"Pra começar…"

Já comecei a contar nesse post aqui da minha busca pelo parto normal e da coisa assustadora em que se transformou a “situação obstétrica” no Brasil – e no Chile também, diga-se de passagem.

Pois bem, eu obviamente ainda estou mergulhada nesse assunto e por isso vou continuar o blablabla! hehehe

Como eu disse , o principal caminho para poder ter meu parto normal é me munir de informação, muita informação! 
Explico: não basta querer ter um parto normal, é importante entender como ele acontece, por quais etapas ele está composto, quais são os sinais de seu início, quais sintomas são ou não normais de se sentir durante ele, quais procedimentos são ou não necessários, os tempos, as sensações, os medos que podem vir, as possibilidades de analgesia…. enfim, se apropriar e entender que lhufas é isso de parto normal pra tentar desmistificar tudo que está tão incrustado na gente por histórias de famílias/amigos, filmes, novelas, etc; pra tentar deixar menos desconhecido esse momento tão importante e tentar sentir menos medo na hora H – até porque, quanto mais relaxada estiver a mulher, melhor vão fluir os hormônios necessários e melhor será o parto! E, acreditem, mesmo com esse caminhão de informações, acho difícil não sentir medo…rs Mas o importante é que esse medo seja saudável, seja “superável” e não “paralizador”!





Mais além disso, é importante também se entupir de informação pra entender que o parto pode – e deve – ser da mãe e do bebê, e não do médico! E pra não ter o seu parto “roubado” (a existência dessa expressão, aliás, me dá até frio na espinha!!) a mãe tem sim que saber de cor todas as desculpas que os obstetras vivem dando por aí pra convencer as mulheres de que a cesárea é a melhor opção! E isso você aprende lendo as histórias, os relatos, os grupos de discussão, os blogs, etc.. Você aprende se inconformando com o montão de absurdos que saem por aí e também se surpreendendo ao saber – através de profissionais confiáveis e evidências científicas provadas – que algumas coisas que você sempre escutou e achava que faziam sentido, não são verdades!

E aqui cabe um parênteses bastante importante: nesse caminho de aprender “de quais desculpas fugir” é muito importante estar aberta pra aprender também quais sintomas não podem ser ignorados! Aprender o que pode tornar uma gravidez tranquila em uma gravidez de risco e quais são as reais indicações de uma cirurgia cesariana pode ser a diferença entre a vida e a morte e entre uma cesárea com ou sem “sentimento de culpa”!
Porque eu fico aqui no blablabla de como eu acho parto normal muito melhor, mas eu não sou radical em nada, não! Eu sei que a cesárea pode ser necessária (em média em 15% dos partos, segundo a OMS) e totalmente capaz de salvar vidas!!! Por isso considero importante saber fugir de uma “desne-cesárea” tanto quanto saber reconhecer quando ela é fundamental! E aí, mais uma vez, a chave está na informação!

Um dos melhores links sobre esse assunto é esse post do blog “Estuda, Melania, estuda!”
Tem listadinho os pontos mais importantes desses dois lados da moeda! 😉


Tuuuudo isso (rs) pra dizer que comecei essa jornada de gestação-parto sabendo que preferiria ter um parto normal, mas sem ter muitas justificativas para esse querer… e no caminho não só fui descobrindo em mim as tais razões, quanto incorporando um monte de outros motivos pra seguir nessa “luta”!
Mas como acabei falando um pouco demais (rs) na introdução vou deixar meu trajeto e minha lista pra amanhã, ok?! hehehe

7 pensamentos sobre “"Pra começar…"

  1. Gabi, querida, quando li seu texto no mmqd e depois encontrei seu blog parece que a luz chegou aqui. Talvez eu nunca saiba explicar de como suas palavras me fizeram um bem que só.
    Foi tão bom saber que a dor há de passar!
    Obrigada, obrigada!
    Nunca deixe de escrever!
    um beijo

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