Clic

“A Gabi é uma cidadã paulistana que, diferente de algumas de nós, ama gatos! Sempre que algum resolve invadir nossa sala, cuidadosamente ela o tira. Para provar essa paixão, ela tem uma linda tatuagem na nuca em homenagem a eles. É muito misteriosa e meio reservada, mas possui opiniões fortes e tocantes. Com certeza vocês a verão passeando pela bela Federal com seu grande (e ele é grande mesmo, viu!) namorado Jack.”



O texto acima foi escrito no final de 2005 pra ilustrar o livro de recepção dos bixos que entravam na TO em 2006. Fizemos um sorteio na sala, e cada T.O. 05 deveria escrever algo que apresentasse a colega sorteada para os novos alunos. Quem escreveu sobre mim foi a Lilian, chaveirinho da turma, como era conhecida.
Na semana passada uma outra colega da TO 05, Tati K., encontrou esse tal livro e publicou esses textos no facebook com a legenda “Será que mudamos muito?”


Fiquei pensando muito a respeito…


Apesar de toda a  confusão TO ou não TO que me surgiu depois, quando entrei no curso, além do encanto com a Federal, estava também bastante satisfeita com a profissão escolhida e nos anos seguintes sempre pensei no de 2005 (ou na maioria dele) como um ano de satisfação, de formação da Gabi como Terapeuta Ocupacional, a crise teria vindo só depois. Mas aparentemente, essa era só a minha visão…
Agora me pareceu muito curioso que mais da metade do meu texto seja sobre meu amor pelos gatos e nem uma palavra sobre a relação com a TO ou com os estudos (diferente dos textos da maioria das outras pessoas).
Me lembrei também que pouco tempo atrás uma outra colega da TO num daqueles quiz do facebook respondeu a seguinte pergunta: “Se Gabi fosse uma médica, de que especialidade seria?” Resposta: Veterinária”.
Fora a atual “fama” pelo meu engajamento com o “Adote um Gatinho”.


Hum! Curioso de novo…


Sim, eu amo os gatos e sempre amei! Acho até que quando era criança amava também os outros animais – canários, periquitos, hamsters….até cachorro, veja só… (que já tô aprendendo a amar de novo, btw!)
Me lembro de dizer muitas vezes que só não poderia ser veterinária pois amava tanto os bichos que não seria capaz de lidar diariamente com sofrimentos e doenças deles…


Alguns outros exemplos que me vieram à mente:


Quando estava no período de maior crise com a TO, meu jeito de poder aguentar ficar mais um pouco em São Carlos (ou na TO – porque ficar em São Carlos era muito fácil…) foi pegar um gato, meu filho, meu Léo tão querido, que me deu tanta força nos 2 anos seguintes!


E agora, de mudança pro Chile, primeiro mês vivendo aqui, quando eu deveria estar me preocupando com faculdade ou coisas assim, qual a minha primeira grande crise senão a proibição do animal de estimação? E qual a maior importância dos últimos dias senão a Maní?


Tcharam!


E a frase que não sai da minha cabeça agora é : “It was always about them!”
E como é que eu posso não ter percebido???
E o que é eu que faço com isso agora que percebi???


Não estou certa se isto é um post pra ser publicado, afinal, como disse a Lilian, eu sou misteriosa e reservada (sim, ela estava certa sobre isso também!).
Acho que se trata de um grande desabafo… Falta de análise talvez (rs), porque em toda minha reserva era pra lá que eu levaria essa fala toda, não pra uma conversa com algum amigo, por exemplo…


Mas sei lá, talvez agora que eu esteja longe de todas as pessoas que lêem isso aqui (os queridos que são curiosos e pacientes) fique mais fácil deixar que elas saibam desses “detalhes” sobre mim…


Ou talvez todos os anos de análise estejam dando um empurrão fenomenal aqui: de reservada pra blogueira. Do divã pra internet.


E o frio na barriga no momento de clicar “publicar”?







4 pensamentos sobre “Clic

  1. Incrível como sair de casa e da rotina pode abrir nossos horizontes, não?
    Precisei ir até o Rio pra descobrir um monte sobre mim mesma e pelo jeito o mesmo tá acontecendo com você!!
    Acho que o negócio é seguir o fluxo! Não ignore seu “insight” e siga seu coração!!

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