(Eu sei que eu já passei por aqui hoje, mas um dia de múltiplas ocasiões especiais, pede múltiplos post, sorry…)
Hoje completamos 1 ano e 6 meses de Chile. Um ano e meio. Dieciocho meses!
E eu poderia vir repetir os agradecimentos merecidos e as aprendizagens obtidas nesse tempo por aqui, mas tava assistindo a cerimônia de encerramento das Olimpiadas e me caiu uma ficha muito importante, que divido com vocês agora.
Uma das coisas mais importante que o Chile me ensinou foi a amar meu país.
Pela saudades que eu sinto dele quando estou aqui, pelo amor que os próprios chilenos têm pelo Brasil e pelo espírito de patriotismo que contamina os ares do lado de cá da Cordilheira.
E nos 8 minutos em que o Brasil esteve representado no meio do Parque Olímpico de Londres eu me emocionei. Meus olhos encheram de lágrimas e eu chorei! (E olha que eu nem conheço o Rio pessoalmente!rs)
Enquanto um monte de gente reclamava na internet por causa dos “clichês” de samba, índio e praia (ou outros reclamando porque as passistas usavam muita roupa, ou porque lá fora ninguém conhece a Marisa Monte, ou por qualquer outro motivo (im)pensável – ô povinho que gosta de reclamar!) eu me emocionei. Senti saudades “de casa”. Senti orgulho do samba do gari. Achei nossa bandeira e nosso hino os mais bonitos da apresentação. Achei um charme o calçadão carioca em plena Londres. Cantei as músicas junto com eles. E fiquei imaginando a emoção dos que estavam lá pessoalmente!
Porque se essa é a imagem que as pessoas no resto do mundo têm do Brasil, de algum lugar ela saiu. E por mais que muitos nunca cheguem a admitir, está aí nossa identidade.
E olha que é muito difícil falar de identidade num país como o nosso, não?!
É muita gente, é muita terra, é muita cultura, é muita mistura!
É um “Virado à Paulista” em que se mistura o feijão carioca, com o arroz mineiro, a batata paulista, o ovo…um Virado à Brasileira delicioso!
E em alguma coisa essa mistura dá!
Alguma coisa que a gente (brasileiro comum) despreza, mas que o mundo admira e inveja!
Quando chegar a hora das Olimpíadas no Rio, muito brasileiro vai continuar reclamando, destacando os defeitos e problemas, se rebelando na internet com a bunda no sofá (aaahh, esse jeitinho brasileiro de ser). Mas em um ano e meio de Chile eu já conheci um monte de gente que amaria estar no Rio nessa ocasião! Não porque é pertinho, mas porque é calor, porque o sol é forte, porque o mar é gostoso, porque o verde é vivo, porque as pessoas são receptivas, porque a música é boa, as mulheres são bonitas, a bebida corre solta e a felicidade é quase respirável!
E, acreditem, não é a saudade falando. É o respeito e a admiração – coisas que, confesso, só aprendi a ter de verdade pelo meu país depois que sai dele…
Sabe aquela história de “Brasil: ame-o ou deixe-o”?
Pois é, pela experiência que eu vivi, que outros expatriados que conheço viveram e pelo que acompanho quase diariamente nos estrangeiros que conheço, diria que essa frase está um pouco errada…
Brasil, deixo-o e ame-o!
Não que não dê pra amar aí de dentro, mas estando fora (e, claro, claro…não vivendo os problemas tanto na pele), longe dessa visão preconceituosa que, culturalmente temos da nossa pátria, fica muito fácil!
Queria que mais brasileiros pudessem ver o Brasil com esses olhos…talvez assim tivessem mais vontade de lutar por ele…
Arquivo diário: 12 de agosto de 2012
"Por tanto amor"
Mais ou menos desde que me conheço por gente eu tenho dois pais: Um de sangue e um de alma – os dois de coração!
Os dois são meus pais e eu pareço com os dois. E eles são tão diferentes entre eles que talvez isso explique minhas multiplas personalidades… hahahaha
Você que tem um pai só, deve estar aí se perguntando como é isso de ter dois…
Pois, lhes conto, é uma mistura de muitas vantagens com algumas desvantagens (rs), mais apoio, mais amor, mais segurança, mais mimo, mais chamego, mais briga, mais ciúme, mais “coitado do seu namorado”, mais “você tá louca, que tatuagem enorme é essa???”, mais “hora de ir dormir”, mais “você é muito nova pra isso”, mais “tenho muito orgulho de você”, mais “eu confio em você”, mais “e aí, já tá grávida??” misturado com “ainda não tô preparado pra ser avô”, mais “nossa, como você tá linda”, mais “meia noite em casa!”, mais “fica mais um pouco aqui comigo”, mais referências pra vida, mais expectativas pra tentar realizar, mais skype, mais ajuda de mão dupla, mais paciência, mais impaciência, mais irmãos, muito mais família, mais risadas, mais carona, mais sorvete, mais conversa, mais amor, mais coração, mais amor, mais amor…
Eu tenho os olhos de um e as manias de outro, eu tenho as referências musicais dos dois, eu tenho o colorido dos dois (literal e figurativamente), eu tenho os dois comigo sempre e tenho a maior sorte do mundo!!!
Esse ano, longe dos dois, escrevo um texto só, em que agradeço aos dois, em que amo os dois. Pra dizer o quanto cada um é, e sempre foi, muito importante na minha vida. Cada um do seu jeito, cada um no seu pedaço de mim, fazendo uma Gabi melhor, fazendo o mundo melhor pelo simples fato de existirem e toparem ser pais…
Tenho que agradecer aos dois pelos pais que são pra mim e pros meus irmãos e agradecer à vida, por tê-los me dado de presente!
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A foto é velha, porém bastante ilustrativa! rs
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Feliz dia dos pais, meus queridos!!! Hoje em todos os outros dias!
Sintam meu abraços bem forte e meu beijo estalado!
Amo vocês!!!
E aos outros papais que passarem por aqui: Feliz Dia dos Pais pra vocês também!!!
Parabéns por essa função tão linda, trabalhosa e nobre!!