Eu choro porque quero voltar a escrever ao invés de sentar a bunda e digitar. Sofro porque as ideias não fluem, mas não dou momentos de vazão pra elas.
Sofro do “tudo ou nada”. Quero ser. Não sou. Será? Fui? Serei?
É uma vida inteira de viver porque escrevo, enquanto circulo por aí tentando inventar do que viver. Morro de saudades. E, afinal, o que me impede de retornar?
Há algumas semanas li um livro que me encantou absolutamente. Romance escrito por um poeta; uma carta para a mãe analfabeta. Triste e lindo. De uma poesia narrativa que me emocionou diversas vezes. A beleza da linguagem me trouxe com força a vontade de (voltar a) narrar a vida.
Já tem um tempinho que faço aparições esporádicas nesse blog. Escrevo meio que falando sozinha (tem alguém aí?? Manda um sinal de fumaça se estiver lendo 😛 ), com uma liberdade – de assunto e número de caracteres que o instagram não comporta.
Não é de hoje o conflito de “escrevo pra ninguém, mas quero ser lida”. Tampouco é nova a pergunta “escrevo pra quê?”.
A conclusão também se repete: Escrevo pra entender a mim mesma, ao mundo e à mim mesma no mundo. Escrevo pra pensar. Escrevo pra existir.
Deve ser por isso que nas fases em que quero viver anestesiada e alienada a escrita some de mim… E também por isso que o desejo de voltar a escrever é o primeiro suspiro na volta à superfície (ou seria profundidade?)
Enquanto digito essas linhas, o som do teclado me comove, me faz sentir em casa, me dá oxigênio e me traz também uma certa tristeza pela ausência tão longa…
Me agarro em todas essas sensações prometendo a mim que desta vez o retorno será constante. Será?
“Escrevo para existir.”
É isso!! (“é isso” é o novo “eu também”, ahhahahhaha)
Amandooo entrar aqui e encontrar textos novos ❤
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Hahaha! Também conhecido por “tamo junto”
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