Lar

Acho curioso como algumas coisas simplesmente não nos abondonam…

A escrita é assim pra mim.. às vezes quem a abandona sou eu. Às vezes parece que nunca mais vou sentar e escrever um texto, que desaprendi, perdi o gosto… mas acontece que escrever é, pra mim, uma necessidade. Então ela sempre (me) volta. Quando me dou conta, estou andando por aí narrando a vida dentro da minha cabeça. Explicando a realidade pra mim mesma com palavras que pedem pra serem escritas.

Agora em abril deveria acontecer a renovação do plano de assinatura desse blog e eu me perguntei porque mesmo mantenho isso daqui ativo.. Se fosse pelo simples apego às histórias registradas por tanto tempo, eu poderia apenas salvar os escritos, quem sabe até formatar, imprimir, como tantas vezes pensei em fazer.

Mas acabo de entender que preciso dessas portas aqui abertas. Preciso do botão “novo post” disponível. Preciso poder voltar e desaguar quando internamente as tempestades de verão ou as garoas gentis estiverem pedindo vazão…

Voltar pra casa. Voltar pra dentro. Voltar pro meu lugar no mundo: as palavras.

E depois sair outra vez. E voltar. E sair. E voltar. Quantas vezes forem necessárias.