Hoje às 12:15 eu estava esbravejando o quanto estou cansada e não aguento mais brigar, ensinar, repetir, pedir, tirar, separar, gritar…
Tava naquele estado em que me arrependo dessa escolha maluca de ser mãe em tempo integral, em que me arrependo de ter tomado pra mim essa responsabilidade tão grande de botar (DUAS) gente(s) do bem no mundo…
Tava exausta, com vontade de deitar em posição fetal e ficar quietinha ao invés de ter que seguir tocando o dia…
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Aí às 12:22 eu tava vomitando arco-íris, não me aguentando de tanta fofura com essa cena:
E depois de novo às 12:51
Cecília morrendo de orgulho.
Dante “morrendo de diversão”.
E eu olhando de longe e pensando: que sorte eu tenho! Que bom que posso estar aqui vendo de camarote essa relação se construir e essas pessoinhas pentelhas virarem gente que sabe viver junto, sentir e expressar afetos (e tantas outras emoções), ensinar, aprender, brigar, se entender…
Que sorte a minha ter sido maluca e tomado essa decisão que no dia a dia é tão difícil!
Um sorriso deles ou um abraço deles não me fazem esquecer todo o cansaço e toda dificuldade – faço questão de frisar!
A vida anda punk e eu não acho que pequenos charminhos compensem tudo.
A escolha é muito maior, o buraco é muito mais embaixo e o “objetivo” é muito mais complexo.
O caminho é esburacado, cheio de “chorar em posição fetal”, tanto quantos arco-íris vomitados por aí… tem dias que a balança pende mais primeiro lado, em outros dias, pende pro outro…
Existem momentos de equilíbrio, nunca dias de equilíbrio.
Mas essa é minha escolha! E eu achei que tava precisando vir aqui me lembrar dela por escrito!
Por eles:
E por ela: