Pois bem, classe. Hoje vamos estudar o que faz uma mãe decidir decididamente desmamar a filha e, um pouco depois, se debulhar em lágrimas por tal decisão – para além de uma leve bipolaridade, digo…
rs
Costumo ler por aí que as mães temem desmamar por alguns motivos principais: medo de traumatizar o filho, medo de que ele fique ressentido ou que não a ame mais…
O meu choro não foi por nenhum desses motivos. Primeiro porque eu não faria (sem necessidade, médica, por exemplo) um desmame abrupto e potencialmente “traumatizante”. E, segundo, porque eu tenho plena consciência de que a amamentação é só mais uma faceta da minha relação com a Chinchila – por muito tempo, uma das mais importantes, é verdade, mas só uma, de forma que nosso amor não depende dela!
Mas decidir pelo desmame foi doído, sim… Porque é uma decisão que marca uma ruptura, uma mudança de um monte de paradigmas.
A amamentação bem estabelecida traz uma tranquilidade absurda e insubstituível no que diz respeito a alimentação, nutrição, saúde, defesas do organismo do seu filho e etc… Insubstituível!!! Além disso, é um jeito ultra prático de acalmar – mãe e bebê! – e de fazer dormir. E de matar a fome, claro. E de garantir uns bons minutos de colo, carinho e aconchego. E de chocar um pouco a sociedade (hahahaha). E de lembrar que aquele bebê depende tanto de você. E você dele. E de fazer voltar a dormir. E de tirar dor. E de liberar ocitocina (ô delícia!). E de demonstrar amor. E de receber amor. E de parar pra descansar um pouquinho no meio do dia. E de levar “lanchinho” da cria pra todo lado. E de … E de… A lista podia ser infinita, repararam? rs
Pois é… meu choro foi de luto pela perda de toda essa praticidade aí. E de saudades antecipadas que eu sei que sentirei desse tanto de coisa deliciosa. E um pouco de luto também, confesso, por essa constatação diária de que minha filha tá crescendo rápido – que delícia assustadora que é isso, minha gente?! É bom demais, mas aperta o coração, não?!
Falando em “assustadora”, chorei também de medo do desconhecido novo caminho que nos espera ali na frente!
Chega a dar frio na barriga pensar nas reconstruções que faremos juntas, Cecília e eu, quando não tiver mais nada de mamá!!! Porque é isso, né?!
Re-construir.
Re-significar.
Re-aprender.
Re-forçar.
Re-juntar. (hahaha)
Re-caminhar.
Juntas. De mãos dadas e olhos nos olhos, ainda.
Será, ainda, intenso, tenho certeza. E lindo. E gostoso. E de nós duas.
Só que é novo e é diferente e isso sempre me dá um medinho – o mesmo tipo de medinho que senti antes das minhas mudanças todas, sabem?! Mesmo com esse tanto de saudade envolvida, no final, eu sei que vai ser bom!
Entonces, sim, estamos desmamando. Lenta e tranquilamente – já sem choros, meu ou dela. Gostosamente. De alma e olhos devidamente lavados!
Volto logo pra contar! 😉
Aaaahhh!!! Mais uma coisa: me digam aí, afinal, #comofas quando filho que não mama no peito fica doente e não quer comer?? #comofas, gente?!?!?!? Como que não morre as mãe tudo de preocupação??? Ainda não descobri, não…