"Metablogagem"*

Descobri, há não muito tempo o blog Adorável Psicose e nos  últimos dias passei algumas horas lendo em ordem cronológica os posts dele – já cheguei em 2010 – e me divertindo bastante.
Mas preciso confessar (aliás, esse blog deveria mudar de nome pra algo como “confissões de ex-adolescente”, porque haja confissões por aqui, hein?!) que comecei a leitura com uma pontinha de inveja/esperança/curiosidade.  Fui lá fuçar e descobrir como é que um blog tinha virado uma série de tv…


Bom, primeiro descobri que não foi exatamente como eu imaginava. Não é que uma pessoa qualquer escreveu textos de tanto sucesso que a convidaram para fazer a série; na verdade a Natalia Klein já era roteirista do Zorra Total, já estava no meio e tal… Quando começou a surgir a possibilidade de virar série o blog tinha só uns 20 posts e ainda não era tão famoso assim…
Atenção, não estou desmerecendo o sucesso de ninguém! O blog é ótimo e com o passar do tempo foi ganhando mais e mais visibilidade e fãs e leitores e etc. Tudo merecido! E quando o programa realmente saiu, aí sim, a coisa já era enorme!


Bom, meu lado egoísta, que não é muito grande, mas existe com cada vez mais força, traçou algumas reflexões e constatações…


Primeira constatação: o “ibope” do meu blog vem diminuindo….
Primeira reflexão: será que depois de receber vários elogios fiquei metida e transformei meus textos em chatos e pedantes? 


Segunda constatação: o Adorável Psicose faz sucesso, principalmente, porque a autora sabe fazer piada das suas próprias “desgraças” – principalmente amorosas – e, com bastante sinceridade, faz com que a grande maioria dos leitores se identifiquem com diversas situações e psicoses.
Segunda reflexão: minha vida amorosa é o que se considera, atualmente, a coisa mais sem graça do mundo: sou apaixonada, casada e feliz! Quem quer ler sobre isso hoje em dia??? No máximo vão me achar metida e um pouco mentirosa…rs


Além do que meus textos não são muito sobre assuntos universais. Esse blog, na verdade, é ultra auto-referente e auto-reflexivo. É mais ou menos aquilo que meu professor de Historia del Arte chamaria de “el arte moderno”(aliás, como é que eu nunca estudei isso antes??). Em outras palavras: um grande mi-mi-mi!


Conclusão: esse aqui tem mesmo é continuar com o nome que tem, porque vão continuar sendo meus “queridos curiosos e pacientes” os leitores fiéis que me acompanham e me elogiam pra levantar o ego da escritora que vos pentelha…


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Epa! Peraí! Eu tava realmente me comparando com o Adorável Psicose??? Que loucura, Gabriela!
Que otimismo!
E comparando com invejinha?
O quê? De onde veio essa vontade repentina de ser lida?
Só falta agora pedir pros amigos divulgarem seu texto na internet! Pffff!






(*ps.: título roubado, descaradamente, do blog do meu irmão)

"Faça parte da minha rede no LinkedIn"

Já recebi várias vezes esse tal convite e nunca nem pensei em aceitá-lo.
Nenhum problema de ser “amiga” dos meus amigos em mais uma rede; na verdade o problema é muito mais banal:
Eu não tenho o que colocar sobre mim na tal “rede profissional”. Não tenho!
Não que eu não tenha um currículo ou alguma experiência de trabalho pra colocar, isso eu tenho.
Eu só não tenho profissão! 


Quando se é estudante universitário você dá o seu check no quadrado do “Estudante” e acrescenta lá o curso, ou seja, você não é só estudante, você é um futuro advogado, professor ou médico.


Mas eu não, eu sou só estudante. E apesar de estar de saco cheio de ser estudante, não faço a menor idéia do que vou ser depois disso.


Pensei em fazer uma experiência e criar um perfil no Linkedln com toda essa minha sinceridade: “estou na terceira faculdade; já fui “Atriz”, quase Terapeuta Ocupacional, Técnica de Som, Montadora, Editora, Diretora de Arte… mas não sei pra que vai me servir tudo isso. Um abraço apertado, Gabriela””


Conheço várias pessoas que já receberam propostas de emprego por causa do perfil neste site, e por isso conclui que o meu seria perigoso.
Já até vejo os emails com propostas mágicas, vantajosas e super tentadoras pra ser revendedora Herbalife (“uma filosofia de vida!”), striper on line (“ganhe muito sem sair de casa!”) ou assistente em uma editora de livros de auto-ajuda (“você entende as necessidades de nossos leitores”)!


Nhã!


Por enquanto continuo sem fazer parte da rede de ninguém mesmo!