“Valeu a pena”

Já escrevi muito sobre dificuldades e aprendizados da vida de expatriados, mas estou aqui, 1:13 da madrugada (quando obviamente devia aproveitar os filhos capotados pra descansar também) porque acaba de me cair uma ficha importante e eu não podia deixar de registrar.

Meu maior aprendizado nesses anos todos se resume nessas letrinhas aqui:
FAMÍLIA 
Longe dos meus de sangue aprendi muitíssimo sobre a força do amor que tenho por eles e sobre o tantão deles que tenho em mim. 

Depois que tive meus filhos, aprendi a sentir a falta desses aí de cima de um jeito diferente, uma coisa de uma presente ausência, uma presença ausente, difícil por em palavras…
Mas eu aprendi também que família a gente não só “já nasce com”, a gente pode escolher e formar novas famílias no meio do caminho. E que essas novas famílias tem a mesma força e o mesmo vínculo tão importante que a primeira!

“Pra criar filhos, é necessário uma vila”, diz o provérbio. E se dessa vila se fizer uma família, que sorte a sua, acrescento!

E que sorte a nossa!

Que baita sorte a gente tem!

Que família linda a gente tem!!!
Queridos: um milhão de vezes obrigada!

Obrigada por terem nos acolhido, por serem nossa vila, os tios, tias e primos TÃO QUERIDOS dos nossos pequenos. Por abrirem sempre as portas e os corações pra gente. Por nos ensinarem tanto sobre filhos, sobre família, sobre amor, sobre humor, sobre a vida!
Obrigada por serem a parte mais especial e mais histórica que encontramos nesse velho continente! 

Saibam que cada um deixou marcas importantes em nossas almas e estarão todos pra sempre conosco!!!

E que estou aqui escrevendo de coração partido, mas absolutamente repleto de amor! Graças a vocês!

Obrigada, obrigada, obrigada!!!

“Barulhinho Bom”

Quero colocar esse som num mp3, pra dar o play sempre que meus pensamentos forem mais barulho do que clareza. 
Colocar esse som numa caixinha pra eu poder abrir e espiar sempre que estiver com dificuldade pra enxergar as belezas da vida. 
Coloca-lo num spray pra eu dar uma bela respirada nele quando meu peito estiver muito pesado. 
Quero esse som num comprimido, pros momentos em que a vida parecer não ter lá muito remédio.
Quero que esse som me acompanhe, dentro de mim, se confundindo com as batidas do meu coração. 
Que é pra me lembrar todo o tempo da melhor coisa que já fiz na minha vida! ❤️

(ps.: o post de 10 meses do Dante virá um pouquinho atrasado pq ontem o dia foi mais meu do que dele – completei 31 aninhos! 😉)

“Together we’ll survive”

De vez em quando me bate uma saudade brutal de vir aqui escrever amenidades, de vir contar meus planos, escrever meu diário, dividir com vocês meu fim de semana, nossas, conquistas, etc.

Só que do jeito que a vida está, tem faltando tempo pra isso aqui, infelizmente… Às vezes, aliás, me sinto bem incompetente de não conseguir direito dar conta do blog “só porque agora tenho dois filhos”… tanta gente por aí tão cheio de filho e dando conta de tanto mais coisas do que eu, parece…rs

Mas a verdade é que essa coisa do “agora tenho dois filhos” mexeu comigo de uma maneira muito intensa. Me desestabilizou de um jeito que eu não esperava. E o trabalho de botar tudo de volta no (novo!)  lugar está sendo árduo e longo. Sigo nele, claro!

 

Já contei um pouco aqui das dificuldades dos últimos meses e outra hora venho contar mais… Porque pode não parecer por esse começo melodramático de post (rs), mas hoje o texto é pra falar de leveza e encontros!

Lucas acabou de passar duas semanas do outro lado do mundo, lá na China! Duas semanas em que morremos de saudades do papai e em que eu fiquei sozinha com as crias por aqui!

E, não vou mentir, eu estava bem assustada com essa perspectiva! Com medo do cansaço,  claro, mas mais do que tudo com medo da intensidade desses dias que seriam 24h intermináveis emendando em outras 24, depois outras 24, sem nenhum respiro, sem nenhuma mão extra… Tava com muito medo de pirar (mais ou de novo? rs), de perder o estoque de paciência logo nos primeiros dias e tudo virar de cara uma grande merda, enfim…

Mas agora que sobrevivi a esses 13 dias infinitos deu vontade de vir aqui contar que foi bem menos difícil do que eu tinha imaginado – tudo nessa vida é uma questão de perspectiva, né?! hehehe)

Foi cansativo pra caramba! Foi intenso demais!

Tivemos crises alérgicas com amigos precisando correr na farmácia pra mim as 11 da noite. Tivemos (ainda temos, no caso) bebê doente passando algumas noites praticamente em claro. Tivemos brigas e muito choro. Mas tivemos também amigos acolhedores – obrigada!! E tivemos uns momentos lindos de calmarias entre nós 4 (Maní incluída!). Uma coisa de eu de repente olhar em volta e perceber uma paz no ambiente, com cada filho “lendo” um livro num canto, ou brincando na sua – às vezes até juntos mesmo! ❤ E de muitas vezes encontrar a paz estando simplesmente junto deles três! ❤ ❤

 

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Nesses dias teve um Dante, diretamente do seu posto de rei da fofura, conquistando novos feitos, me mostrando como está crescendo, saindo de um hiper salto de desenvolvimento mais maduro, mais capaz e, como pode?!, mais fofo!! rs

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Teve uma Cecília sentindo muito a falta do pai, muito carente de colo de mãe. E que também deu um salto incrível nos últimos dias! Uma coisa linda de conseguir nomear sentimentos, de conseguir pedir colo ao invés de jogar qualquer coisa no chão (sim..teve muito disso tb..rs), de pedir seu lugar de “bebê da mamãe” enquanto estava também toda trabalhada em ser companheira, me ajudar muito, cuidar do irmão…tão crescida! Tão figura! Tão gostosa!

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No final do sábado, enquanto Lucas já estava no avião chegando por aqui, saí com os dois pra tomar um lanche e fiquei admirando o que tinham sido esses dias… Orgulhosa demais dos meus dois amores!

 

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E orgulhosa demais de mim, também! Porque um negócio que tenho cada vez mais claro é esse: quem dita o clima aqui de casa sou EU! Mesmo que um esteja doente e o outro impossível, ou um com sono e o outro com fogo no rabo, ou os dois chorões… quem dita o caminho para qual essas coisas vão caminhar, sou eu! Eu posso entrar no clima péssimo e deixar o caos se instaurar ou posso conseguir contornar a bagunça (nem que seja só a emocional às vezes) e terminar o dia com um pouco de paz! Óbvio que não tenho assim tanto controle de tudo o tempo todo – especialmente o controle de mim mesma, acho…hehehe – mas tenho estado mais consciente dos meus sentimentos e das minhas reações  e notado uma diferença enorme no rumo das coisas com os pequenos!
Espero conseguir trabalhar e evoluir mais nisso!!

E espero voltar mais nesse blog! Mesmo!

Aliás, tenho duas novidade enormes no forno… mas por enquanto vou deixar todo mundo curioso!!! ;P

Beijos e obrigada pela leitura sempre carinhosa e paciente!