“Tudo certo, tudo bem, tanto faz!”

Desde que venho anunciando essa gravidez tenho ouvido de um sem número de gente a seguinte frase: “nossa, segunda gravidez deve ser muito melhor, muito mais tranquilo porque você já sabe o que esperar, o vem pela frente”

Mas isso nunca tinha feito muito sentido pra mim.. 

Sei lá, li TANTO na gravidez da Cecília, tantos e tantos posts de uns blogs maravilhosos, tantos grupos de apoio.. Eu sabia o que esperar, sabia o que viria! Claro que a prática é sempre diferente da teoria, mas eu realmente acho que tinha (e tenho) uma boa tranquilidade quando se trata de ser mãe…rs (modéstia? Cadê? Cês viram por aí? rsrsrs)
Mas hoje de manhã, enquanto eu observava Cecília devorar seu sanduíche fiquei pensando na tal frase..

Explico: Cecília come bem! Come muito bem! Demorou bastante pra começar a comer de verdade, mas eu nunca me preocupei ou tive pressa (santo mamá que nos acompanhava!!!)

Sempre ofereci de tudo, mantive as opções sempre saudáveis, fui conseguindo adaptar o cardápio aqui de casa pra ficar saudável dentro da nossa realidade, etc. 

A comida sempre esteve lá e o quanto ela comia foi lentamente aumentando. Nunca me preocupei com quantidade, nunca exigi que ela comesse mais do que parecia disposta – confiei mesmo naquela história de que bebês amamentados em livre demanda conhecem seu próprio estômago e sabem quando querem ou não mais! 

(mas confesso que não sou lá tão liberal quanto preza meu Guru-Gonzalez e apesar de não forçar, dou umas insistidinhas, até por não saber quando ela parou de comer porque se distraiu ou porque está satisfeita)

O fato é que esse “aos pouquinhos” foi virando uns poucãos e atualmente ninguém acredita no tanto que ela consegue comer..Amigos ficam pasmos, já veio até garçom em restaurante comentar… Na escola ela termina a merenda dela (que normalmente é uma fruta ou um pouco de cereal) e sai caçando os restos dos amigos..rs Foi-se o tempo em que eu pedia um prato no restaurante e dava pra gente dividir… No geral oscila um pouco.. Passa por períodos em que come como uma criança normal e outros como verdadeira pequena-draga!

Semana passada, por exemplo, ela pegou uma super gripe, o apetite diminuiu, teve até um dia em que ela só comeu uvas e um pouquinho de milho cozido, mais nada..! Resultado? Essa semana está um saco sem fundo!!! Termina de mastigar o almoço pedindo pra comer outra coisa, chora porque não quer dormir e sim comer, acorda de manhã e a primeira coisa que diz é “quero pãozinho”, chora enquanto eu preparo a comida como se estivesse a hoooras com fome e por aí vai…
  

Por que que eu to contando tudo isso? Pra me gabar? Não, minha gente! Continuem lendo pra pegar o gancho com a história lá do começo.rs

Apesar de ser uma pequena draga de vez em quando, Cecília é magrela! Magrela de tudo! Não sei quantos meses faz, acho que uns 4 ou 5 que to ansiosa pra trocar o tamanho da fralda, achando que ela tá quaaaase chegando lá  e a bendita balança não sai do lugar! Cecílinganha peso muuuuuito devagar! Mas cresce feito sei lá o que, minha gigantinha!

E é super saudável!!! Inteligente, ativa, feliz e saudável! 

(saúde, aliás, comprovada semana passada nuns exames de sangue que fizemos pra ver a história da alergia dela)
E aí hoje de manhã eu tava olhando ela comer cheia de fome e “vazia” de dobrinhas (rs) e pensando naquelas mães de bebês pequenos que ficam apavoradas ou orgulhosas no dia da pesagem no pediatra. Tava pensando nos pediatras terroristas que ficam com a calculadora “ameaçando” ter que dar complemento porque o bebê não atingiu o ganho diário de X gramas por dia. Tava pensando na cultura maluca que acha que bebê e crianças gordinhos é que são saudáveis e se alimentam bem. Como se o número da balança fosse o único indicativo importante. Como se o bebê e a criança não fossem já (e também) um ser humano complexo cheio de outras coisas pra serem observadas!

E aí eu fiquei com raiva desse sistema maluco. E fiquei muito agradecida pela pediatra da Cecília lá no Chile, que podia não entender muito de alergia, mas que nunca me deixou influenciar pela balança!

E fiquei pensando se conseguiria alguém bacana assim pra acompanhar o Dante.
E depois me dei conta de que já temos o principal pra acompanhar o Dante: mãe e pai empoderados e seguros. Experientes?!

Claro, claro.. Não vou contar vantagem antes de a água bater na bunda! Hahahaha. Vocês, sem dúvida, acompanharão as cenas dos próximos capítulos… Mas agora eu concordo mais com a tal frase: que bom que o Dante já vai chegar com um pouquinho mais de experiência nossa – e com uma irmã magrela e comilona que nunca ligou pra balança nenhuma! 😉

6 pensamentos sobre ““Tudo certo, tudo bem, tanto faz!”

  1. Gabi, eu te entendo.
    Ravi come como feito um monstrinho e usou fralda M até 2 anos. Só chegamos a G uns dois meses antes do desfralde, a balança marca 11,1 kg há meses é magrelo de tudo. Já fui ameaçada por não dar complemento, tive de mudar de pediatra…
    Ainda bem que nunca liguei pra isso, saúde a gente mede de outras formas.

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    • Estamos na mesma, Mari…na balança e no tamanho da fralda…rs
      Pelo menos ninguém me ameaçou (ainda)..senão eu dava chilique! Ou chorava… ultimamente tem sido difícil saber qual a reação mais provável! hahahaha

      Isso mesmo..saúde a gente mede -e vê – de muitas outras formas!!

      Bjs

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  2. Na gravidez do Anthony tive de fazer inúmeros exames porque achavam o Anthony muito grande e gordinho, até que entenderam que essa era a estrutura dele, não tinha nada de errado. Sem empoderamento é bem difícil não pirar com o sistema que quer tratar todos como números, não somos exatos, é impossível definir apenas com o peso e a altura se a criança é saudável.
    Você tem toda razão, Dante tem o principal mãe e pai empoderados, seguros e experientes =)!
    Bjs

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  3. Vendo os comentários da Má e da Mari vejo o quanto é dificil manter firme na amamentação. Sempre acham um defeito, seja a criança ser miuda ou gorinha. Ai, ai!
    Gabi, eu acho que experiencia conta muito sim, mas informação é a chave. O seu bebê segundinho talvez venha tão diferente da Chinchila. Pode ser que ele tenha o “defeito” de comer demais no inicio da IA por exemplo.
    Esse assunto comida é muito legal pra mim. Primeiro porque eu adoro comida! Amo cozinhar e comer bem. Segundo porque a Liana não era de comer muito e isso me deixava preocupada. Mas to seguindo firme e hoje que eu me preocupo menos, ela come melhor. Não é que ela come muito agora, mas sim que eu fico menos neurotica. O que me salvou foi o seu guru, Dr. Carlos Gonzales. Li o livro dele e minha vida mudou 🙂
    Beijos!

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    • Pois é, Rita…parece que nunca tá bom..sempre tem algo pra “melhorar”… Irritante, né?!
      Informação, empoderamento, experiência, Guru (rsrsrs)… vamos juntando tudo isso pra que a gente possa se tornar mães mais tranquilas, né?! Ainda bem que a gente tem acesso e cabeça pra essas coisas! 🙂
      E que bom que a Liana tá comendo melhor!

      Beijo!

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