“É assim como uma fisgada”

Cada
Uno
Llora
Por
Aquello que
Siente

No plural, que é pro acróstico ter sentido.

(foto feita pela Sil em fevereiro)

(foto feita pela Sil em fevereiro)

O difícil de ser adulta (e analisada) é que não dá pra fingir que a raiva que você sente é do resto do mundo e não de você.
Não dá pra jogar em cima do outro o peso que cabe aos seus próprios ombros.

Hoje tá pesado e tá doído.

(mas que bom que é ter ao meu lado o abraço que desafoga, a lambida em forma de beijo e os dedinhos tentando coordenar um carinho!)

"As minhas meninas"

Antes da Cecília nascer eu já sonhava com o lindo relacionamento cão-bebê que nos esperava…
Tinha lido sobre como fazer as devidas adaptações e estava bem tranquila, afinal, Maní é um gato-docinho-em-forma-de-cão! rs

Durante a gravidez fiz sempre questão de incluir a Maní em tudo.. tudo que a Cecília ganhou – TUDO – foi devidamente cheirado e analisado pela irmã mais velha, o quarto continuou liberado pra ela como sempre foi e a gente inclusive a incentivava a entrar lá e rolar na cama nova no chão! rs
Ela se interessava por tudo, se divertia no quarto – alguns bichinhos de pelúcia tiveram que ser resgatados da boca dela, confesso (rs) – e inclusive o usava pra guardar seus próprios brinquedos, lembram?? rsrs

Maní acompanhou de perto todo o trabalho de parto – só perdeu o expulsivo por motivos técnicos de “cachorro não pode entrar no hospital”! hahaha


Se eu tava aqui…


….Maní tava aqui!

Nos dias que ficamos na maternidade a Sil e o Lucas trouxeram pra casa umas roupinhas usadas pela Cecília pra Maní ir acostumando com o cheiro… E quando tivemos alta, chegamos de câmera ligada, esperando gravar um daqueles vídeos maravilhosos de cachorrinhos e bebês que vivem bombando na internet! Mas não foi bem o que aconteceu! hahahaha
Eu entrei primeiro, sozinha, e fiz uma festa pra ela – e ela uma festa pra mim! Em seguida veio o Lucas, com Cecília no colo, sentou com ela no sofá e a Maní foi toda felizona, atropelando a irmã pra dar oi pro pai! rs
Quando mostramos a bebê pra ela, ela se limitou a dar uma cheiradinha e só! Rapidinho passou o interesse!
E nos primeiros dias foi assim: Maní não dava nenhuma bola pra Cecília! Mas sempre que a caçula começava a chorar Maní corria comer um pouco ou buscar o brinquedo dela pra trazer pra gente – as duas coisas que sempre garantiram atenção máxima pra ela na casa! Ciúmes? … é, provavelmente um pouco…rs
A gente não forçava o contato das duas, mas sempre dava um jeito de deixá-las próximas, pra Maní ir se acostumando…

Recebendo carinho nos primeiros contatos com a irmã!

Dormindo juntas!




Eu disse a gravidez inteira: “eu que mimei a Maní, eu que vou ter que me virar pra dar conta da carência quando chegar a Cecília! Se as mães de dois humanos conseguem cuidar do mais novo e dar atenção pro mais velho, eu vou conseguir também!”
Mas nos primeiros dias, confesso, foi bem difícil me dividir como devia! Maní saía pra passear todo dia com a Sil, as duas brincavam muito, viviam correndo pela casa! Minha mãe sempre garantia uns mimos, um carinho, o prato cheio de comida… Maní estava bem cuidada, eu sabia! 
Mas mesmo assim eu me sentia mal, morria de culpa por não fazer como tinha prometido… Acho que lá pela primeira semana de vida da pequena foi quando a coisa da culpa apertou! Lembro que passei o dia angustiada e no final do dia, conversando com a minha mãe, consegui desafogar um pouco…falei, chorei, senti… e aí percebi que só quem podia mudar a situação era eu! E aí eu mudei! No dia seguinte já assumi algumas responsabilidades da Maní de volta pra mim: voltei a dar comida pra ela (e ficar do ladinho elogiando enquanto ela comia, como ela gosta!), voltei a levá-la pra passear quando a Cecília estava mais tranquila… eu me senti BEM melhor e, tenho certeza, Maní também!

No começo, se minha mãe estava com a Cecília no colo, lá ia Maní deitar do ladinho delas… se eu estava sozinha na cama ou no sofá, Maní também tentava ficar por perto…
Demorou 16 dias pro cão, finalmente, deitar no meu pé enquanto eu estava com a caçula no colo, mamando! Dá pra imaginar o tamanho da alegria e do alívio da mãe aqui?!?!


Momento devidamente registrado, CA-LA-RO!!!


A partir daí, Maní começou a se interessar mais pela Cecília…ia sempre dar uma olhadinha quando a irmã chorava – e vinha angustiada pedir minha ajuda quando Cecília chorava no colo de outra pessoa! rs
Ficava curiosa quando a bebê se mexia e fazia barulhinhos:



E descobriu que tinha ganhado um novo par de pés pra dormir:





Maní começou a se aproximar por vontade própria, mas a verdade é que ela parecia ainda não entender muito o que era aquela coisinha barulhenta que ganhava tanto nossa atenção…
Até que, um dia antes de Cecília completar dois meses de vida, o cão teve uma revelação! hahaha

Meus sogros estavam aqui, era um domingo e estávamos sentados à mesa, almoçando…Cecília havia sido colocada, dormindo, em seu gimnásio (como chama isso em português? é esse o tal “tapete de atividades”? rs) mas um tempinho depois acordou e começou a reclamar. Como estávamos comendo, ficamos sentados, só falando com a Cecília pra ver se ela esperava, mas não tava funcionando, a reclamação ia só aumentando… E aí que Maní resolveu fazer alguma coisa! Sabe o quê?
Foi distrair a irmã! Levou o gato, aquele seu brinquedo preferido!, pra Cecília e se colocou em posição, esperando a pequena jogar pra ela ir buscar!!!!

Também registrado! =)

Considero que essa foi a primeira vez que Maní reconheceu Cecília como pessoa! E, juro, meu coração quase explodiu de amor e felicidade!!! Pulei da cadeira, agarrei a Maní, enchi de beijos e joguei o gato, pra ela não ficar frustrada esperando! rs

Desde então, Maní está apaixonada pela irmã! Está SEMPRE perto dela, chora junto quando Cecília chora e não a deixa ficar sozinha nunca!
Eu perdi minha sombra-companheira, porque se deixo Cecília dormindo sozinha em um cômodo, Maní não vem mais atrás de mim, ao invés disso fica lá, cuidando da irmã!!!


Dessa vez, espontaneamente dormindo juntas!


Oh o gato ali!!


O cúmulo da fofísse Manísistica é ela se acabando de pedir carinho pra Cecília!!! Quer ver?




Como dá pra perceber, a relação ainda não é de mão-dupla… 
Essa semana Cecília recém começou a enxergar a Maní, olhar pra ela e fixar o olhar nela, mas ainda não acha graça nenhuma, não! rs
Óbvio que não vejo a hora disso acontecer e que, quando acontecer, vou registrar e vir aqui correndo mostrar!!! ❤


Ah! E o ciúmes da Maní? Bom, com a gente passou rapidinho… 
Ela só ficou mais tempo sofrendo com as visitas, já que perdeu praticamente toda a atenção que recebia imediatamente de todo mundo que entrava na casa! Mas aos poucos ela vai se acostumando – e a gente também, que lembra de pedir pros amigos não esquecerem dela quando chegam!rs


Dividir a tia favorita deve ser o maior desafio da pequena…!

"Só quero que você me aqueça nesse inverno"

Amo outono! Adoro inverno! Vivo melhor no frio!


Aqui, no quentinho da minha casa com calefação, então…ê delícia!!!

Só que não dá pra não pensar que enquanto estamos debaixo de um cobertor sucesso, tem um monte de vidas passando frio do lado de fora… Vidas, sim: pessoas e animais!

Sou super a favor de revirar o armário a cada mudança de estação, ver o que você não usou no ano anterior e doar, abrir espaço na sua casa para o novo e deixar pra quem precisa aquilo que pra você já não faz muita diferença…!

E da mesma maneira que você pode doar roupas para as Campanhas do Agasalho tradicionais que acontecem todo ano, lembre-se que você também pode doar pros bichinhos, que passam o inverno encolhidos de frio, tentando se salvar das doenças que sempre vem com ele! 
Vale tudo, uma toalha mais velhinha, um paninho que esteja largado, uma roupinha que seu pet já não use, uma caminha que ficou feinha… Pros animais carentes, nenhum desses adjetivos importa! NENHUM! Pra eles o importante é o carinho da doação e, principalmente, a possibilidade de passar um inverno mais confortável enquanto não encontram um lar!

Meu querido Adote um Gatinho já começou a se mexer! É isso mesmo: hoje já começa a V Campanha do Agasalho para Cães e Gatos!!!
Funciona assim: existem pontos de coleta em todos os cantos da Grande São Paulo, é só ir até um deles (a lista está aqui) e deixar sua doação na caixa do AUG! Todos os fins de semana os voluntários passam recolhendo as doações e tudo que se consegue é doado pra bichinhos carentes!!!
No final da campanha você sempre pode acompanhar as fotos de tudo que foi arrecadado e dos bichinhos felizes e quentinhos com o que ganharam!!!
É ou não é pra aquecer, e muito, nossos corações!?!

Eu já coloquei o selinho da campanha aqui no meu blog e essa é outra maneira de ajudar: divulgando! Quanto mais gente souber da campanha, mais doações chegarão e mais e mais focinhos dormirão quentinhos nesse 2013 gelado!!! Participem!!!





Ah! Se você não é de São Paulo, lembre-se que mesmo sem uma campanha linda e organizada como essa por perto, você também pode fazer sua parte: encontrando algum bichinho carente na rua e dando pra ele um cobertor, uma casinha, um abrigo pro frio… Que tal???



Besos!

"Um banho de arruda todinho cruzado"

Já tem algum tempo que venho pensando que preciso me benzer (ou tomar banho de mar, ou de sal grosso, ou qualquer outro equivalente menos religioso de tirador de zica! rs) mas hoje eu tive a comprovação master disso! 
Vou narrar minha manhã e vocês me dizem se concordam ou não…rs

Tinha que ir de manhã pro abrigo dos gatinhos e resolvi ir de ônibus. 
No segundo farol que o ônibus pegou, um engraçadinho vindo do outro lado resolveu passar no vermelho mas por sorte (?), com uma freada violenta, por MUITO POUCO o motorista evitou a batida! Todos assustamos, mas ninguém se machucou… seguimos em frente.
Mais 5 minutos andando, o ônibus entra numa rotatória, vem outro engraçadinho sem noção e…BUM!!! Dessa vez não deu pra evitar, bateu mesmo!!! Foi o maior susto!! Quando conseguiu se “desgrudar” do ônibus, o outro carro saiu correndo, fugindo; nosso motorista anotou a placa dele, verificou se todos estavam bem e nos garantiu que chegaríamos ao nosso destino!
O problema é que na minha frente estava sentada uma gravidona, naqueles bancos que vai de costas pro caminho, sabem?! 
Dois sustos desses, seguidos, foi demais… ela começou a passar mal… tremia muito e chorava… Fomos, eu e uma outra moça, ajudar a coitada… Soubemos que ela tinha mais de 7 meses de gravidez, mas ficamos tranquilas ao ver que era só nervoso, mesmo! Chegou no meu ponto e eu desci, deixando minha água e meus lencinhos com elas…

Cheguei no abrigo, cumprimentei os gatos que moram na garagem e entrei na casa. Menos de 5 passos lá dentro e… swift!.. escorrego em uma mescla super agradável de cocô e vômito! Delícia!! 
Saí de novo e fui lavar o tênis na mangueira (préstenção que esse “sair e entrar” implica em uma quase luta com milhões de gatos querendo sair pela porta!!!)
Pé “limpo”, voltei, falei com a galera e fui abrindo todas as janelas do lugar! (as noites já estão super geladas por aqui, por isso fica tudo fechado a noite, mas de dia esquenta um pouco e o cheiro do abrigo de manhã é meio irrespirável! rs) Entrei no quarto dos “aislados” pra abrir também e..tam! dei de cara com um gatinho morto!! Justo um que estava com a mãezinha e ontem parecia bem… Aliás, ontem perdemos duas gatinhas (duas!!!), já tava bom pra mesma semana, né?!
Aí foi um pouco demais pra mim e deixei escapar umas lágrimas… =/

Mas a zica ainda não tinha terminado! Ela precisava ser fechada – ou batizada – com chave de ouro amarelo!

Um pouco depois disso estou eu na pia, lavando os potes de água e sendo acompanhada por 4 gatos!
Acontece que um desses 4 é o Torneira, um gato mimado que ama uma água corrente! Ele sempre nos espera na pia e quando nos vê com potes na mão, já sabe que a alegria vai começar e vem todo pimpão!
Mas hoje ele não estava sozinho, seu território-pia foi invadido e ele estava tendo que revezar a vez na amada torneira com outros 3 – aí foi demais pra ele!!! 
E como ele resolveu isso??? Fácil! 
Preparar, Apontar, Fogo: shiiiiiii! maior mijada territorial, super bem direcionada…. à minha pessoa!!!! 
Juro que eu lavei na mesma hora, mas vou dizer que voltei pra casa com cheiro de trem lotado no final de um dia verão 40 graus, saca?!
E, sim, voltei de ônibus! hahahahaha



Depois disso tudo, resolvi ficar bem quietinha, pra não correr muito mais risco…

Mas quase queimei a janta!

Hahaha


Preciso ou não preciso tirar a nhaca?!?
(não tô falando do fedô! já tomei banho e lavei a roupa!! hahaha)



"Cuidadoso, de mansinho"

Desde esse dia aqui tô devendo o post sobre o voltuntariado com os gatos..

Demorei porque queria postar fotos e naquele dia eu não tinha tirado nenhuma.. fiquei esperando voltar lá pra postar, e isso só aconteceu hoje!

Agora vim com as fotos e as sensações quentinhas pra contar!

Conheci o Adopta un Gatito pelo facebook, quando estava tentando ajudar uns amigos a adotar um gato.
Seguindo pelo fb achei que parecia uma ONG organizada – sempre vejo cartazes deles por aí e tal – e resolvi que queria ajudar…

Quando cheguei lá fiquei um pouco chocada, na verdade…

A ONG não é exatamente uma ONG… como a própria responsável me disse, são “um par de particulares” fazendo um esforço do cão, mas, aparentemente com bastante dificuldade..


O lugar é bacana, espaçoso, com um quintal gostoso pros gatos tomarem sol… uma casa inteira só pros gatos!
E tem MUUUIITOOOO gato!!!!
São mais de 100 gatos na casa!








Durante a semana há uma moça, a Sandra, que vai limpar a casa de manhã e no final do dia vai a Pamela, a responsável pelo lugar.
Mas, sério, é muito gato, muita bagunça, muita sujeira…




Fora que, como sempre acontece em abrigos, quando você coloca muito gato junto é difícil controlar doenças…então o que tinha de gato espirrando lá, não dava nem pra contar!


A verdade é que as duas não dão conta… nas poucas horas que passam lá, fazem o que podem, limpam o básico, mas o grosso vai acumulando..
(fora que elas não são muito boas de organização e limpeza..rsrsrs)




No primeiro dia que fomos, eu e a Carol não ficamos muito tempo… conhecemos o lugar, apertamos vários gatos e ajudamos com um específico que estava doentinho – ok,ok..a Carol ajudou! rs E enquanto ajudava ainda me ensinou a colocar soro e aplicar remédio sub-cutâneo no pequeno!

Hoje voltamos pra colocar a mão na massa!!! 
Ajudamos a Sandra com a limpeza do lugar,  apertamos muitos gatinhos (que é a melhor parte, né?! hehehe). Limpamos um monte de olhos remelentos e colocamos colírios. Limpamos caixa de areia, pote de água, cobertor, prateleira (que pareciam que nunca tinham visto faxina antes..rs)… A Carol começou a colocar uma ordem no lugar (juro, é de chorar a bagunça e a sujeira em alguns lugares!!!), mas a gente já percebeu que vai precisar ir um dia (ou dois..rs) pra colocar tudo a baixo, fazer uma faxina de teto a piso, e depois ir com frequência pra tentar manter a coisa assim! rs

A idéia é ir aos poucos “ganhando confiança”, mostrando serviço pra poder começar a dar sugestões! Temos ótimas idéias e o exemplo maravilhoso do http://adoteumgatinho.uol.com.br!!! Queremos organizar o lugar fisicamente, mas também na prática.. ajudar a funcionar melhor o dia a dia e o esquema de ONG deles…
Eles já fazem, todo domingo, as “Jornadas de Adopción” – no último fim de semana 13 gatinhos foram adotados! Mas achamos que precisam dar uma estruturada no serviço, sabem?!

Tô torcendo muito pra dar certo!! Torçam daí também, ok?!

Ah..!
Começamos a manhã cuidando de um gatinho recém-chegado que estava muito doente… O encontramos gelado na caminha, quase sem conseguir se mexer… Colocamos soro, bolsa de água quente na cama, demos remédio, tentamos fazer comer…E no meio dessa manipulação toda o coisa linda ainda dava um jeito de ronronar!!!!
Mas ele tava muito mal…fraquinho de tudo, gelado de tudo…
Em determinado momento eu até achei que ele ia responder aos cuidados… começou a miar, a querer andar… mas ele não aguentou… morreu nas minhas mãos…
Acho que é a primeira vez que um ser morre assim, comigo… a primeira vez que vi aquele último suspiro e o final da respiração… os olhinhos perdendo o foco…

Era o meu maior medo – e o principal motivo de eu não ter ido estudar veterinária na vida! E foi difícil… foi triste… Mas, apesar da tremedeira que me deu, fui mais forte do que eu imaginava que seria… não chorei e consegui seguir o trabalho com os outros que precisavam!
Porque eu sei que, se quero “entrar de verdade nesse mundo”, vou ter que me acostumar com coisas assim, né?! Infelizmente…

(ps.: aquele gatinho que cuidamos na primeira ida está bem melhor!!! Todo docinho com a gente!!!)


Bom, agora vamos voltar lá com mais frequência…espero que saiam bons frutos daí!
Depois vou contando mais…

Beijos!

"Sempre em equilíbrio-brio"

Ontem eu e a Carol tivemos um dia de “boa ação voluntária” com alguns animais carentes chilenos!

Abre parêntesis: 
Veja bem, fiz questão de colocar aquele ‘alguns‘ lá em cima porque só quem já esteve em Santiago consegue ter uma (ainda pequena) noção do tamanho problema e do absurdo número de animais callejeros nessa cidade!
Fecha parêntesis

Nós duas, gateiras de alma, cara e carteirinha e cachorreiras de coração, encontramos duas “ongs” que resgatam animais e que toparam nossa ajuda! Aí tiramos a tarde de ontem pra começar os trabalhos!rs

Primeiros fomos até uma clínica veterinária onde moram, temporariamente, 5 cachorros resgatados das ruas, onde estão sendo cuidados, já foram castrados e esperam pacientemente um lar!

Eles são dessa ONG aqui: Garras y Patas

A tarefa era simples: levar os carentinhos pra passear!
Mas chegando lá descobrimos que eles eram, na verdade, carentões! Tanto pelo desespero de sair logo pro passeio, quanto pelo tamanho dos mocinhos!

Vejam bem: minha referência cachorrídica de vida se resume a um poodle que quase foi meu aos 6 anos, um cocker que era meu à distância quando eu tinha 10 e a queridadoceamada Maní,  que na verdade é um mini-cão-com-complexo-de-gato! Nessas circunstâncias, qualquer cachorro com mais de 6 quilos seria um ser de extrema força pra minha inabilidosa coleira! rs

Pois bem, achamos que seria mais esperto ir por partes, então, primeiro, a cada uma foi designado um cão:

A Carol ficou com a Holly:



 E eu fiquei com o Tibério: (aliás, acabo de descobrir que chamamos eles por nomes aleatórios e/ou errados durante todo o processo! hahahaha).





No primeiro segundo com a coleira do Tibério em minhas mãos já soube: pontecial de cagada= 98%!
Não deu outra! Fomos pra porta e, ali mesmo, às vistas de todo mundo da clínica e de todo mundo da rua, a cagada: Holly e Tibério super se empolgaram, começaram a querer correr e nos arrastar desesperadamente e desordenadamente, se enrolaram nas coleiras deles mesmos, enrolaram o rolo deles em mim e…





Sim…capotei! E capotei bonito! 
Ainda, pra ajudar, derrubei o pobre do Tibério junto, tadinho….  fomos os dois parar embaixo de uma vã que estava estacionada ali na porta! (na hora do tombo ele deu uma ganida que até agora me mata de culpa!!)

Mas o voluntariado estava só começando, então, sácomé, levanta (com ajuda), sacode a poeira (do joelho), dá a volta por cima (do nó de coleiras no qual eu ainda estava enrolada), e vamos!

No começo do passeio foi uma loucura!
O joelho ainda não doía, mas os cães pareciam que não viam rua há muito tempo (o que Maní já me ensinou que é como todo cão deve se comportar quando pisa no asfalto!rs) e puxavam e arrastavam as pobres inexperientes calçada afora! 
Verdade seja dita: o tombo inicial serviu pra gente aprender a manter uma distância mínima entre cães durante o passeio e evitar outros acidentes assim no caminho!
Tibério até que foi se acalmando e passeou mais da metade do tempo como um cão (quase) educado! Já a Holly fez questão de ser uma lady e levar a Carol pra passear, conhecer a região e explorar novos cheiros! hahahaha



Foi bem difícil tirar fotos desses dois passeando! rs


Terminado o passeio dos espuletas, fomos buscar mais dois pra rodada seguinte. E eles eram:

Marilyn Manson:


E o Rodolfo:



Mariliyn era bem menor e tranquilo, e apesar de não andar muito em linha reta (??? rs), passeou bem na boa!
Mas o Rodolfo…ah! o Rodolfo…! Tudo que tinha de simpático e macio, tinha de enorme, forte e maluco! 
Andava num zig-zag louco, queria entrar em todas as casas, gania pra todos os outros cachorros do caminho, queria perseguir pombas (imaginem o estrago!!) e puxava a coleira com uma força e uma dedicação que só vendo…!
A Carol começou o passeio dele, mas achei de bom tom revezar com ela! hahaha

Passear com o Rodolfo foi tanta emoção que esquecemos de tirar fotos deles no percurso… =/

Na volta à clínica descobrimos que ainda tinha mais um esperando passeio…e esse era todo especial:


(Tá ruim a qualidade dessa foto, entrem no link dele pra ver outras lindas!)



Loki é um cocker (“legítimo”, diga-se de passagem) foférrimo que quando ficou paraplégico foi abandonado pela dona…
Ele tem seu carrinho e anda com uma desenvoltura incrível! Não vê obstáculos e nem percebe a musculação de “membros superiores” que tá fazendo!rs Passeou com a gente feliz da vida!!! Oh só:



Não preciso nem dizer que foi o mais fácil, né?! hahaha

E assim terminamos a primeira parte da nossa boa ação! =)

Depois fomos pra etapa gateira do dia, mas essa história eu conto amanhã porque ela é longa, eu tô com sono e esse post já tá muito grande…rs

(e ela também – e especialmente – mexe mais com meu coração… já me tirou o sono na noite passada e não quero cutucá-la a essa hora da noite pra ver se consigo dormir bem hoje!)

Então…tchau!rs

ps.: as fotos com as carinhas dos cães foram tiradas do site da ONG: www.garrasypatas.cl

"Sempre na guarda do seu portão"

Cão de guarda???



Que nada! Aqui é Cão que Aguarda.




Do lado da porta. 




Sentada ansiosa ou dormindo relaxada, tanto faz.




Ela espera.

Porque o que importa é garantir sempre a melhor recepção ao próximo que chega.
Garantir que qualquer perna nova vai ganhar a marca do seu cheiro.
Que cada um que entra se sinta especial e querido.
Mostrar pra cada um que volta a falta que fez.
E ganhar lugar no coração de todos que se derretem e se deixam conquistar!


A capacidade que a Maní tem de sentir e demostrar afeto (quase de graça) é de se invejar!


"Nós gatos"

Sério, por favor! Pare meia horinha da sua vida e assista isso:


As três partes, ok?!


Viu?!





Putz, eu queria ter feito esse vídeo. 
Pelas fofuras das imagens, pelo texto correto, pelas importantes informações transferidas, pelo sorriso que ele traz ao rosto…
Não fosse o Miguel Falabela eu arriscaria até o adjetivo PERFEITO! hehehe


Lembrem-se que a palavra “PRECONCEITO” vem justamente de pré-conceito. De conceito formado logo de cara, pela capa do livro, antes de conhecer o conteúdo e poder “julgar”.

Se você é da turma que gosta de gatos, assista e se delicie!

Agora, se você é da turma que não gosta de gatos, ou que ao menos nunca conviveu com gatos, assista esse filme, POR FAVOR!
Pode ser que ao final você reafirme que, de fato, não é seu tipo de bicho, que você prefere as festas dos cães, a música dos pássaros ou a frieza de uma iguana. 
Mas só aí vai ser uma avaliação correta, baseada em informações reais, despida de lendas e mitos. Vai ser bom pra você, pros gatos, pros seus filhos, pra mim, pro mundo…



É… se você leu meu post de ontem talvez dê mais importância ao de hoje quando eu digo: assista o vídeo e veja se consegue ver só um pouquinho com meus olhos e entender porque raios vivo dizendo que  POR ELES VALE A PENA!


“E quem sabe, depois de compreender melhor os gatos, você já poderá ser adotado por um…”

"São ainda, são ainda…" *

Em meio a toda essa confusão sobre a PM na USP, estou, nesses últimos dias, fazendo os vídeos que serão exibidos no IV Bazar de Natal do Adote um Gatinho.
E se por um lado estou tendo náuseas com muitas das coisas que leio sobre o conflito na minha (ex) universidade, por outro, essa mesma tela desse mesmo computador está me banhando com um mar de fofurísses!
Haja beleza e gostosura pra um bicho só, viu?! Difícil é conter a vontade/saudade louca que isso dá de ter gato em casa!! (Já conversei com a Maní e ela está consciente de que não será filha única pra sempre; uma hora vai chegar um gato pentelho pra aprontar junto com ela!rs)

O curioso da simultaneidade desses dois fatos é que ambos contribuem pra reforçar em mim aquela famosa frase: “Quanto mais conheço os homens, mais amo os animais”.

As fotos dos gatinhos terrivelmente machucados, maltratados por seres humanos cruéis, ou das coisas mais lindas que são simplesmente abandonadas por pessoas sem o menor senso crítico, ou sem a menor humanidade; as histórias tristes que a ONG combate todos os dias pra transformar em tantos finais felizes… Tudo isso somado à ignorância de tantos comentários que venho lendo na internet sobre a confusão na USP, de pessoas que eu não imaginava que fossem tão pequenas (e de outras que eu já sabia, claro), de gente expondo opiniões quadradas e desinformadas, mas que levam essas opiniões à extremos assustadores (lembrando que discurso também é perigoso!)…putz, tudo isso junto me assusta, me medo dá dessa espécie que somos!

Claro, claro…eu sei que o mundo não é feito só de gente assim, que existe o outro lado pra contrapor e tal.. Mesmo assim… Credo!!!

Prometi pra mim mesma que dessa vez não vou me meter na “polêmica internética do momento” e estou semi conseguindo manter a promessa…rs. No fundo, fico torcendo pra que isso sirva pra gerar debates de verdade sobre assuntos tão sérios e pertinentes nesse país. Pelo menos agora não estão só fazendo evento no facebook, ou espalhando piadas…pelo menos dessa vez eu vejo gente discutindo, colocando ponto de vista contra ponto de vista. Espero que isso seja produtivo, de verdade!

Eu…bom, nunca tive pique pra essas coisas políticas e sou/estou cada vez menos crente numa possibilidade de mudança verdadeira, estrutural, real e funcional…
O que não significa que eu não faça a minha parte…pelo contrário!
Tenho que fazer minha parte, mesmo que ela seja pequenininha… e decidi que a “minha parte” é pela proteção animal!
Faço o que posso com divulgações, doações, participações (edições de vídeos!!) na ONG que defendo no Brasil – o Adote um Gatinho. Estou procurando ONGs pra ajudar por aqui (a proteção animal no Chile é um desastre e o número de cachorros nas ruas, assustador!) e venho seriamente repensando minha alimentação…

Por enquanto é pouco, é verdade, mas é melhor do que só ficar vendo inconformada, eu acho…

Especialmente porque o que tenho visto anda cada vez mais difícil de engolir e impossível de digerir!




(em tempo: minha revolta com a confusão na USP não é em defesa a um lado ou a outro, mas sim com a cegueira – midiática especialmente – em que a maioria das pessoas parece estar afundada. Não importa se você é contra ou a favor à presença da PM no campus, mas se você ainda acha que a confusão toda é porque os alunos querem fumar maconha lá dentro, desculpe, mas você está MUITO desinformado!)


*O título completo:
“Era uma vez – e é ainda
Certo país – e é ainda
Onde os animais eram tratados como bestas – 
São ainda, são ainda”



Clic

“A Gabi é uma cidadã paulistana que, diferente de algumas de nós, ama gatos! Sempre que algum resolve invadir nossa sala, cuidadosamente ela o tira. Para provar essa paixão, ela tem uma linda tatuagem na nuca em homenagem a eles. É muito misteriosa e meio reservada, mas possui opiniões fortes e tocantes. Com certeza vocês a verão passeando pela bela Federal com seu grande (e ele é grande mesmo, viu!) namorado Jack.”



O texto acima foi escrito no final de 2005 pra ilustrar o livro de recepção dos bixos que entravam na TO em 2006. Fizemos um sorteio na sala, e cada T.O. 05 deveria escrever algo que apresentasse a colega sorteada para os novos alunos. Quem escreveu sobre mim foi a Lilian, chaveirinho da turma, como era conhecida.
Na semana passada uma outra colega da TO 05, Tati K., encontrou esse tal livro e publicou esses textos no facebook com a legenda “Será que mudamos muito?”


Fiquei pensando muito a respeito…


Apesar de toda a  confusão TO ou não TO que me surgiu depois, quando entrei no curso, além do encanto com a Federal, estava também bastante satisfeita com a profissão escolhida e nos anos seguintes sempre pensei no de 2005 (ou na maioria dele) como um ano de satisfação, de formação da Gabi como Terapeuta Ocupacional, a crise teria vindo só depois. Mas aparentemente, essa era só a minha visão…
Agora me pareceu muito curioso que mais da metade do meu texto seja sobre meu amor pelos gatos e nem uma palavra sobre a relação com a TO ou com os estudos (diferente dos textos da maioria das outras pessoas).
Me lembrei também que pouco tempo atrás uma outra colega da TO num daqueles quiz do facebook respondeu a seguinte pergunta: “Se Gabi fosse uma médica, de que especialidade seria?” Resposta: Veterinária”.
Fora a atual “fama” pelo meu engajamento com o “Adote um Gatinho”.


Hum! Curioso de novo…


Sim, eu amo os gatos e sempre amei! Acho até que quando era criança amava também os outros animais – canários, periquitos, hamsters….até cachorro, veja só… (que já tô aprendendo a amar de novo, btw!)
Me lembro de dizer muitas vezes que só não poderia ser veterinária pois amava tanto os bichos que não seria capaz de lidar diariamente com sofrimentos e doenças deles…


Alguns outros exemplos que me vieram à mente:


Quando estava no período de maior crise com a TO, meu jeito de poder aguentar ficar mais um pouco em São Carlos (ou na TO – porque ficar em São Carlos era muito fácil…) foi pegar um gato, meu filho, meu Léo tão querido, que me deu tanta força nos 2 anos seguintes!


E agora, de mudança pro Chile, primeiro mês vivendo aqui, quando eu deveria estar me preocupando com faculdade ou coisas assim, qual a minha primeira grande crise senão a proibição do animal de estimação? E qual a maior importância dos últimos dias senão a Maní?


Tcharam!


E a frase que não sai da minha cabeça agora é : “It was always about them!”
E como é que eu posso não ter percebido???
E o que é eu que faço com isso agora que percebi???


Não estou certa se isto é um post pra ser publicado, afinal, como disse a Lilian, eu sou misteriosa e reservada (sim, ela estava certa sobre isso também!).
Acho que se trata de um grande desabafo… Falta de análise talvez (rs), porque em toda minha reserva era pra lá que eu levaria essa fala toda, não pra uma conversa com algum amigo, por exemplo…


Mas sei lá, talvez agora que eu esteja longe de todas as pessoas que lêem isso aqui (os queridos que são curiosos e pacientes) fique mais fácil deixar que elas saibam desses “detalhes” sobre mim…


Ou talvez todos os anos de análise estejam dando um empurrão fenomenal aqui: de reservada pra blogueira. Do divã pra internet.


E o frio na barriga no momento de clicar “publicar”?