depois de eu consumir esses produtos ela tinha crises bem fortes de dor (cólica? refluxo? os dois, imagino..), então voltei à dieta do leite também.

Assim estamos agora: Cecília completa 4 meses essa semana, segue em LME em LD, eu sigo em dieta (de leite e soja há aproximadamente 1 mês). Mesmo com os sintomas, ela sempre cresceu muito bem (percentil 94% de altura) e apesar de estar com o peso na média, percebemos que sua curva vinha caindo…
Os sintomas estão bem melhores, mas temos dias bons e dias ruins – na semana passada o refluxo voltou com tudo e continua por aqui…

Me angustia ficar achando sempre que tudo que ela tem possa ser resultado da alergia… Esse fim de semana começaram a sair os dentinhos dela e ela fez uma “greve de peito”… até eu entender que eram os dentes, fiquei dias me culpando e tentando entender o que eu havia comido que a deixara dessa forma… 😦

Além disso me sinto muito pouco amparada pela pediatra, apesar de gostar dela em assuntos gerais, se não fossem as informações de grupos como GVA (e agora o MFAL!) sobre a alergia, acho que estaríamos longe de alguma melhora!”

É ótimo sentir que não estamos sozinhas nas dificuldades e conquistas! E mesmo com apoio de família e amigos “da vida real”, é  melhor se podemos dividir a experiência e aprender com outras mães que estão passando (ou já passaram) por situações semelhantes! Pude provar isso na busca pelo parto sonhado e nos esforços pra estabelecer e manter uma amamentação de sucesso, então tenho certeza que nesse novo desafio que está sendo a alergia não será diferente!

Que bom que o facebook não serve só pra banalidades, não é?! E que bom que tem gente tão boa (de informação e de coração) disposta a ajudar assim!!!

=)

 

“Inverno”

Aqui em casa os cobertores extras já saíram do armário, os casacos pesados, malhas, luvas e etc já saíram da bodega, o tapete está estendido no chão da sala, Maní anda dormindo enroladinha na cama e já não esticadona no chão e a Cecília vive empacotada mesmo dentro de casa.

 

Sabe o que isso quer dizer?

Que o frio já chegou!

E sabe o que isso quer dizer?

Que já começou uma nova Campanha do Agasalho do Adote um Gatinho!!!!

 

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É aquela história de sempre: pontos de arrecadação espalhados por São Paulo e Grande Sp esperando que você leve sua contribuição – pode ser cobertor, caminha, roupa, paninho…qualquer coisa que sirva pra deixar um peludo carente mais quentinho nesse inverno que promete ser terrível!

E no final a gente sempre sai ganhando também, afinal, fica com o coração quentinho, oh:

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“Saber Amar”

Ser mãe é descobrir como reais e ir sentindo na pele uma lista enorme de clichês – esse, aliás, é o primeiro deles, o clichê primordial! Hahaha

Um dos mais clássicos dessa lista é a história de que só depois de ser mãe é que você entende verdadeiramente a sua própria mãe.
É só depois de sentir esse amor profundo, doído e arrebatador que você entende todos os mil beijos e abraços que sua mãe te deu ou quis te dar, toda a pentelhação em forma de preocupação, todas as lágrimas que ela ja derrubou por você…

Dizem que nós aprendemos a ser filhas depois que nos tornamos mães. E como muitos outros clichês da lista, já descobri que esse é verdade também!

Mas o que eu andei percebendo é que nós aprendemos a ser mães, sendo filhas.

Só posso ser a mãe que sou, pela mãe que tive.

Foi com ela, minha mãe, que aprendi a amar e ser amada. Foi com ela que  aprendi o que é cuidado, o que é dedicação. Foi com ela que aprendi o que é respeito – ao outro e a nós mesmas. Foi com ela que aprendi o que é amizade, o que é sonho, o que é desejo.

Foi sem ela que aprendi o que é saudades.

É pra ela que eu corro imediatamente quando tô triste, quando tô doente, quando tô preocupada…e quando tô feliz, quando tenho o que comemorar, quando tô emocionada.

Ela é minha melhor amiga, mas também é mãe brava quando precisa ser (minha adolescência que o diga..rs).

Com ela aprendi que temos que tentar ser o melhor de nós mesmas e não uma versão perfeita que almejamos. Aprendi a rir das imperfeições e a tentar consertar as que forem possíveis.

Com ela (e com a minha analista! Hahaha) aprendi que erros não são fatais, que eles podem nos ensinar muito e que desculpas podem – e devem – ser sinceras de ambos os lados.

E aprendi que tudo isso aí em cima fica mais fácil quando não se vive sozinha.

 

Quando a Cecília nasceu minha mãe veio ficar com a gente pra ajudar no “novo desafio”.

E o que ela mais me ensinou nesse período foi que pra cuidar é preciso deixar-se ser cuidada. Pra amar é preciso deixar-se ser amada!

Sei que ainda estamos no “modo easy” com a filhota, mas acho que se estou me saindo muito bem até agora, é porque tive um exemplo incrível – pro bem ou pro mal! rs
Pode parecer só mais um clichê, mas nossa relação é muito especial, sim…

E nesse meu primeiro Dias das Mães, deixo minha birra com as datas comercias de lado, olho pra MINHA FILHA (ainda é emocionante usar essas palavras!) dormindo no meu colo e me emociono – de saudades da minha mãe e de desejo de que eu possa ser pra essa pica-pau linda tudo que minha mãe é pra mim!

Nesse 2014 é com o coração muito mais repleto que desejo a todas as mães (as de humanos e a de peludos, mesmo as futuras ou “potenciais” rs) um Feliz Dia das Mães!!!

 

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Meu primeiro almoço de Dia das Mães “do lado de cá”

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Montagem linda feita pelo Lalo

"Vai passar"

Hoje eu queimei dois dedos com água fervendo!! Depois do susto, da dor, de água fria e de pomada, ficou tudo bem!

Hoje a Maní derrubou um copo de 900ml cheio de água em cima do meu tapete, do meu computador e do meu celular. Depois do susto, de uma correria e de duas toalhas, ficou tudo bem!
Hoje eu confirmei que a Cecília tem alergia à proteína do leite de vaca (a tal da APLV).
Ainda tô no susto, na frustração, na chateação… mas sei que vai ficar tudo bem…

Repito pra mim e pra ela: vai passar!
(depois volto pra contar mais dessa história chata…)

"Fantasmas no meu quarto"

Frustrada.
É assim que me sinto.
Ver minha filha se contorcendo e gritando de dor.
Saber que a dor vem do meu leite; mas saber também que esse leite é o que há de melhor pra ela.
Duvidar
Não saber
Ter certeza
Fazer dieta. Passar vontade. Passar fome. Ficar irritada com o mundo inteiro.
Ver melhora e sentir um suspiro de esperança. Pra depois ver piora e se afogar de novo no choro doído dela.
Frustrada.
O “não saber” é o que me mata. Talvez especialmente porque ele me deixa com o “nada pra fazer”.
E esperar, nesse caso, tem sido sinônimo de se frustrar.
E dá medo sair contando desse sentimento pras pessoas. Dá medo que elas me venham com o diabinho da mamadeira no ombro.
Não é disso que preciso agora! A vontade de desistir já tá batendo na minha porta – cedo demais – não preciso alimentá-la.
Preciso que me digam pra ser forte, pra insistir, que vale a pena, que é o melhor.
Preciso que me digam que vai passar LOGO. 
Preciso que me expliquem o está acontecendo.
Preciso que ela melhore.
Ou que ela nem tenha nada disso.
Preciso ir dormir agora. Esperando um dia melhor amanhã…
(Cecília ta com alguma alergia alimentar….)