“E cai como uma lágrima de amor” – parte 2

Continuando a historinha

Como contei, acabei decidindo por fazer o desmame noturno pela técnica da “Remoção Gentil”. Resumidamente, ela consiste em dar o mamá todas as vezes que o bebê pedir, deixar que ele mame um pouco e, assim que notar que o ritmo da “sugada” diminuiu e o bebê relaxou, tirar delicadamente o peito de sua boca, com o bebê ainda acordado!

A ideia da técnica é desfazer a associação que o bebê tem entre o “mamar” e o ” dormir”, por isso ele mama quando quer, mas aprende que não precisa do peito pra pegar no sono.
Achei que era de fato uma maneira gentil e comecei a fazer durante a noite (diz que o momento mais importante é na primeira mamada, na hora de colocar a criança pra dormir)… Mas sei lá.. Não rolou..! Por falha minha e resistência dela, acho…

Cecília sacou de cara que eu tava de espreita, só esperando pra tirar o mamá dela e mudou vários padrões, várias coisas que estavam tranquilas como estavam, sabem?!

Primeiro vou contar como era: a primeira mamada já era meio nesse esquema, porque ela sozinha mamava o quanto precisava e depois soltava pra se acomodar na posição  que preferia e então  pegar no sono! 

E eram raras as mamadas na madrugada em que ela ficava chupeitando… Normalmente ela mamava com vontade até pegar no sono, aí ou eu tirava, ou ela mesma soltava o peito e eu já voltava pra minha cama, sempre simples e rápido, mesmo quando eram 5 ou 6 eventos desses na noite! rs

Normalmente na madrugada eu já entrava no quarto dela colocando o peito pra fora, mas nos últimos meses eu já tinha adotado o hábito de chegar e primeiro tentar só encostar nela, fazer um carinho e avisar que eu estava por lá pra que ela voltasse a dormir, e só dar o mamá quando ela pedisse. Embora na maioria das vezes ela acabasse pedindo, vez ou outra ela voltava a dormir “sozinha”!

Mas quando eu comecei a fazer a tal técnica Cecília  passou a já acordar exigindo o mamá! Trocou o chorinho e o “mamã” com que me chamava por um certeiro e decidido “MAMÁ”, assim, em letras garrafais! Tipo, “não venha me enrolar, quero meu mamá”! #Aíeucomeceiameirritar-parte1

Além disso, as mamadas passaram a ser mais longas e quando eu tentava tirar ela SEMPRE agarrava de volta com determinação! Mil vezes seguidas! #Aíeucomeceiameirritar-parte2

A criadora da técnica avisa que isso pode acontecer e ensina que devemos continuar insistindo… E talvez aí tenha sido minha primeira falha… 

Eu acabava desistindo e deixando ela mamar até soltar sozinha – geralmente já dormindo mesmo… Durante a noite eu ficava cansada, via que o sono (e as mamadas) dela estavam piores e me questionava mil vezes se era hora de estar fazendo isso, se estávamos mesmo preparadas, se era necessário e tal… E durante o dia voltava a “decidir” que era o melhor…

Óbvio que essa inconsistência não daria bons resultados, né?! rs
Isso tudo trouxe mudanças pra durante o dia també e essa foi a parte fundamental da história!

No meio desse rolo noturno eu demorei pra fazer a associação (óbvia, diga-se de passagem), mas as sonecas do dia também mudaram drasticamente! De um dia pro outro Cecília resolveu que não dormiria mais durante o dia a não ser que tivesse com meu peito na boca!

Ela sempre foi ruim pra sonecas diurnas e nesses 1 ano e 5 meses (completados hoje, aliás!! Uhu!!) tirou a grande maioria delas no meu colo! Quase sempre mamando até dormir, mas sempre soltando meu peito depois de pegar no sono.E tudo bem! 

De forma que quando virei uma grande chupeta humana, tendo meus mamilos mastigados por 16 dentinhos sonolentos e carentes de uma bebéia-meninagrande exigente e cansada #Aíeucomeceiameirritar-parte3!

Ou melhor, aí eu fiquei muito irritada!

Eu chorei de irritação! E de culpa pela irritação, of course!

Por aproximadamente 3 minutos eu pensei até em dar uma chupeta de verdade pra ela. E não desisti por convicções, mas pela preguiça que senti quando lembrei que depois teria que tirar a tal chupeta dela! Juro! rs

E foi assim que eu decidi que tinha chegado pra mim aquela hora em que a relação com a amamentação não tava mais bacana! Decidi que queria desmamar a Cecília! Decidi-decidido!
Algumas horas mais tarde, com meu piercing de peito devidamente acoplado (entenda-se: com Cecília dormindo no peito) li num grupo um post de uma mãe preocupada porque o filho doente não estava comendo e os comentários eram todos: “se ele mama, pode ficar tranquila!” E desabei em muitas lagrimas! 

Quer entender? 

Eu também! Hahaha

Mentira, continuo no próximo episódio…rs

inda’gorinha…