Uma noite dessas eu disse pro Lucas: “tô me sentindo uma velha! Gases, refluxo, milhões de xixis, sono infinito, intercalado só por comida…” e ele respondeu: “uma velha ou um bebê, né?!” hehehe
Fiquei pensando nisso…
Muito se fala nas similaridades de nossos corpos no começo e no final de nossas vidas, de como acabamos voltando às “origens” no que tange nosso funcionamento fisiológico, que se torna “evento principal” enquanto o lado cognitivo tem pouco espaço na briga…
Pois bem, me ocorreu que na gravidez a gente passa um pouco por isso também: parece que falta sangue no cérebro (a famosa “burrice gravídica”! hahaha) e nosso corpo meio que vira um monstrinho exigente que tem que ter todas as necessidades atendidas na hora exata em que elas aparecem!
No mínimo curioso pensar que, no fundo, a gravidez é mesmo um começo e um final de vida ao mesmo tempo.
Porque enquanto no nosso “forno” tem um serzinho novo sendo fabricado quase do zero, se preparando para o mundo e para a vida, dentro de nós também há uma mãe sendo gestada, uma mãe que ocupará o lugar dessa outro “eu” que éramos até então, ou melhor, que somos até o momento em que nos reconhecemos novas na nova vida que recém saída de nós!