Frustrada.
É assim que me sinto.
Ver minha filha se contorcendo e gritando de dor.
Saber que a dor vem do meu leite; mas saber também que esse leite é o que há de melhor pra ela.
Duvidar
Não saber
Ter certeza
Fazer dieta. Passar vontade. Passar fome. Ficar irritada com o mundo inteiro.
Ver melhora e sentir um suspiro de esperança. Pra depois ver piora e se afogar de novo no choro doído dela.
Frustrada.
O “não saber” é o que me mata. Talvez especialmente porque ele me deixa com o “nada pra fazer”.
E esperar, nesse caso, tem sido sinônimo de se frustrar.
E dá medo sair contando desse sentimento pras pessoas. Dá medo que elas me venham com o diabinho da mamadeira no ombro.
Não é disso que preciso agora! A vontade de desistir já tá batendo na minha porta – cedo demais – não preciso alimentá-la.
Preciso que me digam pra ser forte, pra insistir, que vale a pena, que é o melhor.
Preciso que me digam que vai passar LOGO.
Preciso que me expliquem o está acontecendo.
Preciso que ela melhore.
Ou que ela nem tenha nada disso.
Preciso ir dormir agora. Esperando um dia melhor amanhã…
(Cecília ta com alguma alergia alimentar….)