Já escrevi um milhão de vezes sobre o quanto a maternidade foi (e é) revolucionária pra mim, não é?!
Buscando o que eu considerava o melhor pra eles, descobri muita força em mim. Força pra questionar os lugares comuns, pra fazer escolhas e pra impor minhas decisões baseadas nelas.
Por eles, me descobri capaz de não abaixar a cabeça e concordar com o mundo simplesmente porque sim.
Já são mais de 8 anos desde que essa trajetória começou, mas a força continua me surpreendendo e acompanhando.
Acontece que mesmo depois desse tempo todo, eu sigo aqui precisando trabalhar arduamente pra transportar esse tal empoderamento pra outras partes da vida…Haja terapia e maturidade…rs
Recentemente, lendo sobre parentalidade (ou seja, buscando ferramentas pra ser uma mãe melhor para os meus filhos ), andam caindo uma fichas bem importantes sobre mim mesma. Estudando sobre infância e sobre apego vou reconhecendo em mim padrões e dificuldades que, surpresa!, tem justificativa..hahaha
Choro igual criancinha, me permito chorar o que aquela criancinha não chorou… e vou tentando me convencer de que não é só pelos meus filhos que posso ser forte. Não é só por eles ou para eles que tenho direitos, vontades e, por que não, poderes.
Eles são minha porta de entrada em mim mesma. Por eles eu arrombo portas que antes eu nem sabia que existiam ou que simplesmente me apavoravam… E uma vez lá dentro, de cara com um enorme espelho, como aqueles do Harry Potter, a maturidade me chama.
Eu, madura, choro como criancinha. Abraço essa criancinha. A compreendo. E, por ela, não fujo. Não mais. Não agora. (Talvez amanhã, mas não agora).