Já contei que sou antissocial?
Assim, sou tão, mas tão antissocial que tem até marcador aqui no blog sobre esse tema! Hahaha
Gosto de viver quieta no meu canto, tendo por perto algumas pessoas específicas pras horas que der vontade de sair do casulo e ok… Tenho necessidade de ficar sozinha!
Acontece que só muito recentemente é que caiu minha ficha de que ser mãe vai meio que na contra-mão (ou contramão? não, eu não aprendi direito as novas regras da ortografia!) desse meu estilo de vida… Percebi que ‘ficar sozinha’ não é uma opção que eu tenho mais…
E acho que é justamente por isso que meus dias tem sido mais difíceis ultimamente… É por isso que o segundo trimestre de vida da Cecília é, pra mim, muito mais desafiador do que os tão temidos 3 primeiros meses com um recém nascido foram!
Enquanto as outras mães recentes reclamavam de solidão, de falta de interagir com outros adultos e etc, eu tava aqui, na minha, felizona com a minha bichinha no colo.
Só que a minha bichinha tá virando serumana. E uma serumana bem diferente dessa que vos escreve!
Cecília é um ser social – como todo bebê, imagino, e talvez um pouquinho mais! Ela precisa de companhia o tempo todo. Ela precisa de interação o tempo todo. Ela precisa de atividades e brincadeiras relativamente variadas e interessantes.
É assim que ela aprende, é assim que ela descobre o mundo e a si mesma.
E é lindo acompanhar esse descobrimento. Me mata de orgulho vê-la observar e depois repetir, ou simplesmente descobrir sozinha e me mostrar. Sinto a responsabilidade que é ser esse exemplo e essa presença e adoro. Absolutamente.
Mas eu canso também. Canso muito. Canso o corpo e canso o cérebro. E levo à exaustão o pedacinho de mim que trabalha pesado quando interajo socialmente.
Cecília ta numa fase muito gostosa! Muito mesmo! Ela conversa, ela chama nossa presença e nosso olhar, dá os bracinhos, percebe quando vamos nos afastar, fica sentada e chama a Maní (!!!), quer ficar em pé, gargalha, se joga, faz carinho… A cada dia aprende uma coisa nova e eu babo, me delicio e registro (que é pra família que tá longe poder participar).
É a fase mais gostosa até agora, sem dúvida, mas pra mim tem sido também a mais difícil. A mais “overwhelming” (qual a palavra em português pra isso?). A que exige de mim uma adaptação que a presença de um recém nascido não exigiu – pra aquilo eu estava pronta, mas pra isso eu estou tendo que me adaptar, que respirar fundo e procurar mais força (que, com tamanha gostosura nos braços, não é difícil de encontrar, né?!), estou tendo que aprender a ser como e quem eu não era. Tendo que lidar com as tais das minhas próprias sombras, sabem?!
É difícil, mas é um exercício e tanto! Fundamental pra minha filha, mas, desconfio, melhor ainda pra mim – como mãe e como pessoa!
Especialmente porque eu sei que a demanda de atenção e sociabilização tende a “piorar” daqui pra frente – então é bom que eu encontre fôlego pra mudança agora, pra não precisar gastar tanta energia (psíquica) mais pra frente…rsrs
Mas, vai, tenho um incentivo e tanto, não é?!?
Quem é que não vai querer socializar com essa coisinha??? =)