Ser mãe é descobrir como reais e ir sentindo na pele uma lista enorme de clichês – esse, aliás, é o primeiro deles, o clichê primordial! Hahaha
Um dos mais clássicos dessa lista é a história de que só depois de ser mãe é que você entende verdadeiramente a sua própria mãe.
É só depois de sentir esse amor profundo, doído e arrebatador que você entende todos os mil beijos e abraços que sua mãe te deu ou quis te dar, toda a pentelhação em forma de preocupação, todas as lágrimas que ela ja derrubou por você…
Dizem que nós aprendemos a ser filhas depois que nos tornamos mães. E como muitos outros clichês da lista, já descobri que esse é verdade também!
Mas o que eu andei percebendo é que nós aprendemos a ser mães, sendo filhas.
Só posso ser a mãe que sou, pela mãe que tive.
Foi com ela, minha mãe, que aprendi a amar e ser amada. Foi com ela que aprendi o que é cuidado, o que é dedicação. Foi com ela que aprendi o que é respeito – ao outro e a nós mesmas. Foi com ela que aprendi o que é amizade, o que é sonho, o que é desejo.
Foi sem ela que aprendi o que é saudades.
É pra ela que eu corro imediatamente quando tô triste, quando tô doente, quando tô preocupada…e quando tô feliz, quando tenho o que comemorar, quando tô emocionada.
Ela é minha melhor amiga, mas também é mãe brava quando precisa ser (minha adolescência que o diga..rs).
Com ela aprendi que temos que tentar ser o melhor de nós mesmas e não uma versão perfeita que almejamos. Aprendi a rir das imperfeições e a tentar consertar as que forem possíveis.
Com ela (e com a minha analista! Hahaha) aprendi que erros não são fatais, que eles podem nos ensinar muito e que desculpas podem – e devem – ser sinceras de ambos os lados.
E aprendi que tudo isso aí em cima fica mais fácil quando não se vive sozinha.
Quando a Cecília nasceu minha mãe veio ficar com a gente pra ajudar no “novo desafio”.
E o que ela mais me ensinou nesse período foi que pra cuidar é preciso deixar-se ser cuidada. Pra amar é preciso deixar-se ser amada!
Sei que ainda estamos no “modo easy” com a filhota, mas acho que se estou me saindo muito bem até agora, é porque tive um exemplo incrível – pro bem ou pro mal! rs
Pode parecer só mais um clichê, mas nossa relação é muito especial, sim…
E nesse meu primeiro Dias das Mães, deixo minha birra com as datas comercias de lado, olho pra MINHA FILHA (ainda é emocionante usar essas palavras!) dormindo no meu colo e me emociono – de saudades da minha mãe e de desejo de que eu possa ser pra essa pica-pau linda tudo que minha mãe é pra mim!
Nesse 2014 é com o coração muito mais repleto que desejo a todas as mães (as de humanos e a de peludos, mesmo as futuras ou “potenciais” rs) um Feliz Dia das Mães!!!