"É a vida"

Ontem acordamos com a notícia de que o marido da Carmen, uma senhora que trabalha com o Lucas, tinha morrido.
Ele estava muito doente há uns 8 anos já, mas na última semana uma pequena gripe levou seu problema no pulmão a um estado terminal e em menos de 5 dias ele se foi…
Eu não conhecia a Carmen e menos ainda seu marido, mas fiquei mal com a notícia. Definitivamente eu não sei lidar com a morte, com a perda de pessoas amadas e morro de medo só de pensar (ou saber) que isso faz parte da vida de todo mundo – ir e, pior, ficar.

O Lucas passou um bom tempo da manhã de sábado avisando todo mundo no banco, passando o endereço da igreja onde seria o velório e tal, e depois saímos pra fazer nossas coisas.
Ir buscar a carta de motorista do Lucas, comprar uma bolsa nova pra mim (à prova de roubos e sem traumas..rs), encontrar o melhor caminho de carro até minha faculdade, ir dirigindo até lá pra praticar e etc. 
Por volta de umas 15h30 passamos em uma floricultura e fomos ao velório. Conheci várias das pessoas que trabalham no banco, conhecemos os filhos da Carmen, conversamos amenidades, abraçamos os familiares…
Ficamos algumas horas na igreja e eu me arrepiava e meus olhos enchiam de lágrima cada vez que a Carmen falava de como estava, da incapacidade de dormir, do medo de voltar pra casa, de entrar no quarto do casal, do estado de inanição em que ela se sentia… Não faria sentido algum pras pessoas ao meu redor, por isso segurei muitas vezes o choro que quase veio. 
Choro pela empatia com aquela nova viúva, choro pela lembrança dos que já perdi e choro de medo!
(Não tenho medo de morrer, de verdade. Mas morro de medo da morte dos meus!)

Depois dessas horas na igreja reunimos um pequeno grupo e resolvemos fazer alguma coisa. 
Primeiro fomos jogar sinuca. Depois, já que estávamos ali mesmo, jogamos uma hora de boliche. Em seguida, brincamos em várias máquinas do playland do shopping, máquina de dança, basquete, matar castores, pular, escolher nossa recompensa… 
Por volta de onze da noite nos animamos pra ir dançar! Algumas ligações feitas e decidimos por um bar colombiano em que poderíamos comer comidas típicas e dançar uma boa música latina, onde resistimos bravamente até o dj resolver entrar nas músicas eletrônicas chatas de sempre. E ufa!
Foi um final de dia super eclético, diferente e divertido! Ótimos lugares, ótimas companhias, ótimas comidas…

Mas não pude não pensar de onde raios veio todo esse pique…
Tínhamos acordado cedo com a ligação sobre o marido da Carmen e não dormimos mais…mesmo assim emendamos um programa ao outro, nos divertindo de verdade.

Eu diria que esse é um jeito saudável de lidar com a morte: celebrar a vida!

Acho que todos ficam impactados com notícias assim, mesmo que não seja alguém próximo a você, porque nos faz ter que lidar com a noção da finitude da vida. E faz bastante sentido que, frente à finitude dela, resolvamos sair e aproveitar o que temos de vida nossa e o que temos de companhias.

Talvez a gente devesse celebrar a vida com mais freqüência, sem precisar desses chacoalhões nos assustando, mas sei lá, no dia a dia é mais agradável esquecer dessa necessidade (especialmente por causa do lembrete que ela traz) e seguir na normalidade….

No final das contas, talvez um pouco do susto e da graça esteja justamente na não permanência dessa sensação…


"Apanhar a bola-la, estender a pata-ta"

Ontem foi quinta feira, mas aqui em casa contou como sábado.
E como num bom sábado… nem a Maní escapou! hehehe
Acompanhem a evolução do processo:


Antes:





Durante:





Depois:





Ela está com essas caras fofas na foto, mas não estava feliz com a situação, não, viu?!
Nós até brigamos na hora de cortar os pelos que ficam entrando no olho e colocar o tic-tac … E olha que pra gente brigar, o assunto tem que sério! rs
(eu ganhei a briga. Se você olhar bem vai encontrar os tic-tacs na franja…hahaha)


Aposto que em momentos como esse ela fica desejando ser gata, me dar uma unhada e ir dormir segura em um lugar bem inacessível!
Pena (pra ela, bom pra mim) que ela é um cãozinho lindo que até consegue ser mal educada um pouco, mas que logo vem me dar beijo e trazer brinquedos!


Confesso que talvez esse seja um bom aprendizado pra mim, eterna dona de gatos… com algumas pessoas vale a pena não ser arisca, saber perdoar rápido e fácil e valorizar o carinho e o amor acima de tudo!
Maní, anotei a lição, amanhã você faz chamada oral, ok?!
rs




Beijos ronronentos e lambidas melequentas pra todos! =)




Ps.:Título de: “Um dia de cão”- Os Saltimbancos – Chico Buarque e Sergio Bardotti

"Românticos são limpos e pirados"

Alguém no twitter postou esse vídeo hoje:





Apesar do pânico e da vontade de desligar várias vezes por causa da voz e do jeito bizarro da mulher falar (hahaha, eu sei, sou má…), achei o texto bonitinho e concordei com várias partes dele… Mas fiquei pensando…
Tolinha! Tá colocando na balança, comparando e escolhendo de forma excludente paixão X amor porque não sabe a delícia que é ter os dois juntos!!


Há pouco tempo reparei que virei uma romântica, não sei bem como ou quando… mas agora vídeos de pedidos de casamento fofos me fazem chorar, histórias de amor da vida real me emocionam e histórias de separações próximas a mim rompem um pouquinho meu coração também! 
Vou então abusar dessa nova característica:


Na rotina do dia a dia fica difícil lembrar com frequência da sorte que se tem por todos os dias acordar do lado do seu grande amor; mas sentir friozinho na barriga todo fim de dia quando ouve a chave na fechadura – depois de 6 meses de casados e 6 anos de namoro – aaaahhh…. isso é impagável!!!


Ter a tranquilidade e a certeza do amor te fortalecendo, dando ganas e vontade de viver mais e mais pra poder experimentar tudo que é tipo de experiência juntos, mesmo as mais rotineiras… Isso foi o amor que eu descobri, que construi com meu querido e que não troco por nada!


Mas sentir o coração acelerar com bobeiras como atender um número desconhecido no celular e ouvir o “alô” dele…aaahhh isso é paixão pura e deliciosa!


A moça do vídeo diz que não quer alguém que lhe tire o chão, mas alguém com quem compartilhar o chão…bom, ela não sabe o que está perdendo da experiência de perder juntos o chão e construir seu piso particular no lugar que bem entender!




Eu era cética e não acreditava nesse papo dos românticos, tinha medo de me iludir demais e quebrar a cara, então evitava a entrega. Mas aprendi – depois de alguns anos, sofrimentos, análise, brigas, conversas, reconciliações, etc – que amor e paixão existem sim e podem caminhar juntos! Não idealizados como nos filmes ou nas novelas; não a receita pronta até o “viveram felizes para sempre”. Bom mesmo é tudo que vem depois dessa parte, as partes fáceis e divertidas e as mais trabalhosas também. Aprendi que “construção” é a palavra chave, e que quatro mãos trabalham melhor que duas!






Agora chega de romantismo virtual que eu vou ali namorar meu marido!!!