"Eu voltei"

Cabô férias…cabô… =/

E oh, foram uma maravilha, viu?! rs

Conhecemos Ciudad de Mexico, matamos saudades de uns amigos, fomos num casório mexicano divertido, Lucas comeu umas coisas bizarras (Grilo, minha gente!! GRILO!!!)…

Nossos anfitriões “mexicanos”
GRILO

Muitos grilos!

Nós 4

Las Piramides (e um dedo..rs)

aí voamos mais um pouquinho e vivemos 7 dias de sossego, paz, tranquilidade, mimos, comilança, calor, piscina, rio, mar…

Feio, né?! rs 

Depois mais um tempinho de avião e chegamos na parte família + compras! Cecília ganhou um moooonte de coisas, mexeu pra Bisa e pras tias-avós sentirem e a gente teve mais mimo, mais comida gostosa e umas companhias muito boas!!!

Família
Uma mão pra cada carinho!

Agora estamos todos de volta em casa – Maní inclusive! – de volta à rotina e colocando tudo em seus devidos lugares!

O quarto já é dela! =)

Pra terminar, umas fotos que andei postando no fb e ficaram faltando por aqui… =)

20 semanas
22 semanas

23 semanas


"Esse coelho da cartola, essa carta da tanga"*

Daí que, levada pelo embalo guia turístico em que o blog anda, me dei conta de que nunca dei dicas sobre Santiago…

Tirando essa diquinha aqui – que é pequena mas é mega importante! rs – nunca falei direito sobre os programas na cidade… Deve ser porque aqui é tão “lá em casa” que não passou mesmo pela cabeça soltar esse outro ponto de vista…

E olha que vira e mexe alguém me escreve pedindo dicas e sugestões… e eu sempre vou lá e re-escrevo tuuudo de novo – e tudo igual, porque nunca faço dicas muito personalizadas, confesso! hahaha

Agora vou deixar o post pronto e da próxima vez que alguém perguntar, é só “sacar o ás da manga”* e mandar o link! (hohoho)
(aliás, próxima vez nada, que já tem duas queridas esperando eu mandar dicas faz um tempão… #feio)

É longa a coisa, mas vamos lá – com paciência, ok?! rs
(em tópicos, pra ficar mais prático de ler..especialmente pra algum leitor que queira saber só um ponto específico..)

1- Dinheiro:
A moeda aqui no Chile é o peso chileno (dã! jura??) e é naquele esquema cruzeiro/cruzados do Brasil, tudo na casa dos mil.
O jeito mais fácil de fazer a conversão é passar pro dólar com a técnica “dobra e tira os zeros” – dá um valor aproximado, mas é mais fácil de pensar…. Então, por exemplo, 10.000 pesos serão (aprox) 20 dólares, 50.000 pesos, 100 dólares.
Chileno que é chileno adora uma gíria! rs Pra falar do dinheiro tem uma(s): pra não ter que repetir sempre o “mil pesos” no final do valor, eles trocam a expressão por “luca”, portanto, 10.000 pesos são 10 lucas, que são 20 dólares…entenderam? rs

Os valores, em geral, são muito parecidos com os do Brasil, mas com algumas variações importantes: uma refeição (com bebida) num lugar ok sai em média uns 15 reais. Dá pra pagar mais barato, claro! Mas o legal é que se você for num restaurante mais bacanão, não vai ser tão absurdamente mais caro (como acontece no Brasil). Se você come ok por 15 reais, não vai pagar do que 100 num restaurante ótimo! (inclusive nos “pega-turistas”)
Os valores de passeios variam muito…recomendo fortemente que não se faça tudo com a tal da Turistk (grande e famosa aqui). Acho mesmo que é caro e não vale tão mais a pena – volta no link lá de cima e vê como eu gosto de fazer turismo! 😉
Eletrônicos em geral tem um preço intermediário, entre os preços dos Estados Unidos e os do Brasil. Se você quer alguma coisa e não tem ninguém pra trazer “das gringa”, aqui deve valer mais a pena do que aí!
Agora, um coisa que a brasileirada faz a festa são as roupas! Especialmente as roupas de marcas disponíveis nos outlets! Já vi mais de uma vez visitas minhas tendo que comprar mala nova pra levar as compras embora! hahahaha
E esse é o máximo de dicas que eu posso dar sobre o assunto “compras”: vá ao outlet! Não sei de preços, não sei de marcas…ODEIO fazer compras… Mas conheço muita gente que ama (e outras que só gostam mais ou menos..rs) que se divertiram MUITO nesse tema aqui! rs
(ps.: os outlets – são 3 grudadinhos – são um pouco afastados da cidade e complicados de chegar de transporte público. Aí é o caso de procurar carro pra alugar e/ou combinar alguma coisa com um taxista bacana…)

Ah! Se você é mais “endinheirado” do que a turma do Outlet, pode ser que divirta na rua Allonso de Cordoba, a tentativa de Oscar Freire daqui…
E se quiser ficar mais no meio termo, os shoppings são bacanas! Os dois principais são o Parque Arauco e o Costanera Center.
O primeiro fica em Las Condes e é todo charmosinho, tem umas áreas abertas gostosas e tal… 
O segundo é em Providencia, meio novo e é o maior da América Latina! Cheio das lojas boas que tem no outro, mais fácil de chegar de metrô e super organizado – os pisos são meio temáticos e fica fácil achar o que você quer! (no Parque Arauco eu demorei mais de 6 meses pra parar de me perder! hahahha!) É no Costaneira também que está a novíssima H&M, primeira aqui na parte de baixo do mundo américa! rs Diz que é sucesso lá, mas eu, fã que sou de compras e multidões, não entrei mais do que um metro na loja e já saí correndo…hahaha


2- Onde ficar:
Diferente da maioria das cidades turísticas, em Santiago não vale a pena ficar no centro!!!
O centro aqui lembra muito o centro velho de São Paulo (talvez um pouco mais bem cuidado..não sei, faz tempo que não visito o paulistano…rs). É super cheio e movimentado durante os dias de semanas, lotado de executivos de terno (Luquita é um deles! =] ), gente na correria, vendedor ambulante, MUITO cachorro de rua, etc, etc, etc… só que a noite aquilo vira um deserto! Não tem uma viva alma, e as “mortas” que ficam por lá são as perigosas!
Centro é legal de ir conhecer, fazer walking tour, conhecer a história e os lindos prédios antigos…e tchau!

Pra “juventude ixperta”, eu recomendo o bairro (ou Comuna, como se diz aqui) de Providencia, de preferência em um hotel perto de alguma estação de metrô (da linha 1, vermelha). É uma região cheia de gente animada, cheia de restaurantes, barzinhos, hostals, lojas… e tem uma posição meio central que facilita muito! É gostoso e é onde eu moro! (mas ca-la-ro que eu moro na parte mais residencial do bairro, longe da ferveção, né?! rs)

Se você não é tão “jovem” e tem um pouquinho mais de dinheiro, Las Condes é seu lugar! rs
É do lado de Providencia, portanto, também fácil acesso, mas um pouquinho mais chique. É onde estão os melhores hotéis e restaurantes e é uma belezura! (é um pouco menos residencial e onde eu morava antes do sonho da casa própria! hahahaha)
O único porém de Las Condes é que, dependendo de onde você for se hospedar, pode ser que o metrô não esteja tão perto, aí você vai precisar de taxi…
Falando nisso…

3- Transporte
Santiago tem uma malha metroviária bem bacana, que cobre praticamente tudo que há de turismo pra fazer aqui, tirando as vinícolas, que em geral são mais afastadas…
A preço da passagem muda de acordo com o horário, mas sai uns R$2,40. Ele é limpinho, bonitinho organizado e adaptado – se é que você tem que se preocupar com carrinho de bebê ou pés machucados de tanto bater pernas comprando por aí! 😉  
Eu acho bem fácil se locomover assim por aqui… pra fazer turismo você basicamente fica na linha vermelha, mas se quiser ir pra outro lugar não é difícil se localizar – até porque, a Cordilheira sempre ali ajuda MUITO a saber pra que lado você está indo! rs

Tem também o taxi, que é bem mais barato que no Brasil! Dependendo da distância e da quantidade de pessoas, muitas vezes compensa ir de taxi mesmo!
Só recomendo que fiquem espertos na velocidade do taxímetro, porque tem alguns ninjas experts em roubar turista! Sugiro que antes de pegar o taxi você olhe em algum “google maps” da vida qual o melhor caminho a se fazer, assim você pode dar instruções pro motorista – se eles percebem que o passageiro não está totalmente perdido, não saem enganando assim!
Chato isso, né?! Mas enfim…

4- Clima & Quando vir
Se você pode vir no inverno, ótimo! Se você pode não vir em julho, melhor!!!
Julho é o mês da brasileirada aqui! Sabe como é, né, férias escolares e tal…não se ouve outros idiomas no shopping, juro! É mais português do que espanhol até! hahaha

A temporada de neve, em geral, começa na metade de junho e vai até final de agosto, comecinho de setembro… Em 2012 não nevou NADA em julho e foi o maior prejuízo pro país! O povo subia pra montanha e só as pistas mais altas (e mais difíceis!) estavam habilitadas pro ski…
Se você pode escolher, sugiro que venha na metade de agosto! Já deu uma esvaziada, às vezes já até caíram os preços e é mais garantia de neve (pelo menos nesses 2 invernos de experiência nossa aqui…rs)
Em Santiago não neva (nevou em 2011, mas fazia uns 7 anos que não acontecia, foi super rápido e extraordinário – nos dois sentidos! rs). Não neva, mas faz muuuuitooo frio!!! Especialmente de manhã, quando no inverno é normal acordamos abaixo de 0º!
Se você vem no outono ou primavera, prepare-se pra manhã e noites bem gelados, mesmo que o dia esteja ensolarado!
A vantagem do frio aqui é que todos os lugares são preparados, tem calefação, estufa, água quente em todas as torneiras (menos nas estações de esqui, lá você congela a mão mesmo, vai entender…rs!)…eu, honestamente, passo menos frio dentro de casa aqui do que passava no Brasil.  É bem mais fácil de levantar da cama, sair do banho, etc, porque a casa tá toda sempre quentinha…

Se você vem pro verão, prepare-se pra bastante calor! O sol é forte, minha gente!!! Mas é um calor bem diferente do calor úmido que estamos acostumados no Brasil! E, pra mim, a melhor parte é que o ar não fica quente e pesado! Se você está na sombra, de uma árvore ou dentro de algum lugar, quase não sente calor! E a noite a temperatura sempre cai… é uma delícia dormir no fresquinho!!! Casacos são necessários pra sair de manhã e a noite!

Ah! Não é porque veio no verão que não tem que subir a montanha, hein?!?! Sempre recomendo que se faça esse passeio pra Cordilheira!! No verão quase não tem neve, mas o visual é incrível – tanto lá em cima quanto durante a subida!!! Fora que você sai dos 30º de Santiago e vai congelar lá em cima…só por isso já valeria a pena! hahaha

5- Passeios
Como já tá muito grande isso aqui, vou fazer um listado com resuminhos rápidos, ok?! (aí também evito muito spoiler! hehehe)
Existem alguns passeios que, sí o sí, tem que fazer aqui:
Cerro Santa Lucía e Cerro San Cristobal: os dois miradores da cidade. O primeiro é mais charmoso e mais baixo – ainda bem, porque nele se sobre de escada!rs O segundo tem uma vista incrível – a Cordilheira é arrebatadora de lá de cima! Recomendo que se vá num dia limpo (sem muita poluição) e perto do pôr do sol!
Os dois são passeio rápidos que não tomam muito mais do que uma hora cada…
-Do lado do San Cristobal está o Patio Bella Vista é um pátio aberto, cheio de restaurantes gostosos e várias lojinhas de artesanato. Se você gosta de comprar essas coisas, dá pra gastar um meio período aí (contando a refeição). Ele fica no bairro Bella Vista, a região bohemia da cidade que está também CHEIA de restaurantes, bariznhos e lojinhas…
– Ali pertinho também está  La Chascona, casa do Pablo Neruda aqui em Santiago. (Ele tem 3 que estão abertas pra visita – as outras estão em Valparaíso e Isla Negra, depois falo delas). O tour demora uns 45 minutos, mas dependendo da hora que você chegar, pode ter que esperar o próximo tour no seu idioma com vaga – tem tour até as 17h.
Mercado Central é minúsculo, especialmente se comparado com o de São Paulo, é legal conhecer mas não tem muita graça, não… tem alguns restaurantes dentro, todos caros (mas, dizem, bons) e quando você entra é uma briga louca de garçons tentando te arrastar cada um pro seu restaurante…(acho meio desagradável, mas há quem não se importe…). Passeio coisa rápidona – a menos que você vá comer ali…
– Do lado do Mercado tem um bar meio “fora de circuito” que é o “La Piojera”. É um dos bares mais tradicionais daqui, lotado de gente de todo o tipo, idade e caras… música típica ao vivo, comidas gordurosas, etc… É um lugar bacana pra ir no final do dia tomar o Terremoto, bedida chilena típica feito de chicha (uma espécie de cidra) e sorvete de abacaxi! (bem “embebedadoura”, fique esperto! rs)
– Do centro eu já falei ali em cima e no link.
Vinícola aqui é o que não falta! A mais tradicional de se visitar é a Concha y Toro, mas se você é apreciador de vinhos de verdade, vale a pena procurar outras. A Conha y Toro é bem pra turista, coisa simples e rápida – e bonita! Outras, como a Cousino Macul ou a Undurraga tem tours mais detalhadas, explicando com mais cuidado as coisas de cultivo, fabricação e tal… Nessas eu não sei quanto tempo gasta, mas na Conha y Toro vão umas 2, 3 horas (contando chegar até lá de metro, fazer o tour, visitar a lojinha…). Geralmente eles pedem que se faça reserva antes de ir, verifiquem nos sites, ok?!
– Se você tem um pouco mais de tempo por aqui, programe-se para ir ao litoral! E aproveite e visite uma das vinícolas que tem no caminho – são excelentes opções de lugar pra almoçar!
Viña del Mar fica a menos de 1h30 de Santiago. É bonita, lembra bastante o guarujá, mas não vá achando que vai pegar praia, sol e calor!!! Mesmo num dia aberto e bonito lá venta muito e é sempre aquela brisa marítima (do Pacífico!) gelada! Vá preparado!!! No verão a chilenada invade o lugar, mas mesmo nessa época tem vento gelado, então muitos deles vão pra praia (leia-se, pra areia, debaixo do guarda-sol) de calça jeans, sapato social e pochete – JURO!!! hahaha
O passeio vale pra conhecer o lugar, dar uma volta por ali, comer alguma coisa gostosa do mar e ficar pra ver o pôr do sol no Pacífico, que é uma coisa linda e imperdível!!!
Valparaiso é logo ali do lado – mesmo! – coisa de uns 10 minutos de carro, mas é totalmente diferente de Viña. É uma cidade porto, com tudo que lhe cabe por isso: é mais bagunçada, mais suja, mais feia… o charmoso dela são as casinhas coloridas de lata e os bondinhos pra subir e descer pela cidade! Há quem diga que não vale a pena ir, porque parece favela…eu digo que vale, sim! é outra realidade, uma cultura bastante própria… não custa ir lá dar uma olhada!
Mas as duas são coisas rápidas! Em um dia aí você viu tudo que tinha pra ver, fez tudo que tinha pra fazer e pode voltar pra Santiago!
– Ah! Um pouco depois de Viña está Isla Negra, mais uma casa de Neruda. (me envergonho de dizer) eu nunca fui, mas já vi muitas foto e ouvi muitas histórias de que vale muito a pena! Além de ter o museu, dizem que o lugar em si é lindo!

6- Ski
Num item a parte, porque, né?! rs
Vir pra Santiago na temporada de neve e não subir pra Cordilheira é pecado mortal!! 
Você pode ir só fazer um passeio (tipo com a Turistik) e subir a montanha pra conhecer todas as estações – dura o dia todo. (dá pra alugar sapato especial pra andar da neve!)
Você pode ir pra Farellones e passar o dia brincando de sentar na boia e descer uma ladeira de neve (mega divertido, mas tem que pagar por hora e, na verdade, cansa meio rápido..rs)
Ou você pode ir pra esquiar mesmo! Ou tentar – como foi meu caso
As estações são 4: La Parva (que eu não conheço), Farellones, Colorado e Valle Nevado.
Essa é a ordem delas na altura na montanha (da mais baixa pra mais alta), o que influencia nos preços e nas dificuldades das pistas…quanto mais alto, mais difícil e mais caro – pra ninguém ficar na dúvida…rs
Existem algumas empresas, tipo a Ski Total, que fazem meio que pacote completo: alugam roupa especial, equipamento de ski ou snowboard e te levam até a montanha. Se você tiver alugado carro antes, dá pra fazer os aluguéis de roupa e equipo direto lá em cima mesmo…
Uma coisa importante: a estrada pra lá é chatinha e perigosa: são 58 curvas a 180º – fora as curvas normais – numa estradinha estreita e, boa parte dela, com neve. Por isso, em época de temporada eles separam: até as 3 da tarde os carro só podem subir, depois disso, só se pode descer. Ou seja, vá preparado pra ficar o dia todo lá!
Se você nunca esquiou, aviso: Dá trabalho, é difícil, mas eu acho que tem que ir e tem que tentar sabe?! 
Fora que a neve em si já é um  negócio mega divertido e diferente pra nós, brasileiros normaiszinhos! rs
Ah! É uma brincadeira meio carinha… contando transporte, aluguéis todos, o ticket pra usar a pista (e os teleféricos) e comida lá em cima, dá pra gastar uns 200 reais por dia, por pessoa! 
Também existe a opção de ficar hospedado lá na montanha… não sei os preços, mas sei que é caro e concorrido, então, se essa é sua intenção, programe-se antes!


E acho que é isso, né?!
Já ficou tão grande que seu eu lembrar de outra coisa (provável que aconteça assim que eu clicar em “publicar”), fica pra outro post, ok?! hahaha)

E você aí, já veio pra Santiago? Tem mais dicas pra acrescentar? Coisas pra corrigir? Perguntas pra fazer? Dúvidas mais específicas pra tirar? rs
Se joga aí nos comentários!!! =)


Ah!!! Um último adendo (rs):
Se você vem com crianças, não deixe de correr nesse link aqui!



(*dessa vez achei melhor “explicar” o título…hahaha)

"Segue o Seco"- parte 5

Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4

E finalmente chegou o dia do Salar de Tara! Ainda bem, porque eu estava ansiosa pra esse dia! rs
Saímos cedinho do hotel (às 7h) e fomos.

Esse é um passeio em que se gasta muitas horas dentro da van… é o mais afastado de San Pedro e o que tem as maiores altitudes!
O pico mais alto tem 4.800 metros, mas é meio pegadinha, porque a verdade é que é só uma “lombadinha” que você passa de carro que tem essa altura… o resto fica nos 4.500 mesmo..rs
E mesmo tendo sido deixado por último, foi onde nossa turma mais sentiu o efeito da altitude… dá-lhe muito chá de coca e mesmo assim, quase todos disseram que tinham que andar e se mexer devagar e/ou sentar um pouquinho pra não ficar com falta de ar e taquicardia…

A primeira dica: tome pouca água nesse dia porque não tem nenhum banheiro no caminho!!! Nenhunzinho!
Ninguém nos avisou isso, mas por sorte a Rejane tinha levado papel higiênico na bolsa e nos salvou, porque precisamos fazer xixi no meio do deserto, escondidas atrás das pedras e congelando de frio!!! hahahaha

São muitas horas de van, muito tempo balançando e sacudindo a bexiga (hahaha), dá pra dormir mas vale a pena ficar acordado, porque, como sempre, o cenário é lindo! 
É o tour que tem mais aquela cara de deserto que temos na cabeça, sabe, dunas e dunas, uma imensidão de deserto sem fim, aquela cor de areia pra todo lado que você olha… é bem impressionante!

A primeira parada é na beira de um rio. Bonito, mas muito vento frio e nada de diferente que nos fizesse ficar muito tempo lá…rs
(o café da manhã devia ser aí, mas o vento não permitiu e deixamos pra depois..rs)




Em seguida começam as maravilhas!
Chegamos a algumas formações naturais, todinhas feitas de cinzas vulcânicas, que lembram muito os Moais da Ilha de Páscoa, e são incrivelmente enormes!!

Esse aí embaixo tem uma cara de índio perfeitinha!!

Essa coisinha preta nos “pés” do índio é o Lucas, sr. meu marido que mede só 2,03 metros, pra vocês terem uma idéia do tamanho!


E aí continuam as formações… paramos um pouco mais pra frente nas “Catedrales de Ceniza”, uns paredões enormes e intimidadores, que nada mais são do que cinza-sobre-cinza!

Lucas (de preto) e Guto (de cinza) sendo minúsculos..rs


Além dos paredões, esse lugar tem também uma vista lindona do Salar de Tara ao fundo, que o objetivo final do passeio:



Depois do perrengue de fazer xixi agachadinha (hahahaha), tivemos um perrengue bem pior aí: Nossa van atolou nas pedrinhas e não saía de jeito nenhum!!! 

E nós sozinhos, no meio do nada!!!
Diferente de todos os outros tours, em que sempre tinha mais um monte de gente de outras empresas turísticas por perto, nesse éramos só nós mesmo!!! E aí???


Os rapazes tentaram de um tudo, coitados! Mas não funcionava!!! A bicha não se mexia!!!
A SORTE (assim, em letras maiúsculas!) foi que apareceu um jipe de outro grupo voltando do Salar! Teve que ser na base do “amarra a corda e puxa com o jipe”… se não fosse isso, não sei quanto tempo mais ficaríamos ali…! Ufa!

Resolvido isso, pudemos descer pro salar e fazer nosso desayuno – já estávamos todos morrendo de fome a essa altura!!!


Reparem no tamanho das “Catedral” de longe…

Flamingos!!!

Escadinha



Na volta, mais uma paradinha rápida na Laguna Esmeralda:




E depois mais umas hora pra voltar pra cidade…estávamos todos acabados e resolvemos descansar pra poder fazer o tour astronômico a noite.

Mas oh, vou confessar: a gente não deu conta, não!!!  =/ 
hahahaha
Quando chegou no final do dia todos nós estávamos ou doentes ou praticamente lá, cansados a beça e sem condições de ir enfrentar os -15º de novo, pra deitar no deserto e ver estrelas!
Mas não foi falta de vontade!!! O céu em San Pedro é MARAVILHOSO e a gente queria MUITO ir ver aquilo no meio da escuridão do deserto! Uma pena não ter dado… 😦

Aliás, das coisas que eu faria diferente nessa viagem: não teria perdido esse tour astronômico e teria ficado mais um dia, pra poder fazer o passeio do Salar do Atacama e Lagunas Altiplanicas – que também deve ser animal!

And that’s it folks! 

Espero que além de deixar um montão de gente babando (hehehe), os posts também tenham alguma utilidade pra quem estiver pensando em ir pro Atacama!
Quem tiver alguma dúvida mais específica pode me escrever que vou gostar de (tentar) ajudar!! =)

Beijos!!

"Segue o Seco" – parte 4

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Meu aniversário foi longooo e continuou assim:

Voltando pra San Pedro almoçamos num restaurante simples, mas gostoso, que tinha bolo de sobremesa (pena que ele tava afogado no leite e não tããão bom! hahaha), aí fomos descansar um pouquinho no hotel e logo já era hora de voltar pra estrada: a tarde era das lagunas!!!

Fomos conhecer as “Lagunas Cejar”. Também é um passeio perto da cidade, de altitude baixa e que começa a tarde, umas 15h30.
São algumas lagunas – dependendo da estação do ano você pode ver 3, 4, ou 2 lagoas, isso porque dependendo da quantidade de chuva do ano e quão mais ou menos cheias de águas ela estão, elas podem se juntar em uma grande ou formar lagoas menores – no meio de um salar e, portanto, cheinhas de sal!
Já não me lembro a concentração do sal na água, mas é altíssima, assim como no Mar Morto e, da mesma forma, tem aquele efeito bacaníssimo de fazer TUDO boiar!
Não sou a melhor pessoa pra explicar, porque o vento frio e a água congelante me venceram e eu não me atrevi a entrar, por isso não posso descrever a sensação! 
De novo, nossos rapazes corajosos entraram e podem contar melhor pra vocês!

(aliás, um parêntesis importante que esqueci de fazer lá na parte 1: companheiros de viagem e/ou outras pessoas que já fizeram os mesmos passeios, sintam-se livres pra me corrigir, me desmentir (rs), me ajudar a lembrar e/ou acrescentar o que quiserem sobre tudo isso, ok?!?! Comentários liberados e desejados, sempre! 😉 )

Boia-se sem nenhum esforço!


Se você for como eu e amarelar, perdendo a chance de provar essa experiência única, não se preocupe, não é passeio perdido! O visual do lugar já vale! Mais uma vez, é um espetáculo de cores!!


Não é areia, é tudo sal!


Vulcões ao fundo!!


Ah! Importante: Depois desse “mergulho na superfície” você saí da água MUITO mais salgado do que de um banho de mar, por exemplo… Algumas agências de turismo levam uns galões de água doce pro pessoal se lavar, a nossa não levou, mas nos levou até uma mangueira de água de poço (a água mais gelada possível! rs)… o Guto já estava de roupa e ficou com preguiça de se lavar e foi ficando incrivelmente com uma crosta branca de sal secando no corpo, no cabelo, nas orelhas… bizarro!!!

Mas tudo bem, porque a próxima parada, logo ali do lado, seria os “Ojos del salar”, dois buracos, um do lado do outro, como olhos mesmo, de água docinha e muitos metros de profundidade pras pessoas pularem e se lavarem do sal!


clique nas fotos para vê-las maiores e melhores! 😉




Só que quando chegamos lá começou a ventar muito, um vento muito gelado, e o céu nublou! Piorou aquele nosso amigo frio congelante e só uns poucos loucos tiveram coragem de pular!

Como fazia frio e não tinha muito mais o que ver aí, fomos pro próximo ponto (que eu não lembro o nome…alguém dá um help aí????).

Mais salar, mais lagunas…só que os mais bonitos que vi!!!

Uma imensidão de branco de sal, depois uma imensidão de azul, pro outro lado uma imensidão de deserto e pra todos os lados as Cordilheiras e Vulcões!!! Lindo demais!!!

Mamãe! 


Num dia sem nuvens e sem vento essa lagoa forma um espelho d’água e reflete direitinho os vulcões do fundo – já vi foto, é fantástico!!!

Foi aí que tirei essa foto mega blaster legal:



Não contem pra ninguém, mas por causa da imensidão do branco, mesmo pulando baixinho dá esse efeito de “voando”! Muito legal, né não?!?! =)

Mas oh, não foi fácil fazer a foto, dêem uma olhada no mico:


Hahahaha!!! Como era meu aniversário, ninguém podia me julgar! Ufa! hahahaha



Tinha muito vento e muuuuitaaa nuvem… mas o que perdemos de espelho d’água, ganhamos de pôr-do-sol-mais-espetacular-da-minha-vida!!!!

Tão maravilhoso que é impossível escolher as fotos! Contentem-se com poucas e morram de vontade de ir ver ao vivo!!!

Nossa beleza infinita  e natural sendo favorecida pela luz incrível e natural!!!



Hermano e yo modelando!

A cada minuto mudava tudo… era virar pra um lado pra tirar foto e quando você olhava de volta já eram outras cores, outros formatos, outra emoção… Incrível demais, juro!!!
Tanto que eu não queria ir embora!
O sol foi sumindo, o vento foi piorando, o frio foi ficando mais cortante… Lucas, Claudio e Rejane já estavam na van fazia tempo e tiveram que arrastar eu, minha mãe e o Guto pra voltar pro hotel! hahaha

Pra terminar o dia, banhinho, roupa nova, um jantar gostoso (comi uma empanada de queijo com azeitona deliciosa!), um brinde à Gabi e a merecida cama!!!

Porque ainda falta um dia de Deserto de Atacama!!! Aguardem…rs


"Segue o Seco" – parte 3


Parte 1

Parte 2

Bom, o segundo dia de viagem foi o 11/04, diazinho lindo do meu aniversário!
Acordamos cedíssimo – 4h30 da manhã – e eu já fui logo cobrando meus merecidos parabéns dos meus companheiros sonolentos!!! hehehe

A programação do dia era: de manhã “Geisers del Tatio” e a tarde “Lagunas Cejar” (que vai ficar pra parte 4…rs).

O passeio do Geiser, como eu disse, exige que se saia muito cedo de San Pedro. Além de ser longe, é necessário que se chegue lá antes de o sol sair, pra poder assistir o espetáculo inteiro! 🙂


Isso porque os Geisers nada mais são do que o planeta brincando de soltar fumacinha pela(s) boca(s) (sacam aqueles dias de frio em que quando você “bafora” sai fumaça pela boca?! Então, isso… hahahaha)
Como a hora mais fria do dia aqui no Chile é justamente no comecinho do dia (o sol nasce cedo, mas até sair de trás da Corilheira e começar a esquentar algo, demora! O mesmo acontece aqui em Santiago…), é nesse momento que se pode apreciar com mais intensidade o fenômeno!!!
Sai bastante água das crateras também, mas não com força o suficiente pra subir um jato…elas ficam baixinhas e a fumaça é que faz essas colunas que se vê aí…
É impressionante de se ver!!! O que eu mais pensava aí era: “imagina a sensação dos primeiros homens que descobriram os Geisers???!?! Que explicação eles davam pra isso??” Devia ser quase a confirmação do inferno! hahaha

Momento dica: quando te disserem: “vá agasalhado, nesse passeio faz frio”, acredite! Acredite e leve muito a sério!!!
Meu irmão, por exemplo, tinha sido avisado pra trazer do Brasil roupa de muito frio, mas aí resolveu dar um google (ah, essa geração..! hahaha) e leu que em San Pedro em abril fazia uma mínima de uns 15 graus, achou que com um moletom daria e veio “sussa”! hahaha A sorte é que quando chegou aqui o convencemos a levar pra lá meu casaco de neve e uma malha “polar” do Lucas! No final, ele foi o que ficou mais quentinho, acho…rs
Eu, por minha vez, levei mini a sério e me agasalhei pra um dia de inverno em Santiago…perdi a conta de quantas vezes meus pés congelaram! hahaha
Faz muuuuuiiiitooooo frio lá!!!! Provavelmente pela falta de roupa (não coloquei meia calça, nem “meião”, nem “minhocão”), passei mais frio do que nunca na vida!!!
Não se esqueçam que além do horário, há também que se considerar a altitude: estávamos a 3600 metro de altitude!

Ficar juntinho também ajuda a esquentar!
A solução pro frio é ficar pertinho dessas colunas de fumaça quentinha! Super ajudam a descongelar o pé! Só que tem dois problemas: 1- junto com a fumaça, saem uns gases tóxicos, como enxofre, por isso não é muito recomendado ficar ali grudadinho, respirando isso… 2- A fumaça não é fumaça, é vapor. E como todo bom vapor, é húmido! Então você pára do lado, descongela, até quase esquenta…e aí quando dá um passo pro lado re-congela instantaneamente e ainda “piormente”, porque agora além de gelado, você está molhado!
Mas oh, não atrapalha o passeio, viu?!
Tanto que é aí que todas as empresas de turismo montam o desayuno! Assim, ao ar livre mesmo… o café quentinho vem bem! Duro é tirar a mão da luva pra comer qualquer coisa….rs

Aí, ao contrário dos outros passeios, a gente assiste a Cordilheira mudar de cor enquanto o sol sobe (e não quando desce…rs) É lindo também!!!
Depois que o sol sai, vem a parte aventureira do negócio: ali, no meio dos Geirers, tem uma terma, um laguinho de água quente onde é possível se banhar…
A água é bem quente – é a mesma água dos Geirers – mas o frio fora é tanto, mas tanto, que tem que ter muita coragem pra entrar!!!
Eu não tive, mas o Lucas e o Guto tiveram!

Temos provas! rs

E, claro, sair da água é a parte mais difícil!!!


Reparem na mão dele! 

Hahaha!!!





Bom, depois de todo mundo vestido, continuamos o passeio…
Passamos por um rio cheio de aves naturais do deserto, um paredão de pedrinhas empilhadas onde se escondem coelhos invisíveis (hahahaha! não perguntem!), vários grupos de vicuñas selvagens (faltou foto) e por uns cactos que são mais velhos que o mundo! rs

O paredão. Vê algum coelho?? rs

Esses cactos crescem 0,3 milímetros por ano e alguns tem mais de 3 metros de altura!!! Faça as contas…

(Parentesis: vicuñas são bichos bem parecidos com as llamas (misturadas com veados. hahaha), que só vivem em muito altas altitudes e que tem um pelo absurdamente macio e caro!!! (daqueles que não é possível tosar, é preciso matar o animal pra extrair…claro que é proibido, né?!) Mas o mais legal delas é que são super civilizadas e usam banheiro! Todas do grupo escolhem um lugar específico e só fazem cocô nesse lugar! Mó legal! hahahhahaha)


Vicuña e vicuñita do google
Pra terminar o pacote, terminamos a manhã visitando o Poblado de Machuca, um lugarzinho com 9 habitates, charmosinho e pequeninho, onde podemos comer umas boas empanadas e provar carne de llama! 
Llama, aliás, é animal de estimação nesse lugar! rs

Dos 9 habitantes, 2 eram gatos…rs


E, ufa! Aí foi voltar pra cidade, almoçar e se preparar pra jornada da tarde!



Ah! Um ponto importante!
Uma questão que sempre “pega” no Atacama é a altitude… Como as pessoas não estão acostumadas, é super normal o povo passar mal… Enjôo, tontura, dor de cabeça, falta de ar, taquicardia e até dor no peito são alguns dos sintomas…
Existem algumas dicas pra evitar problemas: começar pelos passeios mais “baixos”, pro corpo ter mais tempo de ser adaptar e ir subindo “aos poucos”; evitar consumir bebidas alcóolicas e comidas muito pesadas na noite anterior à subida e ter uma boa noite de sono…
Nós seguimos isso direitinho: começamos pelo Valle de la Luna (que está a uns 2800 metros), depois os Geisers (a 3600) e por último o Salar de Tara (que chega a 4800 em um ponto!!!). Além disso, estávamos no esquema tranquilo e família…sem badalações e sem muita comilança também (pelo menos nas noites…rs)

Tem também o chá de folha de coca, clássicão do lugar! rs Nós compramos as folhas e fizemos o chá! Eu não provei, não sei nem que cheiro tem, mas algumas pessoas tomaram e acharam que ajudou. Outra opção é só pegar a folha da coca, colocar embaixo da língua e ficar chupando… também foi testado e aprovado por membros do nosso grupo! hahaha

Eu, que sou mestre em ter piriri e/ou ficar doente em viagens, estava morrendo de medo de ficar ruim e perder os passeios incríveis – aconteceu com uma conhecida nossa… começou a passar mal no primeiro dia e passou os outros 4,5 dias dentro do hostal com dor, imagina que frustração?!?! 
E me deu mais medo ainda porque o guia disse que se nos sentíssemos mal nos Geisers não teríamos nenhuma chance no Salar de Tara, e esse era o passeio que eu mais queria fazer!
Apesar da tensão e do nojinho do chá (odeio chás em geral!! rs), não senti nadinha nas altitudes!!!
Ficava um pouquinho mareada no caminho, mas pelo sacolejo da van na verdade… Quando estávamos nos lugares altos, algumas pessoas sentiam um pouquinho de dificuldade de respirar, ou um pouco de taquicardia se se movimentavam um pouco mais rápido… mas nada grave!
E euzinha lá, feliz e saltitante – literalmente, afinal, era meu aniversário!!! hehehe




"Segue o Seco" – parte 2

Você pode ler a parte 1 AQUI


Antes de irmos pra San Pedro pesquisei bastante na internet sobre os passeios lá. Vi os que eram mais normais de fazer e o que eram mais “bem falados”… Com isso, montei a programação que eu gostaria de fazer e mandei por email pra um monte de agências de turismo de lá, perguntando se era possível e quanto saía…
Recebi orçamentos desde 70 mil pesos (280 reais) até 200 mil (800 reais), mas a média era uns 100 mil (já deu pra sacar a conversão, né?! rs). Além dos orçamentos, algumas agências me mandaram sugestões, como por exemplo: “no sábado você tem muito pouco tempo”, ou “os passeios tais são em maior altitude e por isso se recomenda deixar por último”, etc…
Considerando tudo isso, fechei meu “pacote ideal” com a “Altiplano Aventuras“. A princípio faria todos os tours em esquema coletivo, mas acabou que não foi assim. Quando cheguei em San Pedro e liguei pro cara fiquei com a impressão de que ele tinha esquecido de mim..rs. Ele disse que tava em Calama, mas que ia mandar um motorista pra levar a gente pro passeio… Fiquei meio assim, mas no final o passeio foi ótimo e o “motorista” era na verdade um guia bacana. Ele ficou “chavecando” a gente pra fazermos passeios particulares e nos convenceu de que no sábado não ia dar tempo de nada mesmo. No final do dia o dono da agência foi nos encontrar no hotel pra fecharmos os detalhes e aí acabou que renegociamos, tiramos o passeio que seria no sábado e, por bem pouco dinheiro a mais, fechamos todos os passeio em esquema particular. Como estávamos em 6, acabou compensando pro cara e pra gente também.
A melhor parte disso tudo é que fazíamos as coisas nos nossos tempos! Não tínhamos que sair mais cedo pra ir de hotel em hotel recolhendo gente, nem ficar esperando que cada um terminasse de tirar foto a cada parada, etc, etc, etc… Fora que eu não sou um ser muito social, né?! hahahaha
Mas o dia em que mais deu pra sentir a vantagem do novo acordo foi o segundo dia de viagem. Nesse dia fizemos o passeio pros Geisers, que começa muito cedo porque você tem que chegar no lugar antes que o sol tenha saído.
No esquema coletivo teríamos que sair do hotel as 4h da manhã, mas como éramos só nós, saímos as 5h e chegamos lá até antes de alguns outros ônibus…

Na hora do almoço e jantar sempre estávamos de volta a San Pedro e o Lucas teve a brilhante idéia (rs) de pedir dicas de restaurantes pros guias que nos levavam pros passeios.
San Pedro é uma vila minúscula, puramente turística, com uma rua principal – a Caracoles – cheia de lojas de artesanato, agências de turismo, bares e restaurantes – especialmente esses dois últimos! 
São muitas opções de restaurantes e sem uma referência é difícil conseguir fugir do “caça turistas”(tipo um cara vestido Peter Pan que todas as noites nos convidava pra ir num restaurante x…hahaha).
Com as dicas dos guias fomos a bons lugares, com preços mais baixos do que os principais e comidas bem boas!!
Não registrei os lugares que comemos, mas fica a dica: não escolha na porta, pergunte antes!
(até porque, quando tem que escolher na porta é bem mais difícil,  tem tanta opção e tanta gente que complica! rs)
(to be continued…)
hahahaha

"Segue o Seco"

Melhor escrever logo esse post sobre a viagem pro Atacama, antes que vire o mês e a coisa fique vergonhosa demais…hahaha (ops…virou…agora vou passar vergonha mesmo, não vai ter jeito…pra não ficar tão feio, vou dar uma caprichada e colocar mais dicas e tal, por isso vou dividir os posts pelos dias, ok?!)

Como vocês sabem, fomos passar meu aniversário no deserto do Atacama e muito bem acompanhados! Para o “evento do ano” (hehehe) vieram do Brasil meus sogros, a Re e o Claudio, minha mãe e meu irmão, o Guto.

Viajamos na quarta feira, dia 10/04, de manhã, saímos de Santiago umas 10h30 e chegamos em Calama umas 12h30. Já tínhamos reservado antes o transfer pra nos levar até San Pedro de Atacama, mas chegando lá tivemos a primeira surpresa: a empresa do transfer não aceitava cartão (apesar de várias outras ali aceitarem) e os caixas eletrônicos do aeroporto não tinham dinheiro pra sacar (!!!!). Demorou um tempo, mas o Lucas conseguiu combinar com eles que o motorista nos levaria até algum lugar com caixa e ele mesmo receberia o pagamento… Ufa! (Aprendam, o aeroporto é minúsculo..melhor ir preparado pra coisas assim! rs)

Chegamos no hotel mais ou menos uma hora depois e tivemos um tempinho rápido pra “nos refrescar” (tava caloooor), porque já tinha passeio programado pra tarde!

Existem várias maneira de fazer essa viagem: desde ir esquema mochilão, se hospedando em quarto comunitário de hostal, até o esquema mega luxo, ficando no hotel em que a Sandra Bulock se hospedou quando foi pra lá! hahaha
Eu e o Lucas, quando viajamos sozinhos, não nos importamos de ficar em hostal, sempre que em quarto individual e com banheiro! Mas dessa vez, como estávamos com a família junto, optamos por ficar num hotel mesmo… 
Encontramos “La casa de Don Tomas” pela internet, tinha boas referências, um preço que era bem parecido com o de quartos individuais em hostals e era bem localizado… fechamos nele!




Foi uma boa escolha! Apesar do preço “baixo” (em relação aos outros hotéis) o lugar era novo, bem cuidado e tinha alguns confortos bacaninhas de hotel… Na diária estava incluso o café da manhã, mas nos dias em que saíamos pro passeio antes da hora do desayuno (o que aconteceu duas vezes), eles deixavam preparado pra gente um saquinho com café da manhã pra levar, bem fofo! Além disso o lugar tem piscina (congelante, mas enfim, piscina…), umas áreas externas bem gostosas pra relaxar e cada hóspede ganha uma garrafa de água por dia – o que é um bem precioso no deserto, lembrem-se! rs





A primeira coisa que fomos conhecer no deserto foi o “Valle de la Luna”.
Diria que é um bom jeito de começar…é bonito, mas não é o mais bonito que vimos – se tivesse ficado pra depois, provavelmente teria sido sem graça. Mas é um passeio que praticamente todo mundo faz, e quase sempre no comecinho, porque é um programa que ocupa só a tarde (excelente pro dia da chegada), é pertinho de San Pedro e o lugar tem uma altitude bem parecida com a da cidade, o que ajuda os turistas a irem se adaptando… (não vou encher os pots de fotos pra não soltar muito spoiler, ok?! hahaha)



É aí que estão as “Três Marias” – versão pedra, não estrela…hehehe – e o Pac Man!




Pra evitar spoiler, não vou explicar a foto, mas podem tentar enxergar alguma coisa aí! rs




Meio que na saída do Valle existem umas cavernas de sal muito legais! Disse o nosso guia (pode ter sido publicidade barata…hahaha), que entrar lá não é “pacote comum”, mas nós entramos! E foi super legal!! Meio “aventureiro”, mas valeu muito a pena!!!



 Tem uns pedaços que você tem andar totalmente agachado (até meio que batendo a bunda no teto! hahaha) e com lanterna do celular e outros em que tem que “escalar” e pular os paredões… Digamos que claustrofóbicos e sedentários podem ter problemas…rs
Mas recomendo! Tem um visual lindo, tanto em cima quanto embaixo!

Tudo isso é sal!!!!


Saímos de lá meio na pressa pra conseguir chegar antes do pôr do sol no lugar certo…
Fomos ao “Mirador Piedra del Coyote”:

A Piedra e a Coyota aqui! hahaha



A vista do mirador – Lucas e Guto fazendo pose! rs


A vista é dessas coisas tão lindas, mas tão lindas, que não há foto que faça jus, sabem?!
Se você tiver coragem, sente na beiradinha e faça a foto mais incrível da sua vida! hahahaha


Pessoa X na foto mais incrível da vida dela! hahaha

Os meninos até sentaram, mas eu errei na hora de enquadrar a foto, ficou fechada…sorry, guys… 😦

Foi aí que aprendemos a parte legal do pôr do sol no deserto: conforme o sol vai caindo, as cores de tudo em volta vão mudando, fica roxo, vermelho, laranja, etc… Pra mim, o mais legal disso é que não há câmera que fotografe ou filme isso… é experiência pra viver na veia, ao vivo e CHEIO de cores!!!



fim do primeiro dia! Juro que não vou demorar pra postar a continuação…rs

Beijos!

Envelheço fora da cidade!

Hoje é aniversário do Júnior-da-Sandy. É aniversário do Zeca Baleiro.
E é aniversário da pentelha que vos escreve! Hehehe

Estamos no Deserto do Atacama, perdendo o fôlego muito mais pelas belezas do que pela altitude – juro!

O dia começou as 4h30 da manhã e ainda não terminou… Delícia de aniversário muito bem acompanhado e muito bem ambientado!!!

Estou sem computador aqui, por isso por enquanto vou ficar devendo as histórias, fotos e dicas da viagem… E devendo, especialmente, os agradecimentos a todo o carinho que recebi on line durante o dia…

Juro que na volta respondo com a dedicação merecida a cada um!

Por agora, aquele “muito obrigado” geralzão!!! rs

Beijo


"Tem um japonês trás de mim"

Conclusão do dia de hoje: sempre dá pra ser turista!


Mesmo tendo mais de dois anos de Santiago, hoje fiz pela primeira vez um tour pelo centro da cidade e, apesar de já conhecer muitas das histórias, aprendi um monte e conheci um ponto de vista diferente sob essa cidade que eu adoro!

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Foi na lua de mel que descobri meu jeito favorito de fazer turismo: walking tours!!!

Alguns meses antes da nossa viagem o Lucas tinha conhecido o New Europe, uma empresa que faz walking tours por várias cidade da Europa. Gostamos do esquema, então toda cidade que passávamos, procurávamos por eles!!
Fizemos os tours em Paris, Londres, Edimburgo e Dublin! Muito legal!!! ( e com todo tipo de clima: sol, chuva, neve!! Nada atrapalhou…)
É sempre assim: existe um tour principal, que passa pelos pontos mais conhecidos e importantes da cidade e é de graça – no final você pode dar uma caixinha pro guia se quiser (a maioria dá); e depois há outros tours mais específicos, com bairros especiais ou temas definidos. Esses você tem que pagar, mas é sempre barato e vale muito a pena!

No ano passado quando fomos pra Nova York, encontramos um grupo parecido, o Free Tours By Foot, e com eles fizemos uns 6 tours nos dias que ficamos lá! Também recomendo!

Eu gosto muito desse esquema porque você faz tudo a pé (eu adoro andar!), passa pelos pontos principais conhecendo as histórias dos lugares, descobre uns “causos” mais escondidos e desconhecidos no meio do caminho, pega dicas importantes com o guia e já aproveita e vai se localizando melhor na cidade. 
Depois do tour você já sabe quais lugares chamaram mais atenção e pode escolher pra onde quer voltar, onde quer entrar e o que quer conhecer melhor…

Na maioria das vezes você pode optar por tour em inglês ou espanhol e é incrível a variedade de pessoas e nacionalidades que fazem o passeio! (me divirto tentando decifrar os idiomas que cada grupo usa entre si!!)

Os guias geralmente são jovens, muitas vezes estudantes de história ou arte, que falam das coisas com bastante entusiasmo e, especialmente nos free tours, com bastante dedicação, se esforçando pra merecer melhores gorjetas ao final!
Acho infinitamente mais legal do que passeios explicados com “audio-guide” (tipo naqueles ônibus) ou guias velhinhos entediados por repetir mil vezes a mesma história. E muito mais instrutivo do que andar pela cidade sozinho acompanhando algum mapa ou livro-guia!


Quando chegamos em Santiago eu só conhecia a opção do ônibus da Turistik e nunca tinha me interessado em fazer, optei em ir andar observando o mapa mesmo e pronto.
Só que há alguns meses descobrimos uma nova opção, o Free Tour Santiago e recomendamos que alguns amigos fizessem… eles fizeram e gostaram!

Hoje, aproveitamos a visita dos meus sogros e fomos lá conhecer o passeio pessoalmente!
Eu gostei bastante! Serviu pra reafirmar meu encanto com a cidade e com esse jeito de fazer turismo!

Então, já sabem: quando vierem pra Santiago, ou quando forem conhecer qualquer outra nova cidade por favor, ignorem a empresa chata, batida, cara e aproveitadora de brasileiros (hahahahha), procurem essas maneiras alternativas de olhar ao redor – e já aproveitem pra ficar um pouquinho mais em forma! hehehe

E, uma idéia!, que tal procurar um tour desses na própria cidade em que você vive??? 
São Paulo mesmo, tem umas coisas muito interessantes que acabam ofuscada pelas chatices do dia a dia e esquecidas pela maioria dos paulistanos…


ps.: juro que não é post patrocinado, ninguém me pagou nada pra fazer propaganda! hahahaha
É que eu gosto MESMO do esquema! 😉

Beijos!

"Não tive a intenção (de me apaixonar)"

Daí que o primo da mulher do amigo do Lucas é instrutor de buceo… daí que a gente podia fazer isso qualquer dia… “deixa só eu fazer uma ligação…”… o cara tá livre… daí que se juntar mais gente sai mais barato… então domingo…

E foi assim que, repentinamente, tínhamos compromisso pro domingo. Acordar as 7 da manhã (depois de um aniversário tardio na noite anterior). Um lindo dia de sol (que, na verdade, ainda não tinha nem saído de trás da Cordilheira). Fazer a Maní comer. Colocar uma saia fresca e confortável. Fazer a mala. Esperar o Rubem. Pegar a estrada – agora sim com sol. Encontrar o combio num posto no caminho. E seguir pra Algarrobo!

E, seguindo pra Algarrobo, entrar no túnel mágico em que o clima sempre muda; dar de cara com aquele dia horrível e ir percebendo que não ia melhorar…o chovisco veio pra comprovar os temores!




Chegar na casa dos pais do Juan (o marido da prima do instrutor..rs) congelados de frio e, no meu caso, de medo! 
(Nunca coloquei mais do que os dedos na água gelada do Pacífico, justamente por medo do frio – frio que se sente desde lá da areia mesmo! E olhar pro céu fechado e ameaçador conseguia dar mais frio do que o vento gélido que não parava de vir. Por que hoje???)

Pegar o carro de novo pra, agora sim, começar a aventura…

Chegar no lugar. Deixa mala no carro – longe. Conhecer os instrutores. Ouvir instruções. Preencher papéis (retirando deles as responsabilidades das tragédias que nos podiam acontecer). Responder (apreensiva) questionário sobre saúde (“tive uma contusão no cérebro há 17 anos, tem certeza que não importa?????”). Tirar a roupa. Passar mais frio. Sofrer pra colocar aquela coisa de borracha. Sofrer mais pra fazer ela passar pela bunda. Perceber que esqueci coisas importantes no carro. Fechar tudo por ali. Tirar foto.



Ir pro clube de iates. Subir na plataforma balançante. Começar a sentir mareo. Ver o mini barquinho em tenho que subir. Ser convidada a subir nele. Negar. Pensar com muita força em desistir (“já vi lá no vulcão que não sirvo pra essas coisas de aventura…pq raios eu insisto???”). Brigar com mais força pra não desistir. Subir no barco (com um discreto escorregão que me machuca o pé). Tentar de todas as maneiras possíveis ignorar o mareo que só aumenta (ele disse “los que se marean van primero al água”). Ouvir mais instruções e códigos e ensinamentos dos quais minha vida podia depender.


Perceber o barco parando. Torcer pra ele andar mais. Assistir, ansiosa, a movimentação dos instrutores. Ser escolhida pra primeira turma a bajar (“antes del mareo”). Lentamente começar a me aparamentar. Descobrir, com alívio que o instrutor chefe é o que vai me acompanhar. Receber ajudas pra terminar de arrumar tudo. Sentir o aperto do cinto com peso. Colocar a máscara e sentir um mini pânico pela falta de ar no nariz. Não conseguir respirar na boquilla. Ter a boquilla trocada e agora semi conseguir respirar na nova boquilla. Sentir muito medo do mareo. Sentir medo de vomitar bem ali onde todo mundo vai estar imerso.

Quase não conseguir ficar em pé no barco pelo peso do cilindro de ar. Sentar na beirada do barco. Me jogar pra trás. Morrer de medo antecipado pelo frio que viria. Cair na água. Não sentir frio. Não conseguir manter as pernas pra baixo. Ser puxada pelo instrutor. Treinar a respiração. Errar tudo. Continuar com as pernas de pata na superfície. Treinar mais a respiração a aprender o truque. Descobrir que na água – e com esses aparatos –  tenho ainda menos controle sob meu corpo do que no mundo real. Ter meu pé empurrado pra baixo 25 vezes e ver ele voltar pra cima em menos de 7 segundos (contados) em todas elas. Segurar na corda da âncora. Encontrar meu instrutor – o Pablo.

Começar a descer – uma mão da corda, outra mão na mão do Pablo. Não enxergar nada no caminho (a água muito turva e o dia muito nublado). Descer um pouquinho de nada e sentir a pressão no ouvido. Seguir as instruções anteriores de como resolver o problema. Me concentrar muito pra acertar a respiração na boquilla. Descer mais um tico e pressão de novo. Apertar no nariz de novo. Pablo perguntar se está tudo bem. Confirmar e descer mais um pouco. Me sentir mais pata ainda por estar tendo tanto incomodo no ouvido, mesmo tendo descido tão pouco.

Pablo me soltar a mão. Me dar a outra mão num gesto de cumprimento. Eu não entender nada. Pablo apontar pra baixo. Olhar e ver.

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Ver e (figurativamente) perder o ar.
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Olhei pra baixo e lá estavam: uma alga maior que eu e a areia, o fundo do mar (ok, um mar de só 12 metros de profundidade, mas O FUNDO DO MAR)

E aí acabou a tensão, acabou o medo, acabou a náusea, nem vi o frio… e as coisas passaram a acontecer num tempo inexplicável… totalmente mágico!!!

A água turva dava um efeito incrível pro visual: olhar um monte de nada cor de areia e, de repente, encontrar vida a um metrô de mim! Algas, caranguejos, peixes e infinitas estrelas do mar!!!!

A ausência de sons externos chegava a ser inacreditável… Era como se eu estivesse sozinha ali, escutando apenas minha respiração através da boquilla (bem Datrh Vader..rs), sem sentir o peso do cilindro, ou do pé de pato, ignorando totalmente a mão do Pablo que seguia grudada na minha, esquecendo que o Lucas ia atrás de mim (a ponto de dar umas patadas nela de vez e quando)… 
Ouvir só minha própria respiração, encontrar aquelas criaturas novas…. Nadar no nada…Quase meditar….A corrente do mar me levando (e a mão do Pablo tb, confesso.rs)… Melhor que yoga!

(em determinado momento eu estava tão relaxada que quase esqueci de fazer pressão pra manter a boquilla no lugar… rs)

Nenhum incomodo, nada errado, nada sofrido… só bom demais!!!


Até que meu marido gigante consumiu todo o ar do seu cilindro e tivemos que voltar pra superfície! hahahahaha


Foram 25 minutos em baixo da água – 12 metros abaixo do nosso mundo e do barquinho enjoante… e eu nunca imaginei que pudesse gostar tanto dessa experiência “de aventura”!

Subi encantada, parecendo criança com brinquedo novo, não parava de falar (“daí teve uma hora que… e aí…vc viu…?”). Por mim já programava imediatamente a viagem pro Caribe pra ir fazer isso num lugar com o visual abertão e cheio de peixes lindos e coloridos!!!

Apesar de não ter (re?)adquirido o controle sobre meu corpo (acho que se o Pablo tivesse me soltado eu me perderia na imensidão do Pacífico, lá embaixo, pra sempre! hahaha), recebi elogios dos instrutores, que, certamente, viam a alegria na minha cara!

Foi tão bom! Tão bom! Mas tão bom que quero fazer de novo, logo!!! E que recomendo que todo mundo faça também!! hehehe




ps.: faltam fotos, né?!… outros do grupo tiraram, vou tentar recuperá-las!