A família do Lucas tem o costume de fazer, durante o mês de dezembro o advento e esse ano estamos conseguindo revezar e fazer cada fim de semana na casa de um.
Pro advento cada família serve uma comida gostosa e prepara alguma leitura sobre o natal – além da leitura do texto base do advento (que eu não vou tentar explicar porque não é minha área…rs)
Hoje foi nossa vez! Lucas passou hooooras na cozinha: recrutou tia Lu e tio Thiago pra ajudarem com a Cecília e pôs a mão na massa! Fez três risotos deliciosos e dois bolos delícias!
Eu, que passei o dia todo fora, era responsável por cuidar do texto, então acabei escrevendo, meio no improviso, esse textinho aqui:
“Cecília,
Você não vai demorar pra notar que sua mãe é meio rabugenta… E essa “rabugice” durante muitos anos foi responsável por uma certa birra com as festas de fim de ano: muita gente nas ruas, obrigações sociais, comidas com frescuras que eu nunca gostei, enfim…
Mas depois de você, filha, muita coisa mudou em mim…
Não só o paladar, que está cada dia mais aberto à novidades, mas abertura também pra ressignificar um montão de outras coisas. E entre elas sem dúvida está o natal!
Agora eu vejo que o natal é época de comer coisas muito gostosas e especiais. Que natal é momento de olhar pro ano que passou e sentir gratidão por todas as coisas ótimas que vivemos.
Natal é época de ver toda semana a família do Nono e da Oma numa reunião gostosa que saboreamos sempre com um ” BOM-A-PE-TI-TÊ”!
É época de rir até doer a barriga com as loucuras atrapalhadas do Amigo Secreto da família da vovó Nanci.
Natal é tempo de escutar mil vezes as mesmas músicas tradicionais de sempre e reviver um monte de memórias com elas.
É tempo de olhar com muito carinho pras pessoas à nossa volta e de procurar presentes pra elas – mesmo que sejam simples – que possam transmitir todo esse bem querer.
O natal tem muitas histórias e significados e você será livre pra escolher em qual quer acreditar.
Mas se eu for escolher uma coisa só pra te ensinar sobre o natal, te digo:
Natal é tem de abraços!
Muitos. E os mais variados.
Abraços vistos na tv; abraços de gente que nem conhecemos tão bem assim; abraços de amigos; abraços tão apertados quanto a saudade; abraços que nos alimentam tanto quanto a ceia; abraços que acompanham presentes e outros que acompanham beijos…
Abraços de carinho e abraços de muito amor.
Aproveite, filha! Dê e receba muitos abraços de natal!
Afeto não vem embrulhado pra presente, mas deixa a vida bem mais bonita do que um monte de laços e fitas…!”