“Let it Go”

Sim, esse “let it go” que você tá pensando… da princesa de azul cantando no gelo! rs

Porque hoje eu tava assistindo Frozen com a Cecília e tive um insight..

Sumi do blog porque tô sendo o pai da Elza pra mim mesma: “não sentir. Não deixar saber”

Por medo de julgamentos, por medo de condescendência alheia, por vergonha e por sei lá mais qual sentimento eu não vim aqui escrever sobre como estão sendo meus últimos meses. Porque eu não podia vir aqui e mentir, mas também não podia vir escrever a verdade – “não sentir, não deixar saber”


Acontece que escrever nesse blog é minha melhor maneira de processar e lidar com as coisas. E tem feito uma falta danada poder vir aqui e dizer: tá f@d&, gente!

Porque é muito cansativo, porque não sobra nem um segundo do dia em que eu não sou mãe de alguém, porque muitas vezes parece que eu não dou conta de ser mãe de dois, porque tá punk demais ser mãe de uma menina de dois anos toda difícil e ciumenta enquanto também tenho que ser mãe de um bebê fofoleto e suas demandas bebezisticas, porque tá sendo muito diferente do que todo mundo tinha dito que seria, porque tem dias que são tranquilos e outros que são infernais, porque eu já não me reconheço na minha maternidade (e às vezes nem na minha humanidade), porque parece que sempre tem alguém chorando nessa casa (e às vezes esse alguém sou eu, claro!rs), porque eu já não sei mais o que é puerpério, o que é dificuldade real, o que é questão minha…
Enfim, voltei pra análise, tô tentando me cuidar, me encontrar… e parte disso é poder sentir e poder escrever (num blog público, o que significa “deixar saber”)

Uma hora quero vir aqui contar melhor cada parte daquela lista ali em cima… Hoje eu só queria mesmo dizer (pra mim mesma, provavelmente) que tá tudo bem sentir essa dificuldade toda!

E que o sorriso deles juntos pode não compensar tudo e nem deixar os dias infernais de repente lindos, mas que são uma delícia, ah, são!

7 pensamentos sobre ““Let it Go”

  1. Gá,
    Você pode e DEVE sentir tudo isso o que está sentindo. Não precisa esconder de ninguém… E o mais importante: não precisa esconder de você mesma! Ainda assim, não se apresse a se entender… Leve o tempo que precisar! Para seus filhos estarem bem, VOCÊ precisa estar bem! Consigo mesma, depois com eles e depois com o mundo!
    Beijos sempre cheios de admiração e torcida

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  2. Quando comentei esse vídeo no Instagram não tinha lido esse post ainda.
    Te entendo tanto.
    Dois filhos saudáveis, quer coisa melhor que isso?
    Mas, como uma mãe só dá conta? Porque tem muita coisa que eles demandam somente a nós e tem hora que não dá pra atender os dois, e tem hora que não dá pra nenhum dos dois.
    Aos poucos fica mais fácil, porque a gente acostuma, se acomoda. Um dia, dizem, vamos sentir falta .

    Sobre Frozen, Ravi adora, vemos muito e sempre digo que se o pai a ensinasse a controlar os poderes tudo teria sido diferente.
    O segredo é sentir, né?

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  3. Oh Gabi! Tome cá o meu abraço! Entendo e me coloco no seu lugar! Que bom saber que você está na terapia. Mesmo não querendo, a terapia nos faz sentir e entender melhor esse emaranhado de sentimentos. Você está no caminho, no seu caminho, e quando menos esperar, estará mais confortável no seu caminhar. Calma, força e amor próprio! Isso tudo também passará!
    Beijos

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    • É mesmo um emaranhado, Gabi, e tem sido ótimo pode tentar desenredar o que precisa ser desenredado pra esse caminhar ficar mais confortável, como vc disse!

      Obrigada pela força e carinho de sempre!

      Beijão em vc e naS criaS!!! (Uhuuu!! To tão feliz com esse plural! Hehehe)

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  4. Pingback: “Disfarçando as evidências” | Aos queridos, curiosos e pacientes

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