“Não digo que não me surpreendi”

21/06/2016

Hoje é o dia em que eu tinha certeza que o Dante nasceria! Há!

Na verdade eu tive tanta certeza disso, durante toda a gravidez, que quando foi chegando no finalzinho eu comecei a achar mesmo que ia levar uma rasteira que me lembraria que quando se trata de parto e de filho, a gente não tem controle nenhum (e nem lá muita certeza de nada..rs)

E aqui está meu bebezuco completando seus primeiros 10 dias de vida extra-uterina!

Gente, que delícia que é isso de bebê recém-nascido!!! ❤️

Dante nasceu quando ele quis, antes do que nós esperávamos. Fez com que muitos planos (e umas passagens de avião) tivessem que ser mudados. E eu achei que tinha acertado na segunda “previsão gravídica”: eu estava esperando um bebê furacão! Há!X2

Me enganei outra vez!

 Meu bebê é de uma tranquilidade ímpar (pelo menos por enquanto.. Oremos pra que continue assim! Hehehe)

O que eu venho notando é que, sim, ele veio pra realinhar nossas orbitas! Mas o furacão da mudança fica, na verdade, na minha conta, não na dele! Ufa!

Eu é que estou tendo que encontrar em mim novas formas e novos caminhos e novas energias. Eu é que estou aprendendo a ser mãe de dois. Eu é que estou reconstruindo dentro de mim as expectativas, pra poder reconstruir as relações – e, pasmem (ou me julguem, como queiram..rs) estou falando tudo isso principalmente com relação à Cecília!
Com o Dante, por enquanto é tudo fácil (apesar de mega cansativo!), a rotina, a amamentação, o amor, a paixão..!!
Com a Cecília é que as coisas são complexas! Ela não é mais (faz bastante tempo) um pacotinho cheirosinho que a gente namora eternamente!

Ela é uma pessoa cheia de suas complexidades. De suas delícias e de suas dores – como eu. E é nessa complexidade que mora nossa relação. 

Digo mais: ela é uma pessoinha de dois anos que tá sentindo muito a falta da mãe. Mãe essa que sempre esteve absolutamente presente antes. Mãe essa que está cavucando energia pra sair da deliciosa bolha puerperal que é essa nova relação com esse novo bebê, pra poder estar mais presente, pra lembrar da importância da presença na relação já existente.

Não me entendam mal, não é uma questão de amar ou não amar, ou amar um mais do que o outro. 

É uma questão (dura!) de se dividir pra multiplicar!

Porque até pode ser como todo mundo diz por aí, “quando nasce outro filho o amor se multiplica”. Mas as relações não são assim tão simples equações. E é nisso que eu estou trabalhando agora. Com uma dificuldade que ninguém me contou que eu teria. Mas com uma lucidez que me ajuda a traçar esses novos caminhos.
Tenho aqui em casa o apoio, a ajuda e os ombros tão fundamentais. Tenho em meu coração amores e mais amores. Tenho no peito muita confiança no que vem sendo construído há 2 anos. E por isso tenho a certeza de que em breve, realinhadas, as coisas estarão no lugar a que – agora – pertecem!

Nisso estamos, assim vamos… E nesse caminho o coração vai dando umas explodidinhas de amor, assim oh:

Ah!! Relato de parto virá, não tenham dúvidas! Mas quero esperar receber as fotos e reviver essa história pra publicar, então deve demorar um pouquinho, ok?! 

15 pensamentos sobre ““Não digo que não me surpreendi”

  1. Adorei vocês, Gabi , Cecília, Dante…e o que virá…Viva esta bolha de amor, é muito bom! Fácil, não é… nem precisa explicar, mas o que é fácil nesta vida, hein? Descanse quando puder Gabi, e no mais tudo vai se ajeitando! Grande beijo pra todos vocês!
    Vera mãe da Bruna rs

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  2. Tamo junta!
    Dois filhos e uma mãe só.
    Nada nos prepara pra isso, nada….
    Aqui já são 26 dias de Cecília e ainda falta mãe pro Ravi.
    Hoje eu estava com ele no colo quando ela pediu mama e eu precisei pegá-la, ele me olhou com um biquinho e disse que ficou triste.
    Aff…me partiu o coração.
    Mas é fase, vai passar!!!
    Daqui a pouco tá tudo certo aí é aqui!

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    • “Dois filhos e uma mãe só”
      Que dureza que é isso, né?! Especialmente nessas horas em que precisamos trocar – a Cecília daqui tb sofre bem mais quando estou com ela e preciso “trocar”… 😞

      E como todas as fases, deve passar mais rápido do que a gente imagina, né?! (rezemos! Hehehe)
      Beijo e estamos juntas – na dificuldade e na torcida!

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  3. Nossa que dificil. Gente que dificil!
    Sabe, quero muito ter um segundo filho, mas sempre penso do meu Miguel (Hoje com 16 meses) e logo trato de querer postergar um pouco mais isso, sei lá, com medo de me sentir culpada por ele não me ter mais integralmente e ter que aprender na marra a dividir a mamãe. Mas dai penso na nossa capacidade imensa de amar e no amor entre irmãos e essa vontade volta com força e um cadinho de medo rs.
    Parabéns pelo seus dos amores e em breve tudo estará funcionando tão bem que parecerá que foi assim a vida toda.
    beijos

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    • É isso, Mari! Acho que a gente acaba decidindo (pelo menos no meu caso foi assim) nos apoiando na vontade forte e sempre guardando esse cadinho de medo! rs E já tá valendo a pena, viu?! ❤️
      Aguardo ansiosa esse momento do “parecer que foi assim a vida toda”! Hehehe
      Beijos!

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  4. Não é nada facil mesmo, Gabi. A gente se sente meio dilacerada, quer atender às necessidades de ambos, que são tão intensas e tão diferentes… Mas eu penso que apenas o tempo ajuda a acomodar as coisas nessa familia que agora é outra e onde todos têm que se reinventar. Tempo e paciência com todos, inclusive com nos mesmas e com nossos limites. Abraço grande, Alessandra.

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    • Tão intensas e tão diferentes, Alê!!!
      (as minhas necessidades inclusive! rs)
      Tempo sei que temos, já a tal da paciência parece que saiu de férias! Hehehe
      Mas aos poucos já estamos nos encontrando! 😉
      Beijo, querida!

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  5. Pingback: “Disfarçando as evidências” | Aos queridos, curiosos e pacientes

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