As teclas nas quais eu mais bato nesse blog, traduzidas num documentário lindo!!!
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=4JSvrCf_aU4#!
– Amor à língua portuguesa;
– Expatriação;
– Bilinguismo.
(infelizmente não estou conseguindo colocar o vídeo aqui, mas é só clicar no link e correr lá pra assistir, ok?!)
Depois vocês me contam se fui a única que chorou assistindo…
hahahaha
Arquivo da categoria: vida de expatriada
"É sempre lindo andar na cidade de São Paulo"
4 dias e 4 noites.
Non stop (vide as olheiras nas fotos).
Comida, abraços, amores, amigos, beijos, carinho, sobrinhos, beijos babados, mais abraços, jogos, risadas, umas lagriminhas…
Coxinha, capuccino, milk shake, bomba de chocolate, arroz e peixe assado, arroz e feijão, medalhão ao molho madeira, pudim, bolo, yakissoba, mixirica, sequilhos, pão francês, toddy, pizza de frango com catupiry, pingo d’ouro, chocolícia, frango empanado, yakult……..
Foi assim, passagem the flash por São Paulo no fim de semana… não sobrou nem migalha – nem minha pelo cansaço, nem dessa comidaiada toda que eu ataquei bonito!!! hahaha
E oh, é cansativo à beça, é engordativo à beça, é até meio loucura… mas é bom demais!!!!
Claro que sempre falta, né?! Gente pra ver, abraços pra ganhar, alguma coisa pra comer (rs), fotos pra tirar…
Dessa vez foi tão mega blaster corrido que eu nem tentei marcar nada com ninguém, ficamos só com as famílias “nucleares” mesmo, sabem?!
(e mesmo assim, tive uma sorte imensa de trombar aos mesmo tempo com duas queridonas no shopping!!)
![]() |
Eis que no meio do shopping… |
![]() |
Família sonolenta |
![]() |
Sobrinhos!!! |
![]() |
Queridos |
Agora tô aqui, tentando recuperar a energia, colocar a casa em ordem, lavar tudo que é roupa (e cachorra) e me atualizar na blogosfera, que eu fiquei muito tempo longe…
E, principalmente, matando a saudade da minha pequena preguiçosa!
![]() |
Não consegue nem abrir os olhos… |
"A língua é minha pátria"
Daí que eu acabei de receber a notícia de que estou perdendo o português!
E não tô falando do bigodudo fugindo de navio pro velho continente, não! Tô falando do meu tão amado, idolatrado, salve, salve- idioma! Minha língua materna, cheia de regras cheias de sentidos, cheia de complicações que eu amo tanto e de detalhes que fazem toda a diferença…! (sem ironia, juro que eu amo! rs)
Fiquei sabendo que meus posts estão cheios de erros feios, como o “bapho” do “lucho” que eu escrevi assim, com CÊ-AGÁ-Ê! Horror!!!
Diz que tem outro erro desses no “Segue o Seco”- parte 2 também, mas acabei de reler ele todinho e não achei!
Esse é o problema, gente! Eu não enxergo esses erros, juro!!! Meu cérebro trilingüe (ai, que chiquesa metida! rs) não tá dando conta! Simplesmente não percebo!
Nem eu, nem meu corretor automático, que de “sou inteligente, descubro sozinho seu idioma”, passou pra “cale-se, cale-se, cale-se, você me deixa looooucoooo!!! E apaga esse “nem” aí em cima que isso não existe em espanhol” (oi???) Sério! Ele grifa umas coisas nada a ver, me deixa confusa, corro pro google pra confirmar que “cai” escreve assim mesmo (juro! fiz isso outro dia!) e deixa passar umas outras coisas vergonhosas!
Eu sei, nem sempre é culpa dele…afinal, lucho, do verbo luchar, não está errado, mas lucho, do adjetivo luchuoso, é um absurdo, minha gente!!!!! Argh!!!
Justo euzinha, a mimimi caga-regra do português, primeira a reclamar e parar de ler o novo blog da fulana porque ela não sabe escrever..!
Vergooonhaaa!!!!
Desculpa, mundo, vou tentar melhorar – o português e o feio hábito de sair julgando as pessoas pelos erros de português que cometem (menos com o qual/ a qual!!! não sabe usar, não insiste, pô!!! ahahahhaha)
Mas, serião, leitores! Assim não dá, assim não pode!!! Pode não, minha gente!
A próxima cagada feia que você ler por aqui (tirando palavrões, feito “cagada” rs), corre me avisar, por favor????
Sem vergonha, sem medo de me ofender ou envergonhar…avisa, vai…! Pior é ficar o registro dos absurdos por aqui…hahaha
E se for menorzinha, menos feia e mais cagadinha, pode avisar também! Preciso da ajuda de vocês, amigos revisores, pra não afundar meu bloguezinho amado num buraco sem volta, ok?! Conto com vocês!! hahaha
(só não se preocupem muito com as frases com as ordens invertidas, de pronomes especialmente, porque enquanto eu luto – ainda – pra aprender a fazer isso em espanhol, o jeito certo do português vai pra cucuias, mesmo…sorry aí! hahaha)
E hoje eu ia terminar de contar do Atacama, mas agora fiquei com vergonha de escrever tudo errado! hahaha
Besos
"se adianta tomar uma aspirina"
Já escrevi outras vezes sobre as amarras que precisamos soltar nessa vida de expatriado, e sobre aquelas que continuam bem firmes e amarradas – AQUI, por exemplo.
Curiosamente, a questão da saúde é a que “mais pega” nesse sentido. Acho que por hábito e cultura, mesmo…
Penei um monte até encontrar um ginecologista aqui que correspondesse minimamente à minha expectativa de “mas eu amava tanto minha médica no Brasil..”! Tô há séculos sem consultar alguns médicos que sempre precisei com frequência, como oftalmo, porque me dá a maior fadiga ter que procurar aqui um desconhecido (aí prometo marcar pra quando for pro Brasil e, lógico, nunca dá tempo nem de pensar nisso!)
Farmácia então…nem se fale!
Sempre foi um dos meus passeios favoritos (hahahahhaha! sou meio hipocondríaca, já contei?? rs), mas aqui tem bem menos graça!
Sempre vou pro Brasil com uma listinha de coisas pra trazer e vira e mexe, peço um complemento pra alguma visita que vem…
Dá só uma olhada:
"Nunca mais eu tive paz"
Ai gentiiii…
Não é fofoca, é dado conhecido: nós andamos brigados, meio de mal e tal..
Mas ele é f@d^, né?!
Difícil ficar brava por muito tempo…
http://www.youtube.com/watch?v=1whWMptK27Q
Essa é o tipo da coisa que me faz querer MUITO dar só uma corridinha ali no Brasil e já volto!
2013, nego trabalhando com robô e comendo proteína enlatada e nada de inventarem o maldito teletransporte!
Garanto que é culpa dessa eliteclassemédiaroubandodinheirodagentenoamendoimqueservenoavião! Garanto!
Humpf!
Nalgum Lugar
Lar
Lá em Casa
Hogar
Home
Cafofo
Ninho
Não importa como você prefere chamar, não importa o idioma que você usa: você certamente conhece a sensação.
Pode ser uma presença especial, pode ser um cheirinho de bolo assando, pode ser a recepção apaixonada de um bichinho, pode ser o toque de um cobertor macio de tão velho… pode ser tudo isso junto.
E pode ser tudo isso separado!
Vida de pais separados desde sempre, sempre foi vida de múltiplos lares – a minha, no caso…rs
E a gente vai crescendo e os lares vão se multiplicando ainda mais… vem uns pedacinhos novos de lares pra você chamar de seu: o lar coletivo na faculdade, lar da melhor amiga, o lar do namorado (que depois pode virar a casa dos sogros)…
E aí você se apaixona e a vida faz seus caminhos pra que tudo dê certo.. e um dos primeiros frutos dessa paixão acertada é o lar compartilhado…
E foi assim que meu marido se tornou meu lar!
E seguindo os caminhos, minha “multiplicidade laral” (hahaha) virou internacional e nós viemos construir nossa casinha do lado de cá da Cordilheira!
E lar que é lar é aquele que dá uma aquecidinha no coração só de você pensar nele… é o lugar pra onde você quer voltar desesperadamente depois de um dia difícil… é pra onde você quer correr quando o coração dói, ou pra onde você quer ligar quando a barriga dói…
Eu tenho a sorte de ter vários! Mesmo!
O único problema dessa história toda é que lar, lar de verdade, é lugar de onde você até sai quando tem que sair, mas sempre deixando um pedacinho dolorido de você pra trás…
Né, não?!
"Mais de dez mil anos se passaram-se"
Dois dias: “Começando”
Seis meses: “Pra mim meia dúzia é seis, hein?!”
Doze meses: “Ponha a roupa de domingo”
Dezoito meses: “Brasil, recruta o teu pessoal”
E foi assim, em uma piscada de olhos, em um ou outro passo, em 4 postagens no blog… PUFF! Dois anos se passaram! 2 ANOS INTEIRINHOS!!!
É difícil colocar mais palavras do que essas aí de cima…
No dia 12/02/2011 éramos estes aí:
Dois anos depois, 12/02/2013, e ainda somos estes daí….tão iguais e tão mudados…
Mudei porque aprendi a conviver diariamente com a saudade, aprendi que o amor e a distância não são tão incompatíveis como se costuma dizer, aprendi que morrer de vontade não mata, aprendi que apoio e abraços virtuais também dão conta, mas também aprendi a força de um abraço de verdade.
Aprendi que meu marido é meu lar, aprendi que (meu) cachorro é um ser absolutamente amável, aprendi que a maternidade (mesmo a canina) é de um amor sem tamanho.
Aprendi que não só a neve tem a capacidade macia de absorver as quedas e ao mesmo tempo gelar até a alma.
Aprendi que minha casa tem minha cara, o cheiro da Maní e o conforto do Lucas.
Aprendi que família se escreve com quantas letras você bem entender.
Que chuva é bem melhor quando é rara. E que calor é menos pior quando é seco.
Aprendi que o cérebro faz misturas malucas de idiomas. E que algumas coisas a gente só pode dizer mesmo na nossa língua materna.
Aprendi o significado de pátria e o significado de “hogar”.
Aprendi que clichê não é coisa de linguística, mas de coração.
Foram dois anos “fora de casa”, dois anos no “nosso lugar”.
E que venham agora todos os outros anos que temos pela frente… sejam no Chile, na Croácia, em Ohio-que-o-parta…tanto faz! Porque aprendi que o lugar faz muita diferença, mas que, na verdade, as experiências dependem de como nós as vivemos, como as encaramos e o que levamos delas – pra qualquer lado do mundo…!!!
"Aqui (não) tem terremoto"
Chile: o país em que não existem mulheres com o cabelo oleoso, a unha quebradiça ou o fluxo menstrual suave.
Confesso: tem algumas coisas que faço questão de trazer do Brasil, tipo meu dorflex ou meu eno laranja (hipocondríaca é a mãe!rs), mas existem alguns itens que são (ou deveriam ser) muito básicos e que não encontro aqui de jeito nenhum!
Nunca estudei essa coisa de “mercado”, como o que faria determinados produtos serem aceitos em alguns lugares e em outros não, mas essa questão tem me instigado…
Algum gênio teve a brilhante idéia de, no começo desse ano, trazer (uns restos de) Panetone e Chocotone pra cá – a Bauduco já existe fraquinha então, de novo, era só uma questão de entrada de produtos específicos… Não sei o que os chilenos acharam da novidade e até gostaria de saber, mas o importante dessa história foi que eu me esbaldei!!! hahaha
E enquanto outro gênio chileno não descobrir que miojo cremoso é a melhor comida instantânea do mundo (se não a melhor comidaponto! hahaha), continuo contando com a querida Carol e seus Santos Pais que, pelo segundo ano consecutivo, me abastecem de temperinhos de Cremoso de Pizza!!!
(em 2011 esse prêmio foi pra Karencita!)
E sempre sobra pros nossos visitantes trazer uma encomendazinha na mala, tipo yakult, shampoo, esmalte, paçoca, ovomaltine….. ! =)
Mas juro que não é por isso que tô sempre convidando todo mundo! hahahaha
Aliás, já já acaba o carnaval e chega a hora de programar o 2013… você, leitor querido, já decidiu quando vem nos visitar???
Eso es…
Boa semana pra todos!
"Brasil, recruta o teu pessoal"
(Eu sei que eu já passei por aqui hoje, mas um dia de múltiplas ocasiões especiais, pede múltiplos post, sorry…)
Hoje completamos 1 ano e 6 meses de Chile. Um ano e meio. Dieciocho meses!
E eu poderia vir repetir os agradecimentos merecidos e as aprendizagens obtidas nesse tempo por aqui, mas tava assistindo a cerimônia de encerramento das Olimpiadas e me caiu uma ficha muito importante, que divido com vocês agora.
Uma das coisas mais importante que o Chile me ensinou foi a amar meu país.
Pela saudades que eu sinto dele quando estou aqui, pelo amor que os próprios chilenos têm pelo Brasil e pelo espírito de patriotismo que contamina os ares do lado de cá da Cordilheira.
E nos 8 minutos em que o Brasil esteve representado no meio do Parque Olímpico de Londres eu me emocionei. Meus olhos encheram de lágrimas e eu chorei! (E olha que eu nem conheço o Rio pessoalmente!rs)
Enquanto um monte de gente reclamava na internet por causa dos “clichês” de samba, índio e praia (ou outros reclamando porque as passistas usavam muita roupa, ou porque lá fora ninguém conhece a Marisa Monte, ou por qualquer outro motivo (im)pensável – ô povinho que gosta de reclamar!) eu me emocionei. Senti saudades “de casa”. Senti orgulho do samba do gari. Achei nossa bandeira e nosso hino os mais bonitos da apresentação. Achei um charme o calçadão carioca em plena Londres. Cantei as músicas junto com eles. E fiquei imaginando a emoção dos que estavam lá pessoalmente!
Porque se essa é a imagem que as pessoas no resto do mundo têm do Brasil, de algum lugar ela saiu. E por mais que muitos nunca cheguem a admitir, está aí nossa identidade.
E olha que é muito difícil falar de identidade num país como o nosso, não?!
É muita gente, é muita terra, é muita cultura, é muita mistura!
É um “Virado à Paulista” em que se mistura o feijão carioca, com o arroz mineiro, a batata paulista, o ovo…um Virado à Brasileira delicioso!
E em alguma coisa essa mistura dá!
Alguma coisa que a gente (brasileiro comum) despreza, mas que o mundo admira e inveja!
Quando chegar a hora das Olimpíadas no Rio, muito brasileiro vai continuar reclamando, destacando os defeitos e problemas, se rebelando na internet com a bunda no sofá (aaahh, esse jeitinho brasileiro de ser). Mas em um ano e meio de Chile eu já conheci um monte de gente que amaria estar no Rio nessa ocasião! Não porque é pertinho, mas porque é calor, porque o sol é forte, porque o mar é gostoso, porque o verde é vivo, porque as pessoas são receptivas, porque a música é boa, as mulheres são bonitas, a bebida corre solta e a felicidade é quase respirável!
E, acreditem, não é a saudade falando. É o respeito e a admiração – coisas que, confesso, só aprendi a ter de verdade pelo meu país depois que sai dele…
Sabe aquela história de “Brasil: ame-o ou deixe-o”?
Pois é, pela experiência que eu vivi, que outros expatriados que conheço viveram e pelo que acompanho quase diariamente nos estrangeiros que conheço, diria que essa frase está um pouco errada…
Brasil, deixo-o e ame-o!
Não que não dê pra amar aí de dentro, mas estando fora (e, claro, claro…não vivendo os problemas tanto na pele), longe dessa visão preconceituosa que, culturalmente temos da nossa pátria, fica muito fácil!
Queria que mais brasileiros pudessem ver o Brasil com esses olhos…talvez assim tivessem mais vontade de lutar por ele…
"Uma saideira, muita saudade"
Adoro receber visitas!
Mesmo que a casa fique meio de pernas pro ar (dado importante: pro meu semi-toc, uma colher fora do lugar é igual à casa de pernas pro ar..rs), mesmo que algumas demandem mais atenção, mesmo que a gente repita vários passeios turísticos, mesmo que eu sinta falta de ficar sozinha enquanto elas estão aqui..
Visitas são sempre muito bem vindas, melhoram o ambiente, dão mais vida à nossa casa!
E por isso é sempre difícil quando elas vão embora…
(Não preciso nem dizer que no caso de algumas é ainda mais difícil, né?!)
Toda visita quando vai embora deixa saudades, deixa a casa mais vazia e o coração apertado.
E mais:
Deixam o cheiro do perfume no quarto, um pote de shampoo no banheiro, algum presente pra nossa casa, uma coleção de taças da Concha y Toro…
Algumas levam umas coisas embora “sem querer”: chave da casa, cartão do metrô….
Mas algumas (será que as que não querem ir embora??? rs) deixam umas coisas curiosas: roupas (limpas e sujas. íntimas ou não.rs) na gaveta, chinelo embaixo da cama, lavador de mamadeira na cozinha, a carteira inteira num bolso…rs