"Segue o Seco"- parte 5

Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4

E finalmente chegou o dia do Salar de Tara! Ainda bem, porque eu estava ansiosa pra esse dia! rs
Saímos cedinho do hotel (às 7h) e fomos.

Esse é um passeio em que se gasta muitas horas dentro da van… é o mais afastado de San Pedro e o que tem as maiores altitudes!
O pico mais alto tem 4.800 metros, mas é meio pegadinha, porque a verdade é que é só uma “lombadinha” que você passa de carro que tem essa altura… o resto fica nos 4.500 mesmo..rs
E mesmo tendo sido deixado por último, foi onde nossa turma mais sentiu o efeito da altitude… dá-lhe muito chá de coca e mesmo assim, quase todos disseram que tinham que andar e se mexer devagar e/ou sentar um pouquinho pra não ficar com falta de ar e taquicardia…

A primeira dica: tome pouca água nesse dia porque não tem nenhum banheiro no caminho!!! Nenhunzinho!
Ninguém nos avisou isso, mas por sorte a Rejane tinha levado papel higiênico na bolsa e nos salvou, porque precisamos fazer xixi no meio do deserto, escondidas atrás das pedras e congelando de frio!!! hahahaha

São muitas horas de van, muito tempo balançando e sacudindo a bexiga (hahaha), dá pra dormir mas vale a pena ficar acordado, porque, como sempre, o cenário é lindo! 
É o tour que tem mais aquela cara de deserto que temos na cabeça, sabe, dunas e dunas, uma imensidão de deserto sem fim, aquela cor de areia pra todo lado que você olha… é bem impressionante!

A primeira parada é na beira de um rio. Bonito, mas muito vento frio e nada de diferente que nos fizesse ficar muito tempo lá…rs
(o café da manhã devia ser aí, mas o vento não permitiu e deixamos pra depois..rs)




Em seguida começam as maravilhas!
Chegamos a algumas formações naturais, todinhas feitas de cinzas vulcânicas, que lembram muito os Moais da Ilha de Páscoa, e são incrivelmente enormes!!

Esse aí embaixo tem uma cara de índio perfeitinha!!

Essa coisinha preta nos “pés” do índio é o Lucas, sr. meu marido que mede só 2,03 metros, pra vocês terem uma idéia do tamanho!


E aí continuam as formações… paramos um pouco mais pra frente nas “Catedrales de Ceniza”, uns paredões enormes e intimidadores, que nada mais são do que cinza-sobre-cinza!

Lucas (de preto) e Guto (de cinza) sendo minúsculos..rs


Além dos paredões, esse lugar tem também uma vista lindona do Salar de Tara ao fundo, que o objetivo final do passeio:



Depois do perrengue de fazer xixi agachadinha (hahahaha), tivemos um perrengue bem pior aí: Nossa van atolou nas pedrinhas e não saía de jeito nenhum!!! 

E nós sozinhos, no meio do nada!!!
Diferente de todos os outros tours, em que sempre tinha mais um monte de gente de outras empresas turísticas por perto, nesse éramos só nós mesmo!!! E aí???


Os rapazes tentaram de um tudo, coitados! Mas não funcionava!!! A bicha não se mexia!!!
A SORTE (assim, em letras maiúsculas!) foi que apareceu um jipe de outro grupo voltando do Salar! Teve que ser na base do “amarra a corda e puxa com o jipe”… se não fosse isso, não sei quanto tempo mais ficaríamos ali…! Ufa!

Resolvido isso, pudemos descer pro salar e fazer nosso desayuno – já estávamos todos morrendo de fome a essa altura!!!


Reparem no tamanho das “Catedral” de longe…

Flamingos!!!

Escadinha



Na volta, mais uma paradinha rápida na Laguna Esmeralda:




E depois mais umas hora pra voltar pra cidade…estávamos todos acabados e resolvemos descansar pra poder fazer o tour astronômico a noite.

Mas oh, vou confessar: a gente não deu conta, não!!!  =/ 
hahahaha
Quando chegou no final do dia todos nós estávamos ou doentes ou praticamente lá, cansados a beça e sem condições de ir enfrentar os -15º de novo, pra deitar no deserto e ver estrelas!
Mas não foi falta de vontade!!! O céu em San Pedro é MARAVILHOSO e a gente queria MUITO ir ver aquilo no meio da escuridão do deserto! Uma pena não ter dado… 😦

Aliás, das coisas que eu faria diferente nessa viagem: não teria perdido esse tour astronômico e teria ficado mais um dia, pra poder fazer o passeio do Salar do Atacama e Lagunas Altiplanicas – que também deve ser animal!

And that’s it folks! 

Espero que além de deixar um montão de gente babando (hehehe), os posts também tenham alguma utilidade pra quem estiver pensando em ir pro Atacama!
Quem tiver alguma dúvida mais específica pode me escrever que vou gostar de (tentar) ajudar!! =)

Beijos!!

"Segue o Seco" – parte 4

Parte 1

Parte 2

Parte 3

Meu aniversário foi longooo e continuou assim:

Voltando pra San Pedro almoçamos num restaurante simples, mas gostoso, que tinha bolo de sobremesa (pena que ele tava afogado no leite e não tããão bom! hahaha), aí fomos descansar um pouquinho no hotel e logo já era hora de voltar pra estrada: a tarde era das lagunas!!!

Fomos conhecer as “Lagunas Cejar”. Também é um passeio perto da cidade, de altitude baixa e que começa a tarde, umas 15h30.
São algumas lagunas – dependendo da estação do ano você pode ver 3, 4, ou 2 lagoas, isso porque dependendo da quantidade de chuva do ano e quão mais ou menos cheias de águas ela estão, elas podem se juntar em uma grande ou formar lagoas menores – no meio de um salar e, portanto, cheinhas de sal!
Já não me lembro a concentração do sal na água, mas é altíssima, assim como no Mar Morto e, da mesma forma, tem aquele efeito bacaníssimo de fazer TUDO boiar!
Não sou a melhor pessoa pra explicar, porque o vento frio e a água congelante me venceram e eu não me atrevi a entrar, por isso não posso descrever a sensação! 
De novo, nossos rapazes corajosos entraram e podem contar melhor pra vocês!

(aliás, um parêntesis importante que esqueci de fazer lá na parte 1: companheiros de viagem e/ou outras pessoas que já fizeram os mesmos passeios, sintam-se livres pra me corrigir, me desmentir (rs), me ajudar a lembrar e/ou acrescentar o que quiserem sobre tudo isso, ok?!?! Comentários liberados e desejados, sempre! 😉 )

Boia-se sem nenhum esforço!


Se você for como eu e amarelar, perdendo a chance de provar essa experiência única, não se preocupe, não é passeio perdido! O visual do lugar já vale! Mais uma vez, é um espetáculo de cores!!


Não é areia, é tudo sal!


Vulcões ao fundo!!


Ah! Importante: Depois desse “mergulho na superfície” você saí da água MUITO mais salgado do que de um banho de mar, por exemplo… Algumas agências de turismo levam uns galões de água doce pro pessoal se lavar, a nossa não levou, mas nos levou até uma mangueira de água de poço (a água mais gelada possível! rs)… o Guto já estava de roupa e ficou com preguiça de se lavar e foi ficando incrivelmente com uma crosta branca de sal secando no corpo, no cabelo, nas orelhas… bizarro!!!

Mas tudo bem, porque a próxima parada, logo ali do lado, seria os “Ojos del salar”, dois buracos, um do lado do outro, como olhos mesmo, de água docinha e muitos metros de profundidade pras pessoas pularem e se lavarem do sal!


clique nas fotos para vê-las maiores e melhores! 😉




Só que quando chegamos lá começou a ventar muito, um vento muito gelado, e o céu nublou! Piorou aquele nosso amigo frio congelante e só uns poucos loucos tiveram coragem de pular!

Como fazia frio e não tinha muito mais o que ver aí, fomos pro próximo ponto (que eu não lembro o nome…alguém dá um help aí????).

Mais salar, mais lagunas…só que os mais bonitos que vi!!!

Uma imensidão de branco de sal, depois uma imensidão de azul, pro outro lado uma imensidão de deserto e pra todos os lados as Cordilheiras e Vulcões!!! Lindo demais!!!

Mamãe! 


Num dia sem nuvens e sem vento essa lagoa forma um espelho d’água e reflete direitinho os vulcões do fundo – já vi foto, é fantástico!!!

Foi aí que tirei essa foto mega blaster legal:



Não contem pra ninguém, mas por causa da imensidão do branco, mesmo pulando baixinho dá esse efeito de “voando”! Muito legal, né não?!?! =)

Mas oh, não foi fácil fazer a foto, dêem uma olhada no mico:


Hahahaha!!! Como era meu aniversário, ninguém podia me julgar! Ufa! hahahaha



Tinha muito vento e muuuuitaaa nuvem… mas o que perdemos de espelho d’água, ganhamos de pôr-do-sol-mais-espetacular-da-minha-vida!!!!

Tão maravilhoso que é impossível escolher as fotos! Contentem-se com poucas e morram de vontade de ir ver ao vivo!!!

Nossa beleza infinita  e natural sendo favorecida pela luz incrível e natural!!!



Hermano e yo modelando!

A cada minuto mudava tudo… era virar pra um lado pra tirar foto e quando você olhava de volta já eram outras cores, outros formatos, outra emoção… Incrível demais, juro!!!
Tanto que eu não queria ir embora!
O sol foi sumindo, o vento foi piorando, o frio foi ficando mais cortante… Lucas, Claudio e Rejane já estavam na van fazia tempo e tiveram que arrastar eu, minha mãe e o Guto pra voltar pro hotel! hahaha

Pra terminar o dia, banhinho, roupa nova, um jantar gostoso (comi uma empanada de queijo com azeitona deliciosa!), um brinde à Gabi e a merecida cama!!!

Porque ainda falta um dia de Deserto de Atacama!!! Aguardem…rs


"Segue o Seco" – parte 3


Parte 1

Parte 2

Bom, o segundo dia de viagem foi o 11/04, diazinho lindo do meu aniversário!
Acordamos cedíssimo – 4h30 da manhã – e eu já fui logo cobrando meus merecidos parabéns dos meus companheiros sonolentos!!! hehehe

A programação do dia era: de manhã “Geisers del Tatio” e a tarde “Lagunas Cejar” (que vai ficar pra parte 4…rs).

O passeio do Geiser, como eu disse, exige que se saia muito cedo de San Pedro. Além de ser longe, é necessário que se chegue lá antes de o sol sair, pra poder assistir o espetáculo inteiro! 🙂


Isso porque os Geisers nada mais são do que o planeta brincando de soltar fumacinha pela(s) boca(s) (sacam aqueles dias de frio em que quando você “bafora” sai fumaça pela boca?! Então, isso… hahahaha)
Como a hora mais fria do dia aqui no Chile é justamente no comecinho do dia (o sol nasce cedo, mas até sair de trás da Corilheira e começar a esquentar algo, demora! O mesmo acontece aqui em Santiago…), é nesse momento que se pode apreciar com mais intensidade o fenômeno!!!
Sai bastante água das crateras também, mas não com força o suficiente pra subir um jato…elas ficam baixinhas e a fumaça é que faz essas colunas que se vê aí…
É impressionante de se ver!!! O que eu mais pensava aí era: “imagina a sensação dos primeiros homens que descobriram os Geisers???!?! Que explicação eles davam pra isso??” Devia ser quase a confirmação do inferno! hahaha

Momento dica: quando te disserem: “vá agasalhado, nesse passeio faz frio”, acredite! Acredite e leve muito a sério!!!
Meu irmão, por exemplo, tinha sido avisado pra trazer do Brasil roupa de muito frio, mas aí resolveu dar um google (ah, essa geração..! hahaha) e leu que em San Pedro em abril fazia uma mínima de uns 15 graus, achou que com um moletom daria e veio “sussa”! hahaha A sorte é que quando chegou aqui o convencemos a levar pra lá meu casaco de neve e uma malha “polar” do Lucas! No final, ele foi o que ficou mais quentinho, acho…rs
Eu, por minha vez, levei mini a sério e me agasalhei pra um dia de inverno em Santiago…perdi a conta de quantas vezes meus pés congelaram! hahaha
Faz muuuuuiiiitooooo frio lá!!!! Provavelmente pela falta de roupa (não coloquei meia calça, nem “meião”, nem “minhocão”), passei mais frio do que nunca na vida!!!
Não se esqueçam que além do horário, há também que se considerar a altitude: estávamos a 3600 metro de altitude!

Ficar juntinho também ajuda a esquentar!
A solução pro frio é ficar pertinho dessas colunas de fumaça quentinha! Super ajudam a descongelar o pé! Só que tem dois problemas: 1- junto com a fumaça, saem uns gases tóxicos, como enxofre, por isso não é muito recomendado ficar ali grudadinho, respirando isso… 2- A fumaça não é fumaça, é vapor. E como todo bom vapor, é húmido! Então você pára do lado, descongela, até quase esquenta…e aí quando dá um passo pro lado re-congela instantaneamente e ainda “piormente”, porque agora além de gelado, você está molhado!
Mas oh, não atrapalha o passeio, viu?!
Tanto que é aí que todas as empresas de turismo montam o desayuno! Assim, ao ar livre mesmo… o café quentinho vem bem! Duro é tirar a mão da luva pra comer qualquer coisa….rs

Aí, ao contrário dos outros passeios, a gente assiste a Cordilheira mudar de cor enquanto o sol sobe (e não quando desce…rs) É lindo também!!!
Depois que o sol sai, vem a parte aventureira do negócio: ali, no meio dos Geirers, tem uma terma, um laguinho de água quente onde é possível se banhar…
A água é bem quente – é a mesma água dos Geirers – mas o frio fora é tanto, mas tanto, que tem que ter muita coragem pra entrar!!!
Eu não tive, mas o Lucas e o Guto tiveram!

Temos provas! rs

E, claro, sair da água é a parte mais difícil!!!


Reparem na mão dele! 

Hahaha!!!





Bom, depois de todo mundo vestido, continuamos o passeio…
Passamos por um rio cheio de aves naturais do deserto, um paredão de pedrinhas empilhadas onde se escondem coelhos invisíveis (hahahaha! não perguntem!), vários grupos de vicuñas selvagens (faltou foto) e por uns cactos que são mais velhos que o mundo! rs

O paredão. Vê algum coelho?? rs

Esses cactos crescem 0,3 milímetros por ano e alguns tem mais de 3 metros de altura!!! Faça as contas…

(Parentesis: vicuñas são bichos bem parecidos com as llamas (misturadas com veados. hahaha), que só vivem em muito altas altitudes e que tem um pelo absurdamente macio e caro!!! (daqueles que não é possível tosar, é preciso matar o animal pra extrair…claro que é proibido, né?!) Mas o mais legal delas é que são super civilizadas e usam banheiro! Todas do grupo escolhem um lugar específico e só fazem cocô nesse lugar! Mó legal! hahahhahaha)


Vicuña e vicuñita do google
Pra terminar o pacote, terminamos a manhã visitando o Poblado de Machuca, um lugarzinho com 9 habitates, charmosinho e pequeninho, onde podemos comer umas boas empanadas e provar carne de llama! 
Llama, aliás, é animal de estimação nesse lugar! rs

Dos 9 habitantes, 2 eram gatos…rs


E, ufa! Aí foi voltar pra cidade, almoçar e se preparar pra jornada da tarde!



Ah! Um ponto importante!
Uma questão que sempre “pega” no Atacama é a altitude… Como as pessoas não estão acostumadas, é super normal o povo passar mal… Enjôo, tontura, dor de cabeça, falta de ar, taquicardia e até dor no peito são alguns dos sintomas…
Existem algumas dicas pra evitar problemas: começar pelos passeios mais “baixos”, pro corpo ter mais tempo de ser adaptar e ir subindo “aos poucos”; evitar consumir bebidas alcóolicas e comidas muito pesadas na noite anterior à subida e ter uma boa noite de sono…
Nós seguimos isso direitinho: começamos pelo Valle de la Luna (que está a uns 2800 metros), depois os Geisers (a 3600) e por último o Salar de Tara (que chega a 4800 em um ponto!!!). Além disso, estávamos no esquema tranquilo e família…sem badalações e sem muita comilança também (pelo menos nas noites…rs)

Tem também o chá de folha de coca, clássicão do lugar! rs Nós compramos as folhas e fizemos o chá! Eu não provei, não sei nem que cheiro tem, mas algumas pessoas tomaram e acharam que ajudou. Outra opção é só pegar a folha da coca, colocar embaixo da língua e ficar chupando… também foi testado e aprovado por membros do nosso grupo! hahaha

Eu, que sou mestre em ter piriri e/ou ficar doente em viagens, estava morrendo de medo de ficar ruim e perder os passeios incríveis – aconteceu com uma conhecida nossa… começou a passar mal no primeiro dia e passou os outros 4,5 dias dentro do hostal com dor, imagina que frustração?!?! 
E me deu mais medo ainda porque o guia disse que se nos sentíssemos mal nos Geisers não teríamos nenhuma chance no Salar de Tara, e esse era o passeio que eu mais queria fazer!
Apesar da tensão e do nojinho do chá (odeio chás em geral!! rs), não senti nadinha nas altitudes!!!
Ficava um pouquinho mareada no caminho, mas pelo sacolejo da van na verdade… Quando estávamos nos lugares altos, algumas pessoas sentiam um pouquinho de dificuldade de respirar, ou um pouco de taquicardia se se movimentavam um pouco mais rápido… mas nada grave!
E euzinha lá, feliz e saltitante – literalmente, afinal, era meu aniversário!!! hehehe




"Segue o Seco" – parte 2

Você pode ler a parte 1 AQUI


Antes de irmos pra San Pedro pesquisei bastante na internet sobre os passeios lá. Vi os que eram mais normais de fazer e o que eram mais “bem falados”… Com isso, montei a programação que eu gostaria de fazer e mandei por email pra um monte de agências de turismo de lá, perguntando se era possível e quanto saía…
Recebi orçamentos desde 70 mil pesos (280 reais) até 200 mil (800 reais), mas a média era uns 100 mil (já deu pra sacar a conversão, né?! rs). Além dos orçamentos, algumas agências me mandaram sugestões, como por exemplo: “no sábado você tem muito pouco tempo”, ou “os passeios tais são em maior altitude e por isso se recomenda deixar por último”, etc…
Considerando tudo isso, fechei meu “pacote ideal” com a “Altiplano Aventuras“. A princípio faria todos os tours em esquema coletivo, mas acabou que não foi assim. Quando cheguei em San Pedro e liguei pro cara fiquei com a impressão de que ele tinha esquecido de mim..rs. Ele disse que tava em Calama, mas que ia mandar um motorista pra levar a gente pro passeio… Fiquei meio assim, mas no final o passeio foi ótimo e o “motorista” era na verdade um guia bacana. Ele ficou “chavecando” a gente pra fazermos passeios particulares e nos convenceu de que no sábado não ia dar tempo de nada mesmo. No final do dia o dono da agência foi nos encontrar no hotel pra fecharmos os detalhes e aí acabou que renegociamos, tiramos o passeio que seria no sábado e, por bem pouco dinheiro a mais, fechamos todos os passeio em esquema particular. Como estávamos em 6, acabou compensando pro cara e pra gente também.
A melhor parte disso tudo é que fazíamos as coisas nos nossos tempos! Não tínhamos que sair mais cedo pra ir de hotel em hotel recolhendo gente, nem ficar esperando que cada um terminasse de tirar foto a cada parada, etc, etc, etc… Fora que eu não sou um ser muito social, né?! hahahaha
Mas o dia em que mais deu pra sentir a vantagem do novo acordo foi o segundo dia de viagem. Nesse dia fizemos o passeio pros Geisers, que começa muito cedo porque você tem que chegar no lugar antes que o sol tenha saído.
No esquema coletivo teríamos que sair do hotel as 4h da manhã, mas como éramos só nós, saímos as 5h e chegamos lá até antes de alguns outros ônibus…

Na hora do almoço e jantar sempre estávamos de volta a San Pedro e o Lucas teve a brilhante idéia (rs) de pedir dicas de restaurantes pros guias que nos levavam pros passeios.
San Pedro é uma vila minúscula, puramente turística, com uma rua principal – a Caracoles – cheia de lojas de artesanato, agências de turismo, bares e restaurantes – especialmente esses dois últimos! 
São muitas opções de restaurantes e sem uma referência é difícil conseguir fugir do “caça turistas”(tipo um cara vestido Peter Pan que todas as noites nos convidava pra ir num restaurante x…hahaha).
Com as dicas dos guias fomos a bons lugares, com preços mais baixos do que os principais e comidas bem boas!!
Não registrei os lugares que comemos, mas fica a dica: não escolha na porta, pergunte antes!
(até porque, quando tem que escolher na porta é bem mais difícil,  tem tanta opção e tanta gente que complica! rs)
(to be continued…)
hahahaha

"Segue o Seco"

Melhor escrever logo esse post sobre a viagem pro Atacama, antes que vire o mês e a coisa fique vergonhosa demais…hahaha (ops…virou…agora vou passar vergonha mesmo, não vai ter jeito…pra não ficar tão feio, vou dar uma caprichada e colocar mais dicas e tal, por isso vou dividir os posts pelos dias, ok?!)

Como vocês sabem, fomos passar meu aniversário no deserto do Atacama e muito bem acompanhados! Para o “evento do ano” (hehehe) vieram do Brasil meus sogros, a Re e o Claudio, minha mãe e meu irmão, o Guto.

Viajamos na quarta feira, dia 10/04, de manhã, saímos de Santiago umas 10h30 e chegamos em Calama umas 12h30. Já tínhamos reservado antes o transfer pra nos levar até San Pedro de Atacama, mas chegando lá tivemos a primeira surpresa: a empresa do transfer não aceitava cartão (apesar de várias outras ali aceitarem) e os caixas eletrônicos do aeroporto não tinham dinheiro pra sacar (!!!!). Demorou um tempo, mas o Lucas conseguiu combinar com eles que o motorista nos levaria até algum lugar com caixa e ele mesmo receberia o pagamento… Ufa! (Aprendam, o aeroporto é minúsculo..melhor ir preparado pra coisas assim! rs)

Chegamos no hotel mais ou menos uma hora depois e tivemos um tempinho rápido pra “nos refrescar” (tava caloooor), porque já tinha passeio programado pra tarde!

Existem várias maneira de fazer essa viagem: desde ir esquema mochilão, se hospedando em quarto comunitário de hostal, até o esquema mega luxo, ficando no hotel em que a Sandra Bulock se hospedou quando foi pra lá! hahaha
Eu e o Lucas, quando viajamos sozinhos, não nos importamos de ficar em hostal, sempre que em quarto individual e com banheiro! Mas dessa vez, como estávamos com a família junto, optamos por ficar num hotel mesmo… 
Encontramos “La casa de Don Tomas” pela internet, tinha boas referências, um preço que era bem parecido com o de quartos individuais em hostals e era bem localizado… fechamos nele!




Foi uma boa escolha! Apesar do preço “baixo” (em relação aos outros hotéis) o lugar era novo, bem cuidado e tinha alguns confortos bacaninhas de hotel… Na diária estava incluso o café da manhã, mas nos dias em que saíamos pro passeio antes da hora do desayuno (o que aconteceu duas vezes), eles deixavam preparado pra gente um saquinho com café da manhã pra levar, bem fofo! Além disso o lugar tem piscina (congelante, mas enfim, piscina…), umas áreas externas bem gostosas pra relaxar e cada hóspede ganha uma garrafa de água por dia – o que é um bem precioso no deserto, lembrem-se! rs





A primeira coisa que fomos conhecer no deserto foi o “Valle de la Luna”.
Diria que é um bom jeito de começar…é bonito, mas não é o mais bonito que vimos – se tivesse ficado pra depois, provavelmente teria sido sem graça. Mas é um passeio que praticamente todo mundo faz, e quase sempre no comecinho, porque é um programa que ocupa só a tarde (excelente pro dia da chegada), é pertinho de San Pedro e o lugar tem uma altitude bem parecida com a da cidade, o que ajuda os turistas a irem se adaptando… (não vou encher os pots de fotos pra não soltar muito spoiler, ok?! hahaha)



É aí que estão as “Três Marias” – versão pedra, não estrela…hehehe – e o Pac Man!




Pra evitar spoiler, não vou explicar a foto, mas podem tentar enxergar alguma coisa aí! rs




Meio que na saída do Valle existem umas cavernas de sal muito legais! Disse o nosso guia (pode ter sido publicidade barata…hahaha), que entrar lá não é “pacote comum”, mas nós entramos! E foi super legal!! Meio “aventureiro”, mas valeu muito a pena!!!



 Tem uns pedaços que você tem andar totalmente agachado (até meio que batendo a bunda no teto! hahaha) e com lanterna do celular e outros em que tem que “escalar” e pular os paredões… Digamos que claustrofóbicos e sedentários podem ter problemas…rs
Mas recomendo! Tem um visual lindo, tanto em cima quanto embaixo!

Tudo isso é sal!!!!


Saímos de lá meio na pressa pra conseguir chegar antes do pôr do sol no lugar certo…
Fomos ao “Mirador Piedra del Coyote”:

A Piedra e a Coyota aqui! hahaha



A vista do mirador – Lucas e Guto fazendo pose! rs


A vista é dessas coisas tão lindas, mas tão lindas, que não há foto que faça jus, sabem?!
Se você tiver coragem, sente na beiradinha e faça a foto mais incrível da sua vida! hahahaha


Pessoa X na foto mais incrível da vida dela! hahaha

Os meninos até sentaram, mas eu errei na hora de enquadrar a foto, ficou fechada…sorry, guys… 😦

Foi aí que aprendemos a parte legal do pôr do sol no deserto: conforme o sol vai caindo, as cores de tudo em volta vão mudando, fica roxo, vermelho, laranja, etc… Pra mim, o mais legal disso é que não há câmera que fotografe ou filme isso… é experiência pra viver na veia, ao vivo e CHEIO de cores!!!



fim do primeiro dia! Juro que não vou demorar pra postar a continuação…rs

Beijos!

Envelheço fora da cidade!

Hoje é aniversário do Júnior-da-Sandy. É aniversário do Zeca Baleiro.
E é aniversário da pentelha que vos escreve! Hehehe

Estamos no Deserto do Atacama, perdendo o fôlego muito mais pelas belezas do que pela altitude – juro!

O dia começou as 4h30 da manhã e ainda não terminou… Delícia de aniversário muito bem acompanhado e muito bem ambientado!!!

Estou sem computador aqui, por isso por enquanto vou ficar devendo as histórias, fotos e dicas da viagem… E devendo, especialmente, os agradecimentos a todo o carinho que recebi on line durante o dia…

Juro que na volta respondo com a dedicação merecida a cada um!

Por agora, aquele “muito obrigado” geralzão!!! rs

Beijo