Já escrevi outras vezes sobre as amarras que precisamos soltar nessa vida de expatriado, e sobre aquelas que continuam bem firmes e amarradas – AQUI, por exemplo.
Curiosamente, a questão da saúde é a que “mais pega” nesse sentido. Acho que por hábito e cultura, mesmo…
Penei um monte até encontrar um ginecologista aqui que correspondesse minimamente à minha expectativa de “mas eu amava tanto minha médica no Brasil..”! Tô há séculos sem consultar alguns médicos que sempre precisei com frequência, como oftalmo, porque me dá a maior fadiga ter que procurar aqui um desconhecido (aí prometo marcar pra quando for pro Brasil e, lógico, nunca dá tempo nem de pensar nisso!)
Farmácia então…nem se fale!
Sempre foi um dos meus passeios favoritos (hahahahhaha! sou meio hipocondríaca, já contei?? rs), mas aqui tem bem menos graça!
Sempre vou pro Brasil com uma listinha de coisas pra trazer e vira e mexe, peço um complemento pra alguma visita que vem…
Dá só uma olhada:
Arquivo mensal: abril 2013
"Um banho de arruda todinho cruzado"
Já tem algum tempo que venho pensando que preciso me benzer (ou tomar banho de mar, ou de sal grosso, ou qualquer outro equivalente menos religioso de tirador de zica! rs) mas hoje eu tive a comprovação master disso!
Vou narrar minha manhã e vocês me dizem se concordam ou não…rs
Tinha que ir de manhã pro abrigo dos gatinhos e resolvi ir de ônibus.
No segundo farol que o ônibus pegou, um engraçadinho vindo do outro lado resolveu passar no vermelho mas por sorte (?), com uma freada violenta, por MUITO POUCO o motorista evitou a batida! Todos assustamos, mas ninguém se machucou… seguimos em frente.
Mais 5 minutos andando, o ônibus entra numa rotatória, vem outro engraçadinho sem noção e…BUM!!! Dessa vez não deu pra evitar, bateu mesmo!!! Foi o maior susto!! Quando conseguiu se “desgrudar” do ônibus, o outro carro saiu correndo, fugindo; nosso motorista anotou a placa dele, verificou se todos estavam bem e nos garantiu que chegaríamos ao nosso destino!
O problema é que na minha frente estava sentada uma gravidona, naqueles bancos que vai de costas pro caminho, sabem?!
Dois sustos desses, seguidos, foi demais… ela começou a passar mal… tremia muito e chorava… Fomos, eu e uma outra moça, ajudar a coitada… Soubemos que ela tinha mais de 7 meses de gravidez, mas ficamos tranquilas ao ver que era só nervoso, mesmo! Chegou no meu ponto e eu desci, deixando minha água e meus lencinhos com elas…
Cheguei no abrigo, cumprimentei os gatos que moram na garagem e entrei na casa. Menos de 5 passos lá dentro e… swift!.. escorrego em uma mescla super agradável de cocô e vômito! Delícia!!
Saí de novo e fui lavar o tênis na mangueira (préstenção que esse “sair e entrar” implica em uma quase luta com milhões de gatos querendo sair pela porta!!!)
Pé “limpo”, voltei, falei com a galera e fui abrindo todas as janelas do lugar! (as noites já estão super geladas por aqui, por isso fica tudo fechado a noite, mas de dia esquenta um pouco e o cheiro do abrigo de manhã é meio irrespirável! rs) Entrei no quarto dos “aislados” pra abrir também e..tam! dei de cara com um gatinho morto!! Justo um que estava com a mãezinha e ontem parecia bem… Aliás, ontem perdemos duas gatinhas (duas!!!), já tava bom pra mesma semana, né?!
Aí foi um pouco demais pra mim e deixei escapar umas lágrimas… =/
Mas a zica ainda não tinha terminado! Ela precisava ser fechada – ou batizada – com chave de ouro amarelo!
Um pouco depois disso estou eu na pia, lavando os potes de água e sendo acompanhada por 4 gatos!
Acontece que um desses 4 é o Torneira, um gato mimado que ama uma água corrente! Ele sempre nos espera na pia e quando nos vê com potes na mão, já sabe que a alegria vai começar e vem todo pimpão!
Mas hoje ele não estava sozinho, seu território-pia foi invadido e ele estava tendo que revezar a vez na amada torneira com outros 3 – aí foi demais pra ele!!!
E como ele resolveu isso??? Fácil!
Preparar, Apontar, Fogo: shiiiiiii! maior mijada territorial, super bem direcionada…. à minha pessoa!!!!
Juro que eu lavei na mesma hora, mas vou dizer que voltei pra casa com cheiro de trem lotado no final de um dia verão 40 graus, saca?!
E, sim, voltei de ônibus! hahahahaha
Depois disso tudo, resolvi ficar bem quietinha, pra não correr muito mais risco…
Mas quase queimei a janta!
Hahaha
Preciso ou não preciso tirar a nhaca?!?
(não tô falando do fedô! já tomei banho e lavei a roupa!! hahaha)
Envelheço fora da cidade!
Hoje é aniversário do Júnior-da-Sandy. É aniversário do Zeca Baleiro.
E é aniversário da pentelha que vos escreve! Hehehe
Estamos no Deserto do Atacama, perdendo o fôlego muito mais pelas belezas do que pela altitude – juro!
O dia começou as 4h30 da manhã e ainda não terminou… Delícia de aniversário muito bem acompanhado e muito bem ambientado!!!
Estou sem computador aqui, por isso por enquanto vou ficar devendo as histórias, fotos e dicas da viagem… E devendo, especialmente, os agradecimentos a todo o carinho que recebi on line durante o dia…
Juro que na volta respondo com a dedicação merecida a cada um!
Por agora, aquele “muito obrigado” geralzão!!! rs
Beijo
"Tem um japonês trás de mim"
Conclusão do dia de hoje: sempre dá pra ser turista!
"Nunca mais eu tive paz"
Ai gentiiii…
Não é fofoca, é dado conhecido: nós andamos brigados, meio de mal e tal..
Mas ele é f@d^, né?!
Difícil ficar brava por muito tempo…
http://www.youtube.com/watch?v=1whWMptK27Q
Essa é o tipo da coisa que me faz querer MUITO dar só uma corridinha ali no Brasil e já volto!
2013, nego trabalhando com robô e comendo proteína enlatada e nada de inventarem o maldito teletransporte!
Garanto que é culpa dessa eliteclassemédiaroubandodinheirodagentenoamendoimqueservenoavião! Garanto!
Humpf!
Nalgum Lugar
Lar
Lá em Casa
Hogar
Home
Cafofo
Ninho
Não importa como você prefere chamar, não importa o idioma que você usa: você certamente conhece a sensação.
Pode ser uma presença especial, pode ser um cheirinho de bolo assando, pode ser a recepção apaixonada de um bichinho, pode ser o toque de um cobertor macio de tão velho… pode ser tudo isso junto.
E pode ser tudo isso separado!
Vida de pais separados desde sempre, sempre foi vida de múltiplos lares – a minha, no caso…rs
E a gente vai crescendo e os lares vão se multiplicando ainda mais… vem uns pedacinhos novos de lares pra você chamar de seu: o lar coletivo na faculdade, lar da melhor amiga, o lar do namorado (que depois pode virar a casa dos sogros)…
E aí você se apaixona e a vida faz seus caminhos pra que tudo dê certo.. e um dos primeiros frutos dessa paixão acertada é o lar compartilhado…
E foi assim que meu marido se tornou meu lar!
E seguindo os caminhos, minha “multiplicidade laral” (hahaha) virou internacional e nós viemos construir nossa casinha do lado de cá da Cordilheira!
E lar que é lar é aquele que dá uma aquecidinha no coração só de você pensar nele… é o lugar pra onde você quer voltar desesperadamente depois de um dia difícil… é pra onde você quer correr quando o coração dói, ou pra onde você quer ligar quando a barriga dói…
Eu tenho a sorte de ter vários! Mesmo!
O único problema dessa história toda é que lar, lar de verdade, é lugar de onde você até sai quando tem que sair, mas sempre deixando um pedacinho dolorido de você pra trás…
Né, não?!