“Lá fora”

Ontem foi dia 27, portanto, dia de comemoração!

Quer dizer… Pra ser muito honesta, eu que tenho uma memória doentia pra datas, só lembrei que era dia 27 lá pelo meio dia…rs
Já o Lucas, que é mestre em esquecer essas coisas comemorativas, não só lembrou, como lembrou com antecedência o suficiente pra preparar uma surpresa pra mim!!

Chegou em casa a noite, do trabalho, trazendo junto minha mãe e ingressos pra irmos no cinema! Primeira vez que eu iria no cinema desde janeiro, primeira vez que faríamos um programa só do casal desde sei lá quando e primeira vez que eu sairia sem a Cecília desde ever !!!

Fiquei naquele mix de alegria e nervoso quando recebi a notícia, me troquei com os olhos meio enchendo de lágrima (pode chamar de ridícula! Hahaha), dei todas as instruções pra minha mãe (ela tinha que dar janta, remédio e fazer toda a rotina noturna pra colocar a bebéia pra dormir!!) e fomos!

Sabe aqueles pesadelos em que você de repente percebe que tá sem roupa??
Tive essa sensação vaaaarias vezes seguidas… Tava lá, de boa indo pro carro (pro elevador, pra escada rolante, etc, etc, etc…rs) e de repente percebia que, putz!!, tava faltando um braço meu!!! Braço, no caso, é a Cecília, claro, mas esse é o melhor jeito de explicar a sensação de vazio que vinha! rs

Mas fora isso, super ok! Fomos, enrolamos um pouquinho, compramos guloseimas, entramos na sala de cinema, assistimos o filme todinho… Sucesso!!

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Juro que consegui relaxar e curtir o filme!
Estávamos num shopping do lado de casa, eu sei que a Cecília fica bem com a minha mãe e eu tava grudada no celular, claro!rs Mas foi bem mais tranquilo do que eu imaginava!!

Há uns 20 minutos do final do filme minha mãe mandou mensagem:

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Suspeitei desse “pouquinho” (rs), mas respirei mais aliviada em saber que ela havia conseguido dormir, já que, normalmente, o Lucas cuida de toda a rotina (fralda, pijama, livro), mas o sono mesmo só vem quando eu chego e deito com ela pra dar mamá!

Mesmo assim, resolvemos ir pra casa quando filme acabou… E aí, quando estávamos estacionando o carro, chega outra mensagem da minha mãe: “Cecília acordou!”
Iiihhh! Logo pensei que se minha mãe tinha mandado mensagem é porque a coisa devia estar meio feia! rs
Quando o elevador abriu a porta já ouvimos o berreiro da pequena! Lucas logo a pegou mas ela não acalmou…só parou de chorar quando veio pro meu colo!
Aí já fui direto pra cama dela onde ela mamou um monte e demorou pra conseguir relaxar de verdade… Mas depois até que conseguiu dormir bem!! Ufa!!

Faço agora algumas reflexões sobre a experiência:
– As pessoas no mundo lá fora (ou “aí fora” rs) usam waaaay too much perfume!! Argh!!
– o volume no cinema é MUITO alto!
– não me arrependo nada de ter esperado “tanto tempo” pra sair sem bebéia!
Várias pessoas me enchem o saco faz tempo pra deixar a Cecília com alguém e ir fazer alguma coisa sem ela (cinema, academia, etc..). O que eu sempre respondia era que eu não tinha necessidade e nem vontade disso. Que não tinha pressa nenhuma. E que quando a vontade surgisse, eu iria – não faltaria tempo nem oportunidade pra isso!

E eis que a vontade surgiu! No domingo, 07/12, passarei o dia todo longe, trabalhando de voluntária no Bazar de Natal do Adote um Gatinho ! Causa nobre que me enche o coração…quer motivo melhor?! 😉

Essa ida ao cinema foi um ótimo treino, serviu pra me tranquilizar e pra mostrar que Cecília tá numa idade boa pra “ficar sozinha” – se distrai bastante com brinquedos e brincadeiras, reconhece as outras pessoas além de mim, consegue demonstrar o que quer, precisa e/ou o que está errado…enfim! Fiquei feliz com o resultado!!!

Isso sem falar, é claro, na gostosura que é namorar maridón sem ter bebéia no pé, no colo ou no monitor da babá eletrônica! Hahaha

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4 anos de papel passado e já temos uma filha independente! Hehehe

"Suas mãos nas minhas"

Hoje faz três anos que provei falsa aquela lenda do “Quando casar, sara”.
3 anos que tomei um capote caprichado na porta do cartório e ganhei um belo joelho ralado, que doeu e incomodou ainda muito mais tempo do que os 20 minutinhos que me restavam de vida de solteira.

O tombo serviu também pra dar pro Lucas uma última chance de reflexão: tem certeza que é com essa desastrada que você vai casar???

Acontece que a essa altura do campeonato ele já achava os hematomas uma coisa linda e sexy! Oh só:

Trecho do lindo pedido de casamento!

Ele sabia bem onde estava se metendo e não mudou de idéia, não…Ufa! rs
E eu, então, teria toda uma vida de suas mãos seguras me guiando, me apoiando ou me levantando das (normais) quedas.”

São 3 anos de “amor de papel passado”. Uma mera formalidade, é verdade, já que o amor em sí tem muitos anos e mais história… 
Mas não posso deixar de pensar que eu tenho, sim, MUITA sorte!
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-martins/noticia/2013/11/se-gente-tiver-bsorteb.html

Obrigada, meu amor, por TUDO! Principalmente por compartilhar sua vida comigo, por me deixar fazer parte do seu tempo, das suas risadas, dos seus silêncios, do seu futuro…
Que as marcas roxas na pele sejam como “souvenieres” de tudo que vivemos!!! (mas pode deixar que eu carrego elas pra você! hahahaha)


"São coisas da vida"

Já tinha meio planejado como ia vir aqui dar a notícia… tinha uns dois posts em rascunhos, que só poderiam ser publicados depois de dada a notícia…
Estava ansiosa e contando os dias no calendário pra vir correndo pra cá…

Só que a vida tem dessas coisas que a gente não entende mas tem que “aceitar”…

E aí – coisas irônicas da vida – foi desse jeito amargo que eu fui (com orgulho) parar lá no Minha Mãe que Disse, um site lindo de pessoas fofas (que eu adoro e que facilita muito a vida de interessadas nos assuntos de filhos/maternidade) !

O texto você pode ler clicando AQUI
(aliás, você deve ler, pra continuar lendo e entendendo esse post aqui..rs)

Ele foi escrito no dia seguinte ao acontecimento, por isso é muito sincero e dolorido…

Quis publicar no site porque uma das minha primeiras “atitudes on line” foi correr no MMqD pra procurar outros textos sobre o assunto e me sentir “menos sozinha”, mas, curiosamente, quase não encontrei! 
O “Três loopings…” ganhou vida pra me ajudar a processar e entender o que estava sentindo, mas virou “público” pra alcançar mais gente na mesma dor, pra ajudar a essas outras pessoas e, talvez principalmente, ajudar a mim…
E parece que funcionou! Recebi comentários lindos e um carinho (de estranhas!?!) de aquecer, e muito, o coração!

Agora, uma semana depois, os sentimentos estão abrandados, a dor já está dormente e eu já estou em terra firme.

Dessa experiência ruim sei que saí com laços mais fortes, com o corpo mais preparado e, espero que com o coração mais maleável também… porque uma coisa ficou muito clara: nessa história de maternidade não tem nada de “morno”, vem tudo fervendo!!!


ps.: ontem o Lucas e eu completamos 8 anos de história!
História é assim, tem dias lindos e azuis e outros mais cinzentos… mas cada vez tenho mais certeza de que não poderia estar mais bem acompanhada nesse caminho de crescimento!
Obrigada, mi amor, pelas crises de riso e pelo colo pro choro…minhas emoções fazem muito mais sentido quando vividas com você!
Que nossos olhos brilhem juntos, pelos mais diversos motivos, por muitos e muitos anos mais!!!
Te amo!!!








"Finja que agora eu era o seu brinquedo"

Lembro como se tivesse sido ontem. 
Lembro do arrepio na espinha quando te via de longe, destacado no meio da multidão, se aproximando de mim.
Do frio na barriga que vinha quando sentia seu cheiro mais de perto.
Das festas sem sentido que eu ia só pela companhia. 
Lembro da festa Hawaiana com a nada discreta e bastante provocante brincadeira de me sujar de neon. Da colega “intrometida a cupido” que provavelmente só atrasou o processo todo. Da carona oferecida (mesmo sem espaço no carro) e aceita (pra ganhar um pouquinho mais de tempo).
Lembro da noite, véspera de feriado, de horas infinitas, de jogos infinitos, chocolates saborosos e amigos demais – na sala que já deveria ter sido só nossa.
Do ônibus antes das 6 da manhã, que chegou cedo e rápido demais. E da aflição de, pela primeira vez, me despedir de você e ver da janela o distanciamento…

Lembro do nervosismo do primeiro encontro (sim, sempre fui bobinha!). Da desculpa esfarrapada de ir ao teatro. Da ajuda amiga na “rebolada” pra conseguir chegar naquele cinema no fim do mundo.
Lembro do joguinho de aproximaçãoXdistanciamento nas cadeiras do tal cinema. De ter sido “sequestrada” pro seu carro e conhecido de fora sua casa.
Lembro dos seus amigos muito simpáticos, bastante bêbados e/ou nada discretos.

Lembro do toque no cabelo mais macio que já conheci. Dos piercings no meio do caminho. Das horas de conversa. E das horas e horas e horas do colo confortável e mega paciente. 
Lembro do cafuné carinhoso que gentil e espertamente se transformou no tão esperado Primeiro Beijo.
E me lembro do frio na barriga que veio deliciosamente congelante e das borboletas que vieram definitivamente morar no meu estômago.
Lembro de, mais uma vez, ter que me despedir cedo demais de você, mas com direito, agora, ao beijo de despedida.

Lembro tão claramente das cores e das luzes, tão intensamente dos cheiros e tão perfeitamente dos gostos que chega a ser difícil acreditar que isso tudo aconteceu há 7 anos!

7 anos de história é história pra caramba!

E como todo bom livro, é uma história que começa com as melhores páginas possíveis, pra prender o leitor logo de cara e fazer com que ele não consiga mais largar o livro, esperando sempre saber o que mais vai acontecer. Mesmo que esse livro se proponha ao “viveram felizes PARA SEMPRE” e mesmo que o interessante da história seja o caminho até esse “sempre”.

Vamos lá!


2005