"e a sociedade não gosta, o pessoal acha estranho…"

Durante alguns anos de minha adolescência estudei teatro e tinha muita vontade de seguir a carreira de atriz. Atriz de teatro!
Muitos dos amigos da escola e a maioria dos familiares não entendia muito bem essa última parte. Se eu dizia que estudava teatro a resposta era sempre: “e quando vou te ver na globo???”
Eu achava engraçadinha tal postura, dava risada e respondia alguma coisa que agradasse o lado de lá da conversa –  e que não me desse muita dor de cabeça!
Nesse período não me incomodava “perder” os sábados inteiros no Macunaíma, pelo contrário, eu amava aquilo e se pudesse ir mais vezes, ensaiar mais dias, ficar mais tempo lá..melhor!


Quando estava no final do terceiro colegial um professor da escola de teatro recomendou que eu procurasse uma agência, porque ele achava que eu tinha uma “cara muito boa para televisão”… sem levar aquilo muito a sério, fui atrás da tal agência, fiz uma espécie de book e alguns testes para publicidade; até que fui aprovada para fazer uma propaganda (não me lembro de quê)! 
Mas tinha um detalhe: a gravação seria no mesmo dia que a apresentação de um trabalho final do colégio, que valeria nota x2 para todas as matérias. 
Nesse momento fiz uma escolha e acho que só agora entendo o tamanho e a importância dessa escolha. Estamos cansados de ouvir as histórias dos atores mirins ou jóvens que perdem aula e ficam mudando de escola para poder dar conta da carreira… Eu não sabia exatamente o que viria na minha vida depois daquela propaganda, mas decidi que abriria mão disso para poder apresentar o trabalho no colégio e me formar.


Quando fui pro cursinho ganhei mais responsabilidades, mais amigos, mais “juventude” e aí sim passei a ver os sábados de Macunaíma como “perda”… me irritava não estar na aula super especial do Zé Emílio ou perder o churrasco na casa do tal amigo porque tinha que ir pro teatro e aí tomei a segunda decisão importante da minha vida profissional: saí do Macu com pouco mais de um semestre faltando para a conclusão do curso…


E a junção dessas duas decisões formaram o molde do passo seguinte: mudei de idéia também sobre prestar vestibular para Artes Cênicas. 
Instaurei em mim uma espécie de preconceito que eu já conhecia dos outros: na hora do vestibular eu teria que escolher uma “profissão”, alguma coisa mais acadêmica, com horários fixos, que não me roubassem o fim de semana, que não me confundisse a rotina… De repente, pra mim mesma, o diálogo de “O que você faz?” – “Sou atriz” ganhou aquele ar de estranheza que tantas vezes senti nos outros.


Aí escolhi estudar Terapia Ocupacional. Suspeitava que a TO teria a parte acadêmica – e socialmente bem vista – de “profissão na área da saúde”, me possibilitando ainda explorar e trabalhar a parte artística que tinha descoberto anos antes no teatro… Mas me deparei com o diálogo do “O que você faz?” piorado à sétima potência!
Ninguém nunca soube do que se tratava a Terapia Ocupacional e a sina do profissão – e a maior crise de seus estudantes – era ter que ficar se explicando, se justificando, reforçando a própria identidade e importância.
Me deixava louca aquele chororô de “ninguém sabe o que é isso que eu faço” e mais de uma vez fui mal educada com respostas do tipo:”então explica, mostra sua importância e pára de chorar!”


Aos poucos fui descobrindo que a TO não tinha espaço para minha “veia artística”(hahaha), mas sim para a expressão terapêutica dos pacientes… e isso não era suficiente! Assim como ter pacientes, por si só, não era nem um pouco fácil pra mim. 
Acho que tive que entrar numa profissão com crise de identidade para voltar a questionar a minha própria identidade…


Bom, se teatro era alternativo demais e TO acadêmico demais… qual seria minha alternativa?
Ainda não sei muito bem explicar o porque, mas encontrei no Audiovisual o meio termo… e outra crise!


Acreditava que no AV existiriam alternativas: pode-se ser muito “artista”, mas tendo a possibilidade de ter um contrato com contra-cheque no final de todos os meses. 
Só que, de novo, cai em outra profissão em crise. Crise “pessoal” (se é que se pode dizer isso de uma carreira), não só de mercado.
No AV além de ninguém de fora entender muito bem o que você faz (aqui volta a pergunta do “E quando vou te ver na globo?”), o chororô é quase uma exaltação da escolha: “a vida de profissionais dessa área é ingrata, inconstante, pobre e etc; mas nada disso me importa, porque faço isso com amor”!


Pois é, audiovisual era minha alternativa possível, meu meio termo…nunca meu amor… talvez por isso a crise do “preciso encontrar algo que eu ame fazer” bateu tão forte em mim durante esse percurso!


Aí eu comecei a escrever sobre essa crise, a escrever sobre a vida, a escrever sobre as mudanças, sobre os sonhos, as saudades, as novidades… Escrever muito, além de passar uma porcentagem muito grande do dia lendo.


E assim descobri, ou redescobri, um encantamento enorme por essa forma de expressão. Descobri facilidade, satisfação, críticas positivas (crítica de família e amigo conta nessa etapa..hahahaha)… Descobri até uma simplicidade em me expor que nunca antes tinha imaginado que poderia ter!


À ponto de pensar mesmo em levar a sério essa nova brincadeira de escrever!
(quando estávamos arrumando as coisas para ir pra Portillo e Mendoza eu disse pro Lucas que não sabia se levaria meu computador e ele, muito fofo, respondeu: “leva, claro…vai ficar sem seu instrumento de trabalho?” =D )


E nesse momento vem aquele monte de questionamentos meus: o que que eu estudo pra ser escritora? Preciso de diploma? Se sim, o que eu já quase tenho ou outro? Como posso querer ser escritora sem ter lido tantos clássicos importantes? (estou providenciando a compra de alguns…rs) Como vou fazer pra ler tanto? De onde vou tirar tempo pra levar a escrita a sério? Dá pra ser só isso na vida?


Roubando palavras da amiga Mandy, “ser escritora” combina com o estilo de vida que quero ter – no meu espaço, no meu tempo, do meu jeito – sim, sim…respeitando alguns prazos e regras e tal, eu sei! (rs), mas na minha!


Parece promissor!








E hoje minha mãe me indicou um texto muito bacana sobre a profissão de “escritor”, leiam: Traje para a jornada de trabalho: calça de moletom
Ele traz, na figura do outro, a maioria das indagações que eu mesma faço sobre essa nova possibilidade, o que já seria suficientemente interessante. 
Mas depois dessa leitura não consigo deixar de pensar: estou de novo entrando num caminho profissional que tem crises com “a visão do outro’?!?! OMG! hahaha


Freud explica….
hehehe




Beijos!

Cumprindo promessa

Eu tinha prometido que os manteria informados sobre esse assunto, então vamos lá:


Há umas semanas atrás fui conversar com a secretária da Escuela de Cine sobre minha vontade de fazer teatro e ela me recomendou que conversasse com o professor de “Interpretação e Direção de Atores” lá, porque ele é ator, e apesar de trabalhar ultimamente só com televisão e cinema, conhece bem a área e tal..


Pois bem, demorei umas duas semanas ou mais pra encontrar o tal cara na Escuela, mas segunda feira agora consegui encontrá-lo correndo pra ir embora. Eu e a secretária explicamos meio por cima do que se tratava e ele pareceu atencioso, mas como estava com pressa, pegou meu email e telefone pra que a gente “marcasse um café pra conversar”. Ele falou qualquer coisa sobre marcarmos pra quarta ou quinta, mas pelo que já conheci dos chilenos, estava preparada pra na segunda feira seguinte ter que procurá-lo de novo pra cobrar o tal café…
Mas acontece que eu estava enganada! No dia seguinte – ontem, portanto – ele me ligou no final da manhã pra marcar logo o café prometido! Nos encontramos num shopping relativamente perto aqui de casa. 


O nome dele é Fernando Gomez-Romira e, só fui descobrindo ao longo da conversa, ele é um ator bastante importante aqui no país, fez várias novelas, alguns filmes importantes – entre eles o 03:34, que é sobre o terremoto que teve aqui no ano passado (aqui está o Trailer do 03:34) e está em cartaz atualmente, e foi reconhecido por algumas pessoas enquanto conversávamos! rs

Confesso que estava super nervosa quando cheguei no shopping…iria sentar com um cara que não conhecia, pra falar de um tema super pessoal e difícil pra mim e torcendo pra que ele pudesse me ajudar…

A conversa começou bastante objetiva, contei um pouco resumidamente minha história, a relação e o passado no teatro, o porque de estar querendo voltar agora…
Ele fez várias perguntas, entre elas algumas meio “técnicas” sobre qual tipo de teatro estudei, qual tipo gosto, o que eu li de peças, etc…


Ele tem um ponto de vista que achei muito interessante; nas palavras dele: “quando, aos 15 anos pedi pro pai pra finalmente começar a estudar piano – uma vontade antiga – ele demorou 6 meses pra encontrar um professor pra mim, porque pra ele era importante que as aulas de piano me fizessem amar ainda mais a música e o instrumento e nunca me cansar ou desmotivar, e achava que isso dependeria do professor. É pra isso que estou te fazendo todas essas perguntas, pra pensar bem e te indicar um lugar que cumpra com o que você está buscando, mas que cumpra também esses outros requisitos, porque pra mim qualquer um pode atuar – por hobby ou profissão – contanto que tenha amor!”.
Não preciso nem dizer que o cara me ganhou aí, né?! hehehe
Bom, ele me indicou um curso noturno em uma escola conceituada aqui, que segue o mesmo método com o que estava acostumada – e gostava – do Macunaíma, que cabe na minha agenda, enfim…  Chegou a ligar pro diretor do curso, falar um pouco de mim e perguntar quem me daria aula, pra saber se eram professores bacanas de verdade!
Fiquei com o telefone desse diretor e vou marcar de ir lá conhecer a escola e tal…as aulas começam só em agosto, então ainda daria tempo de ver isso com um pouco de calma.
Outra indicação bacana do Fernando foi que eu voltasse a ler peças e coisas de teatro, mesmo antes de começar qualquer curso, pra entrar novamente em contato com a linguagem e tal…


Bom, o nervosismo passou rápido, ficamos um tempão conversando sobre essas questões do teatro mas sobre tudo um pouco também. Ele tem uma história super interessante: nasceu no dia 01/09/73, dez dias depois foi o golpe militar aqui no Chile e a mãe dele foi presa – com ele junto (com 10 dias de vida!)! Depois ficaram 15 anos exilados na França, mas sem nunca deixar de serem Chilenos, cultivar a cultura do país. O pai dele parecia ser incrível, trabalhava em um teatro grande de Paris e tinha contato com tudo que era artista internacional importante da época, mas era grande fã de música brasileira – paixão herdada pelo filho que me disse que a música mais linda que já foi feita no mundo é “O que será” do Chico!!! Me mostrou fotos e vídeos das filhas dele, conversamos sobre nossos países de origem, sobre vida de expatriado, sobre cultura em geral, sobre nacionalismo….


Depois de umas duas horas em que estávamos conversando o Lucas chegou no shopping – tínhamos combinado de jantar lá – e sentou pra conversar com a gente. 
Como é de costume, ele levou a conversa pra um lado mais prático, levantou questões importantes que eu tinha esquecido e/ou não mencionado e foi bem bacana! O Fernando nos deu dicas também de outras faculdades pra procurar, ou outras pessoas pra conversar… 


Se mostrou o tempo todo super interessado e disposto a ajudar! Ficamos de marcar um almoço um dia desses num lugar aqui em Santiago onde, segundo ele, podemos encontrar livros usados, bem mais baratos que os normais das livrarias aqui…


Foi super legal o encontro e a conversa: Útil pro que eu precisava que fosse, além de ter sido uma oportunidade de conhecer uma pessoa super legal!!!


Voltei pra casa com um milhão de coisas na cabeça, sobre essa minha busca tão difícil, sobre as possibilidades que estão se mostrando, sobre meus desejos (aliás, estou ansiosa pela crônica de amanhã do Contardo Calligaris) e mal-e-mal dormi a noite passada…
Pra ajudar estou podre de gripe+sinusite, então, como eu dizia nas cartas que escrevia pras minhas amigas na sétima série: vou parando por aqui!
Hahaha


Só queria compartilhar a empolgação com vocês! Continuem torcendo e cobrando… pra eu continuar funcionando…rs


Cariños, 

Merda

Este é, sem dúvida, o post mais difícil que já escrevi – não só no blog, mas talvez na vida. O frio na barriga de clicar no “postar” acho que vai ser quase uma gastrite, mas publicar este texto é justamente o que dá sentido à ele, e como sentido é justamente o que venho buscando, vamos lá!


Recebi alguns elogios com relação à minha sinceridade aqui no blog, com quem lê e comigo mesma, mas a verdade é que a grande coisa que não sai da minha cabeça nas últimas semanas só foi muito levemente comentada… Mas sei lá, acho que resolvi que “chega de esconder minhas fraquezas”, chega de covardia… Até porque estou farta da minha covardia, então vamos começar a luta contra ela por aqui, contando pra todo mundo que quiser ler o grande caos que sou!
Já tô avisando de antemão pra que possam desistir já da leitura se o objetivo da sua presença neste blog é saber sobre o Chile, sobre vida no exterior, ou qualquer outra coisa. Porque este post vai ser pessoal! Muito pessoal. Talvez até melodramático. Mas ele vai sair!


Há anos e anos venho tentando descobrir o que eu quero “ser quando crescer”, procurando ter na vida profissional a mesma tranquilidade que tenho na vida pessoal. Encontrei o Lucas e casei com ele na certeza de quero estar ao lado dele e tê-lo comigo todos os dias da minha vida, pra sempre! 
Mas não consigo encontrar uma profissão que eu deseje, um sonho pelo qual valha a pena as dificuldades do dia a dia. Não era a T.O., não é o AV (isso mesmo, não é o AV – primeira confissão do post)…e é o que então??? 
Levar a faculdade na USP estava cômodo, porque, diferente da TO, estar ou não satisfeita com a profissão afetava só à mim (e não há possíveis pacientes) e continuar fazendo só pra me formar, ter uma profissão e trabalho e depois ir atrás do tal segredo mágico era bastante possível.
Mas aí, chegando na faculdade nova, tendo que encarar mais dois anos (ah! talvez 3, veja só…) de muitas aulas – muito mais crédito do que faria antes – muito trabalho, provas, professores mais chatos e mais exigentes do que os que eu tinha e gostava… bom, digamos que isso acabou cutucando minha ferida que tava quietinha… Cutucando não, tirando toda a casquinha e deixando sangrando pra caramba!
Ir para aquelas aulas com os simples objetivos de “me socializar no Chile”(fail, btw) e tirar o diploma (que agora corre o risco de ser fail tb) tá difícil… quase torturante, na verdade! (já que estamos na verdade…) Estudar cinema aqui tem me exigido uma energia que não tenho de onde tirar e a crise tá braba (avisei que seria melodrama).
Saio e chego em casa super de mau humor, choro e só me recupero depois de algum tempinho podendo esquecer essas coisas e curtindo a “vida pessoal”. Sinceramente, acho que nem o Lucas, nem a Maní, nem a faxineira e nem eu merecemos essa Gabi em casa 6 dias por semana!


Mas o problema maior da crise é – de volta a 2006 – não saber o que fazer no lugar disso…ou o que fazer pra amenizar isso – visto que preciso, de um jeito ou de outro, de um diploma logo!
Fico me sentindo presa num buraco sem saída, no qual eu sei que não quero seguir em frente, mas em que não consigo encontrar uma saída alternativa.
Me falta energia pro AV porque não é aquilo que eu amo fazer. Mas afinal, o que eu amo fazer???
Pensei em alguma coisa com os animais (desde aqui) , mas também não era exatamente uma resposta…




Mas. sabe, a verdade é que lá trás, eu não parecia sofrer desse problema:






Esse vídeo é da gravação da primeira peça que fiz no Teatro Escola Macunaíma, “O Brasileiro”, essa é a roda do “Merda!”de antes da peça.
Faz 10 anos! E 10 anos é tempo à beça, mas o que será que mudou?


Bom, aproveitei a vinda da minha mãe pra conversar bastante, inclusive sobre isso, claro!
Não há dúvidas de que o eu sentia quando fazia teatro era amor! Talvez justamente por saber como era sentir isso por alguma atividade é que seja tão difícil viver em uma na qual eu não sinto…
Não sei dizer por que ou quando esse encantamento todo passou, mas o fato é que em 2004 decidi parar de fazer teatro – parar o curso profissionalizante que faltava pouco mais de 6 meses pra terminar e parar de vez com a atividade.


Desde que entrei na tal crise profissional, em 2006, ousava pensar muito rapidamente que devia tentar voltar pro teatro.. que talvez tivesse deixado alguma coisa lá…


Mas eu nunca tive coragem! A verdade é que sou uma grande cagona! Tenho medo de entrar numa turma nova, que eu não conheço, tenho medo de me decepcionar com a turma (porque a minha era incrível!), tenho medo de decepcionar as pessoas em volta, tenho medo de me decepcionar comigo, tenho medo de não ser boa o suficiente, tenho medo de ir lá experimentar, buscar essa tal coisa que deixei pra traz, e não encontrar e ficar sem alternativa depois…
Mas, como disse lá no começo, tá na hora de enfrentar todos estes medos: Resolvi procurar um curso de teatro aqui!!!! 
Começar no começo, só como distração e ver, afinal, o que vou encontrar…
Dei uma olhada na internet, mas ainda é difícil saber qual escola é boa e qual não é, então entrei em contato com o sindicato de atores daqui… Ainda não tive uma resposta, mas vamos ver…
Tinha pensado em escrever sobre essa decisão aqui no blog só depois que já estivesse matriculada no tal curso, mas me dei conta de que tornar público agora vai ter uma função maior: agora que todo mundo sabe, não posso mais fugir! Sou bem boa em me des-convencer de algumas coisas.. Mas dessa vez eu quero enfrentar, eu quero tentar! Por isso vou avisando, talvez eu precise de ajuda, talvez precise que me cobrem, que não me deixem desistir antes de chegar lá – juro que estou me esforçando bastante!


Não tô achando que vai ser uma solução mágica, que vai me tirar de todas as angústias com a vida e com a faculdade, pelo contrário, sei que será bem difícil, mas finalmente resolvi tentar!
Que diferenças isso vai fazer ou não na prática, não faço ideia… Como dizem meus amigos do AV: vamos acompanhar!


Mas a parte mais legal disso tudo é que, um dia depois de ter tomado essa decisão importante, chegaram pra nos visitar meus sogros e trouxeram com eles um pequeno tesouro: antes de vir pro Chile deixei alguns VHSs com eles pra passarem, um dia, pra DVD pra mim…  e o trabalho não só foi feito com rapidez e eficiência, como já chegou em minhas mãos! Resultado: passei horas do último fim de semana assistindo esses DVDs! 
Um deles é uma festinha da minha escolinha no ano de 1989, eu com 3 anos mostrando nas danças que minha descordenação é de nascença! hahahaha
Outro é um curta metragem que fiz nas épocas de atriz, bem ruinzinho por sinal…
E os outros são quase todas as peças que fizemos no Macunaíma filmadas!!!
A coincidência foi incrível! Essas peças não poderiam ter chegado em melhor momento, porque deram um apertão na saudade e um empurrão na decisão!!!

Acho que era isso que eu tinha pra dizer…apesar da dificuldade de dizer tudo isso, apesar de ainda achar que meio que não é da conta das outras pessoas, que é um problema meu e pronto…
Mas quer saber, já que resolvi mesmo ter um blog e falar mesmo sobre mim nele: tá tudo aí! De verdade! Sinceramente! Doídamente! Ridiculamente! Mas, espero, corajosamente!


Obrigada aos que realmente dedicam tempo a ler minhas baboseiras! Conto com vocês nestas empreitadas! (a do blog-bobo e a do retorno ao teatro)


Um beijo mais leve,
(próximo post: Milan Kundera!)


Gabi