“Então vem, vamos passear”

Há sei lá quanto tempo atrás prometi que viria contar a história do “estou dirigindo em São Paulo”. Pois bem, sentem-se que lá vem a história:

 

Entonces: mudei pra cá já com medo, óbvio! Tinha medo de travar toda minha evolução volantística  e ficar “presa” em casa, mas tinha mais medo ainda de dirigir! Credo!

Mas eu sabia que não ia ter escapatória…

A primeira coisa que escolhemos ao chegar foi a escola da Cecília (caso de amor à primeira vista… ❤ ), depois triangulamos  com o trabalho do Lucas para decidir onde procurar casa. Acabamos num apê há uns dois quilômetros da escola – distância que eu faria a pé na boa duas vezes por dia, não fossem as calçadas horríveis dessa cidade (impossíveis de se percorrer de carrinho) e as duas crias penduradas junto…

(Ah! Antes de mudarmos pra nossa casa atual passamos 3 semanas num apartamento alugado pelo Airbnb que estava 2 quarteirões e meio da escola, íamos andando, Dante no carrinho, e a vida era linda! hahahaha)

Se me lembro bem, coincidiu a chegada do nosso carro (escolhido a dedo com o Lucas considerando todas minhas neuras, medos, necessidades e possibilidades $) com a mudança pra nossa casa, o que significava que havia chegado o momento de eu começar a dirigir em São Paulo, pra levar e buscar Cecília na escola.

No domingo anterior ao fatídico dia, fomos – família completa –  de manhã pra lá comigo dirigindo, pra praticar. Foi tudo ok, mas eu tava nervosíssima. Durante todo o resto do domingo eu quase não conseguia desligar minha cabeça do fato de que no dia seguinte eu dirigiria sozinha, no trânsito semanal normal SãoPaulal e aquilo foi virando uma quase crise de pânico. A noite me encontrou oscilando entre dor de barriga, vontade de vomitar e um infinito engolir do choro que mil vezes quase explodia! Mandei uma mensagem no grupo da família (mãe, Lalo e Guto) contando do meu desespero (físico e emocional! ) por causa da tarefa que viria, esperando uma resposta apaziguadora do tipo “pra que botar pressão, Gabi? Se não tá pronta, não vai”…rs

Mas ao invés disso recebi da minha mãe a proposta de me acompanhar na tarefa. Aceitei de cara e não dá nem pra descrever o alívio que senti! Consegui até dormir aquela noite! hehehe

Minha santa mamãe super se deslocou do seu caminho e rotina e veio parar aqui na hora do almoço, só pra sentar do meu lado e percorrer aqueles quase 2 km! E como “quem tem mãe não tem medo” (mentira, eu tava morrendo de medo ainda!! rsrs), eu fui! Dirigi! Cheguei! E depois no final da tarde fui de novo, agora sozinha! E assim entrei na rotina de ir e voltar, duas vezes por dia, dirigindo da minha casa pra escola.

Muuuuito aos pouquinhos fui estou, ainda, na verdade, ampliando minha “zona de conforto volantístico”. Ainda é uma zona pequena, mas agora já consigo acreditar que ela é ampliável! rs

Semana passada tive uma boa prova disso: santa mamãe entrou em ação de novo e veio aqui “me buscar” pra me acompanhar na aventura de ir dirigindo até a casa dela! rs
Tinha muito medo de ir pra lá, ela mora longe (caminho deserto, lobo mau e tal….), e pra chegar lá preciso pegar marginal Pinheiros, Castello Branco, serra, enfim… E quinta feira passada, com mãe do lado e crias atrás (e torcida de marido, pai e irmão! rs) EU FUI DIRIGINDO ATE ALDEIA!!!

Foi tudo tranquilo pelo caminho – tudo menos eu! hahaha

Mas mesmo tensa, eu senti que venci uma barreira enorme! Fiquei muito orgulhosa de mim!!!

Falta criar coragem de ir sem co-piloto agora. E de expandir mais e mais meus horizontes automobilísticos…

Acho, aliás, que essa expansão vai ser essencial nessa coisa de se adaptar a São Paulo e tal… vai facilitar, por exemplo, uns encontros com queridos que até agora não conseguiram acontecer… Tomara!!!

Torçam aí também! Me convidem! hahaha