“Lloraaannndoooo”

Semana passada foi uma semana de muito chororô por aqui! MUITO!
Cecília chorou tanto que, no mínimo umas 3 vezes, eu tive vontade de sentar e chorar junto com ela! (choro de filho é tipo uma “coceira no cérebro” e dá um incômodo danado não conseguir fazer parar!!)

Ela esteve doentinha, está com mais 2 molares nascendo, tínhamos visita em casa… mas eu sabia que era mais do que uma reação a essas coisas! Só não sabia o que era…rs

Muito se lê sobre as birras dos 2 anos de idade – conhecidos como “terrible two” – e os choros que as acompanham, mas penso que a Cecília não pode já estar passando por isso…

Se a criança de 2 anos chora porque quer que tudo seja do jeito dela, usando e abusando de sua nova autonomia e capacidade de ter desejos e tomar decisões, talvez minha filha, do alto dos seus 15 meses, chore pelo caminho a essa autonomia.

Algumas vezes eu percebia claramente o choro de frustração, de Bébeia contrariada querendo MUITO fazer algo que não deixamos. Mas outras vezes era um choro que me parecia sem motivo aparente, porém muito intenso e sofrido – por isso agora tento me debruçar sobre ele.

Acho que ela chorava por não conseguir expressar alguns desejos e quereres (imagina que angústia isso?!).. às vezes, acho que por não ter claro o que desejava… Ou por não conseguir lidar bem com a ansiedade e a intensidade de tanta novidade, tanta vontade, tanto querer (e muito não poder).

Não sei… mas sei que não gosto de vê-la assim!

Respirar e acolher o choro que não entendemos é um exercício difícil!
Confesso que muitas vezes me pegava perguntando mil vezes o motivo do chororô a uma Cecília inconsolável…ficando sem resposta (óbvio, né?!) eu acabava me irritando (coça o cérebro, lembram?) e correndo o risco, inclusive, de não dar mais bola pras lágrimas – coisa que eu não quero que aconteça por aqui!

O que eu gostaria de aprender – e não errar mais! – é que nem sempre terei a solução concreta pras angústias da minha filha e que nesses momentos, o que posso fazer por ela é oferecer uma distração, um outro olhar sobre o problema, um abraço reconfortante…
Minha mãe, aliás, é expert nisso tudo, tenho uma boa professora pra me inspirar! =)

Agora parece que o choro diminuiu e minha Chinchila de sempre está de volta…ufa!
(Acho que passamos pelo “Salto de Desenvolvimento” mais intenso até agora – e além de tirar essa lição aí de cima, reforcei mais uma vez a lição mais importante da maternidade: tudo passa!!!)